33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
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sábado, 28 de junho de 2008
Como os espanhois vêm os nossos politicos e empresários... pelo Raul Soares
Prémios espanhóis Ortega e Gasset... pelo Jorge Claro
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Noticias de Tite, pelo Pica Sinos
Nas voltas pela Net deu para ver uma informação da Associação Comunitária Manha Sambu/Bissau, onde alude a entrega dum Certificado de Mérito pelos apoios recebidos da Representação da OMS na Guiné Bissau que permitiu à população de Tite, região de Quinara, levar uma vida estável em termos de abastecimento de água e na utilização de latrinas comunitárias.
Diz em sede o comunicado que o sector de Tite é uma das áreas de maior carência em abastecimento de água e em latrinas. Adiantando que em muitos casos, a população é obrigada a caminhar 3/5 quilómetros para procurar água devido á sua escassez, fundamentalmente no período de Abril a Maio, porque a maioria dos poucos poços existentes ficam sem água devido ao abaixamento do lençol freático. Acrescenta que, sem água a fome e as doenças aumentam, o cultivo para a subsistência da população é praticamente nulo.
Por outro lado a falta de latrinas comunitárias, faz com que as populações na sua maioria utilizam as matas e o ar livre para as suas necessidades dando origem à propagação de muitas doenças entre as quais a cólera. Refere ainda que o apoio monetário no valor global de 80 mil dólares foi aplicado no melhoramento dos poços de água existentes e na construção de 19 novos poços e 290 latrinas comunitárias. As tabancas beneficiadas foram: Manhá, Finimá, Gã-Binta, Érega, Gã-N’djai-14, Flak N’dégdé, Yussi, Nambalanta, Foiá, Brambanda, Finingué, Bissassema e Sintchã Lega, abrangendo cerca de 22.600 habitantes
Pica Sinos
As Missionárias em Tite... pelo Pica Sinos
PARA A OBRA DOS CENÁCULOS MISSIONÁRIOS
Caros Amigos,
Recebi com surpresa e alegria a contribuição que me enviaram pelo Natal.Realmente um grande e valioso presente! Que o Senhor cumule com suas bênçãos todos aqueles que colaboraram para esta iniciativa. Que o Ano 2007 seja de PAZ e BEM para todos.Como Clarissa Franciscana Missionária do Santíssimo Sacramento, faço parte, com uma outra Irmã, da “Comunidade Nossa senhora da África”, aqui em Tite, Sul da Guiné Bissau. Para se ter acesso à Capital, Bissau, são 7 horas de carro em péssimas estradas ou se pode atravessar um ” braço do mar ” por canoa, o que nem sempre è aprazível, devido à insegurança que se tem pela fragilidade do transporte. Tite não è uma cidade, mas um centro de várias Tabancas espalhadas na região. O povo daqui, de maioria da etnia “Balanta”, è um dos mais pobres da Guiné. Trabalhamos na pastoral da Mulher, com alfabetização integrada: Iniciação à escrita; noções de saúde e higiene; sexualidade; iniciação à costura e outros trabalhos manuais.Preparamos grupos de mulheres voluntárias que nos ajudam nessas tarefas. Enquanto isto, trabalhamos na Evangelização – numa fase de Primeiro anúncio. Em 2005 iniciamos uma Pré - escola para atender às crianças carentes.
Tudo isto para dizer-lhes que è bom estar aqui doando a nossa vida para o bem desse nosso povo – por causa de JESUS CRISTO – e sentir também outros de nossa terra estão pensando em nós, missionárias (os), dá na gente um novo vigor, além desta emoção que sinto agora com lágrimas nos olhos e coração agradecido.
Deus lhes pague!
Com afeto e gratidão
Irmã Mónica Fernandes
Comunidade N. Senhora da Africa
Caixa Postal 216 Bissau
Guiné Bissau
Faleceu o nosso Brigadeiro Hélio Felgas (actual Major General)
Acabo de receber a seguinte mensagem: É com profundo pesar que informo que o meu avô Major General Hélio Felgas faleceu hoje dia 23 de Junho de 2008. O seu corpo vai estar em velório na Igreja do Campo Grande. O funeral será esta Terça, dia 24 de Junho, às14h30, no Cemitério do Alto de S. João. Gostaria de agradecer àqueles que fazem durar as notícias e histórias do grande homem e exemplo que foi o meu avô. Nunca o vi como tal, para mim sempre foi um Pai. Descansa finalmente em PAZ . O Neto - Miguel Felgas Rezende miguel.rezende@sapo.pt ------ Meus amigos, não estava a contar com esta noticia. Alguns acharão que a foto que publico não será a mais adequada para esta altura. Mas eu acho que mostra bem a sua simplicidade, porque não hesitou tirar uma foto com o mais simples soldado básico do nosso Batalhão, o Pedro. Muitas histórias poderão ser contadas da sua passagem pelo nosso Batalhão e aguardamos por elas.
