Repórter da RDP África Nuno Sardinha acompanha situação na Guiné Um sobressalto político marcou as primeiras horas desta manhã na Guiné-Bissau. Um grupo de jovens militares ocupou o gabinete do Primeiro-Ministro e o do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Carlos Gomes Júnior e Zamora Induta foram feitos reféns. Pouco tempo depois os dois acabaram por ser libertados mas ainda não se sabe bem o que aconteceu como adianta de Bissau o repórter da RDP África Nuno Sardinha. 2010-04-01 14:25:03 ------------------------------- Na Guiné-Bissau os militares revoltosos, comandados pelo antigo chefe do Estado-Maior da Armada, garantem que controlam o país e ameaçaram matar o primeiro-ministro, se a população não acabar com as manifestações de rua, de apoio a Carlos Gomes Junior. Durante a conferência de imprensa, dirigida pelo chefe dos militares revoltosos, também foi anunciada a detenção do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, que se encontra incontactável. A correspondente da RTP em Bissau, Marta Jorge, assistiu a esse encontro com a imprensa. 2010-04-01 16:51:15 ------------------------------------------ Presidente da Guiné-Bissau promete “resolver o problema” O presidente da Guiné-Bissau garante que a situação está calma no país, apesar do recolhimento forçado do primeiro-ministro na sua residência particular e da prisão do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, depois de uma revolta dos militares. Malam Bacai Sanha admite que houve “uma situação de confusão”, mas promete “resolver o problema”. 2010-04-01 18:22:30 --------------------------------- Recolher obrigatório retirado na Guiné-Bissau O recolher obrigatório na Guiné-Bissau já foi retirado. O vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, emitiu um comunicado em que garante que os incidentes desta manhã são um “caso meramente militar que em nada afecta o normal funcionamento das instituições da República”. O ministro da Defesa, Aristides Ocante da Silva, também considerou ao final da tarde que se tratou de um problema entre os militares e que há uma tendência para o regresso à calma. 2010-04-01 22:32:43 --------------------------------- simpatia Noticias do Google, que podem acompanhar hora a hora, no seguinte endereço: . http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=7&t=Presidente-da-Guine-Bissau-promete-%93resolver-o-problema%94.rtp&article=332928 --------------------------------- In "Contributo" de Fernando Casimiro, Didinho O golpe do general António Indjai José Gama *josegama99@gmail.com 01.04.2010 Em finais do ano passado haviam indicadores de tendências retalhadoras em meios militares guineenses antecedidas de desconfianças que levavam o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, tenente-general, José Zamora Induta a pernoitar próximo à fronteira de São Vicente, por alegadas razões de segurança. Chegou a declinar, em meados do ano passado, uma convocatória na embaixada de Angola, alegando questões de segurança. (Angola presta atenção especial a este país, em Janeiro despachou, para Bissau um operativo do SIE, Luis Mateus Santos para trabalhar na missão diplomática) A atitude de Zamora Induta foi compreendida em meios competentes, que o consideravam como a autoridade guineense que mais dominava a informação de ocorrência militar e civil no país. Chegou a ter o seu próprio braço privado de inteligência por intermédio de redes habilitadas que lhe são fieis. Era na pratica, um co-presidente para a área da defesa e segurança. As suas informações falharam num dado, ao conformar-se que gozava da fidelidade do seu adjunto, o major general António Indjai. António Indjai foi também adjunto do falecido general Baptista Tagme Na Waie quem dirigiu os militares revoltado que retalharam a morte do seu antigo chefe matando o então presidente Nino Vieira, na sua residência. Indjai é o comandante do batalhão de Mansoa, situado a cerca de 60 KM da zona norte de Bissau (com maior numero de efectivos). Na Guine-Bissau o mais poderoso entre os militares é a figura militar que comanda o batalhão de Mansoa. No seguimento da Morte de Tagme Na Waie, António Indjai viu-se ofuscado pelo então capitão de mar e guerra, Zamora Induta que diante do duplo assassinato de Tagme e Nino proclamou-se porta voz do exército. Em condições normais era, António Indjai quem deveria assumir interinamente a chefia da forças militares diante o vazio verificado. Não foi isso que aconteceu, o primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, moveu influência colocando José Zamora Induta como novo CEMGFA e António Indjai como seu vice. Ignoraram que é Indjai a figura mais poderosa naquele país (por ter o batalhão de Mansoa). As autoridades