No primeiro almoço que fizemos, consegui contactar com ele pelo telefone, tendo-me dito que não comparecia ao mesmo, devido a doença da sua esposa. Prometeu vir no ano seguinte, mas não veio. Sei que alguns colegas entretanto também falaram com ele, mas nunca lhe foi possivel acompanhar-nos num almoço. Paz à sua alma.! Leandro Guedes ------ Uma história veridica...
O nosso brigadeiro Helio Felgas, homem culto, era o comandante de Batalhão.
O Pedro, soldado básico, oriundo do Algarve, homem simples. Mas o nosso comandante tinha pelo Pedro uma agradavel simpatia...
E o Pedro, tinha um sonho: poder comprar um fato completo, camisa e gravata. Nunca na vida tinha tido tal património. E assim foi, logo que teve dinheiro comprou a indumentária completa, não me lembro já se foi no Djamil ou se foi em Bissau. Mas salvo erro foi o Serafim que ficou encarregue dessa compra nas suas deslocações a Bissau. O fato veio e foi feita a prova. Assentava-lhe que nem uma luva e o Pedro era o homem mais feliz do mundo, de fato, camisa, gravata ( e também sapatos novos, meias e cuecas novas...) e um rádio transistor que havia comprado há algum tempo. Eis se não quando, dois ou três dias depois, o cap. Vicente me pede (?) que vá vestir o Pedro a rigor, para ir ter com o nosso Comandante à messe de oficiais. O nosso Comandante soube que ele tinha um fato novo e queria vê-lo assim vestido. Fui à procura do Pedro e toca de o meter debaixo do chuveiro. O rapaz vestiu-se a rigor, fez a barba, pentiou-se e até pôs fixador. Não quis levar o seu rádio transistor, mas bem vestido no seu belo fato era um homem feliz e transparente. Só se ria, não tinha outra reacção, só se ria. Levei-o até à messe de Oficiais. O cap. Vicente fez as honras da casa. O nosso brigadeiro Helio Felgas, recebeu o Pedro com o seu sorriso aberto e franco, uma palmada afectuosa nas costas, conversou com ele, quis saber da sua familia, namoradas, e dispensou-lhe toda a simpatia. Fez-lhe um brinde com uma qualquer bebida, que não me lembro, a que corresponderam os oficiais presentes na messe naquela altura. O Pedro foi um homem feliz...
(alguém se lembra deste episódio ???)
Leandro Guedes
terça-feira, 24 de junho de 2008
Alerta muito grave... pelo Justo
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Á procura de noticias de Tite... pelo Pica Sinos
CumprimentosDidinho
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Não me limito a fazer só a minha parte! Tento, igualmente, incentivar cada um a fazer a sua, em função da sua consciência, compromisso e responsabilidade para com o país. A SOLIDARIEDADE é um gesto nobre, o maior,o mais sentido e preciso em todo o mundo! A INDIFERENÇA contraria o espírito e o conceito de SOLIDARIEDADE, por isso, sou contra a INDIFERENÇA e lamento pelos INDIFERENTES! Por nós próprios, porque ninguém vive sozinho nestemundo, devemos ser SOLIDÁRIOS!A vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver...
Fernando Casimiro (Didinho)Visite o site http://www.didinho.org/VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!Tel:
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Meu caro Didinho
Já em tempo lhe dirigi um e-mail (recomendado por um amigo) a solicitar ajuda na informação de uma cidade que dá pelo nome de TITE na Guiné Bissau.Tite para os guineenses tem razões históricas. Alegrias e certamente tristezas. Para nós portugueses também.Hoje sexagenários há muito conhecedores que a guerra foi injusta e desnecessária.Também nos marcou nos mais variados sentimentos .Temos um Blog http://bart1914.blogspot.com/ , e com o devido respeito relatamos alguns desses momentos à epoca.