terão ignorado este detalhe. O “mais velho”, António Indjai que é um veterano de guerra terá iludido, o “miúdo” Zamora Induta fazendo lhe crer que lhe prestava lealdade. Não souberam identificar os seus interesses pessoas para satisfazer. Em conseqüência, António Indjai começou, em finais de 2009, a manter ligações com Bubo Na Tchuto que se encontrava na Gâmbia refugiado por alegadas perseguições. António Indjai enquanto Vice do CEMGFA ajudou o Almirante Bubo Na Tchuto a regressar ao país no sentido de se materializar um assalto militar que terá falhado. O Almirante entrou com ajuda de uma Canoa, foi a sua casa vestir a farda e se dirigiu ao estado maior da marinha. Tinha como objectivo primário destruir ou queimar o paiol de armas próximo a base aérea de Bissalanca, que é o maior no país. Seria, uma medida para deixar desarmado os seus adversários. Desistiu do plano, na sequência de sugestões segundo a qual, ao invés de prosseguir com a acção deveria reclamar de volta, junto as autoridades, o seu cargo de chefe de estado da marinha. Em reação, as autoridades na pessoa de Zamora Induta e de Carlos Gomes Junior decidiram prende-lo provocando a sua fuga na sede das Nações Unidas enquanto que cerca de sete elementos que consigo estavam foram presos e interrogados. Nas ultimas semanas, o major general Antonio Indjai havia sido despachado para Cuba em tratamento medico . Não havendo voo directo de Bissau para Havana o lógico seria partir para a fronteira mais próxima e de seguida pegar um avião no país vizinho e seguir o destino preconizado . As analises sugerem que o mesmo não terá chegado a viajar e que terá se mantido algures. Na manha de Quinta feira, surpreendeu as pessoas ao aparecer a chefiar movimentações militares. O que se conclui é que o mesmo terá simulado ausência do país para por detrás mandar soltar o Almirante Bubo Na Tchuto que se encontrava refugiado na sede das Nações Unidas e este por sua vez dar um “golpe militar”, eliminando o Chefe de Estado Maior, Zamora Induta para de seguida, Antonio Indjai ser declarado novo CEMGFA pelos golpistas. Isto é, as 10h30 de Quinta feira, militares afectos a Antonio Indjai invadiram o Gabinete do Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior e levaram lhe para a base de Amora. Em simultâneo um grupo de militares dirigiu-se a sede nas Unidas em Bissau para dali remover o antigo chefe da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto que de seguida foi ao Estado Maior da Marinha. Passados 55 minutos, da detenção do PM, os militares soltaram o Primeiro Ministro levando-o de volta para o Palácio do Governo. António Indjai que é agora o novo líder das forças militares ameaça matar o primeiro Ministro em resposta a manifestação da população que saiu a rua em solidariedade deste. Em paralelo as movimentações militares, foi verificado que o CEMGFA, tenente-general José Zamora Induta estava incontactável. Um dos seus telemóveis dava desligado enquanto que o outro, a ligação caia na mensageira. Há informação de que o mesmo esta detido na base aérea de Bissalanca. Na linguagem militar adaptada ao procedimento da forma de acção dos militares guineense é sinônimo de que estará ou poderá ser abatido. Aconteceu com o ex- chefe da junta militar, Ansumane Mané, nesta mesma quando no passado, os seus colegas golpistas (Veríssimo Seabra, Zamora Induta e etc.) torturam lhe acabando por lhe matar após ter sido detido. Foi depois declarado morto na sequencia de uma suposta fuga. A situação da Guine Bissau é seguramente a queda do governo de CADOGO, conforme é também conhecido . Quanto ao futuro perspectiva-se a formação de um governo de incitativa presidencial. Braima Camara “Ba Kekuto” que sempre foi visto como o preferido do Presidente Malan Bacai Sanha para este cargo. * José Gama é representante na África do Sul do Clube dos angolanos no exterior www.club-k.net - Formado em Geofísica pela Tuks University em Pretória, com distinção em Física Moderna - É finalista do curso de Relações Internacionais pela University of South Africa. - É articulista do Jornal Angolense e tem comentado para SABC Internacional, televisão sul africana sobre política externa.
33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
2 comentários:
Olá Leandro e todos os seus camaradas
Quando será que na Guiné há paz?
Por agora venho desejar-vos boa Páscoa.
Cumprimentos
Alcinda
Olá Alcinda
Na verdade a paz é um "bem" dificil para a Guiné.
Os interesses são muitos e a riqueza a repartir é muito pouca.
E a juntar agora a tudo isso há o narcotráfico.
Bom povo aquele, sofredor, hospitaleiro e educado, que não merecia tal sorte.
Beijinhos com votos de Páscoa Feliz.
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