Contudo falta-nos (falta-me) o conhecimento do hoje. Como está, como é Tite.As suas gentes naquela região outrora celeiro do país. Gostava de comentar as realidades daquele povo em que muitos dos meus dias foi com ele de confraternização.Pode ajudar?
Raul Pica Sinos
Os anos gloriosos... pelo Zé Justo
Então lê isto...Se não... lê na mesma....Esta merece!!!!!
Deliciem-se...Nascidos antes de 1986.De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós quenascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos tersobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadascom cores bonitas,em tinta à base de chumbo que nós muitas vezeslambíamos e mordíamos.Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças',ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags,viajar á frente era um bónus.Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa comaçúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar láfora.Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos agrande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos queesquecemos de montar uns travões.Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde queestivéssemos em casa antes de escurecer.Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.Não tínhamos Play Station, X Box.Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema,telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempresem processos em tribunal.Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo desermos apanhados.Íamos a pé para casa dos amigos.Acreditem ou não íamos a pé para a escola;Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.Criávamos jogos com paus e bolas.Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.Eles estavam do lado da lei.Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemosa lidar com tudo.És um deles?Parabéns!Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer comoverdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem asnossas vidas, 'para nosso bem'.Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei quegostassem de ler acerca de nós.Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha umsorriso nos vossos lábios.A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em1986, ou depois. Chamam-se jovens.Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem de westlife enão de Billy Joel.Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.A SIDA sempre existiu.Os CD's sempre existiram.O Michael Jackson sempre foi branco.Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginarque aquele gordo tivesse sido um deus da dança.Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie, são filmes do anopassado.Não conseguem imaginar a vida sem computadores.Não acreditam que houve televisão a preto e branco.Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
8. SIM ESTÁS A FICAR VELHO heheheh , mas tivemos uma infância do caraças.
Zé Justo
domingo, 22 de junho de 2008
Poema à namorada... pelo Pica Sinos
Meu Amor
Os dias estão findos
poucos faltam.
Sinto alegria ao pensar
na hora da partida
e tristeza ao recordar
os dias desta vida
Estou farto desta terra!
Não sei se estou a ser justo com as gentes que me rodeiam.
Com este chão vermelho, com este por de sol infinito.
Com os pássaros, com as nenúfares cuja flor nasce para morrer no dia seguinte, não sei se estou a ser justo? mas tenho como certo, estou farto disto!
Ontem, 15 de Janeiro de 1969, encontrava-me sentado numa das mesas do nosso refeitório conversando com um camarada da região de Lisboa. Os temas eram variados os principais, as saudades, a nossa partida para breve e o gozo da vida nocturna em Lisboa.
A cavaqueira ia animada quando ouvimos um grande estrondo. De imediato, eu e os demais, semi-levantados, assustados e preparados como na partida de uma corrida de atletismo se tratasse, olhámo-nos nos rostos desconfiados, quando alguém se riu e disse: calma são os nossos obuses a trabalharem!
Novamente sentados pensando que assim seria, mas logo de seguida vem a confirmação, o barulho das granadas do IN a explodirem, a deflagração dos nossos morteiros a funcionar e toda uma azafama do metralhar não era o barulho só nossos obuses, mas sim mais uma flagelação do IN ao nosso aquartelamento sendo desta vez em simultâneo com o destacamento do Enxudé. A corrida para os abrigos não se fez esperar, os feridos desta vez foram muitos……14, Não aguento mais isto, estou farto meu amor,!!!
Extracto de carta enviada de Tite á minha namorada, hoje minha mulher em 16 de Janeiro de 1967
Pica Sinos
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Porreiro pá !!! Ai que raiva !!! - pelo Raul Soares
GASÓLEO A 0,80 € PARA OS IATES
O Governo democrático ????????e maioritário do PS tem por hábito quando é confrontado com realidades, apontar os canhões para o PSD, seu parceiro do «Bloco Central de Interesses».
desde que tenham iates…
Porreiro pá !
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Benfica - Glórias do passado - pelo Zé Justo
Um bolinho do séc. passado para os Benfiquistas recordarem.
Velhos tempos...
o Zé Águas que está numa das fotos, tinha o alfaiate dele no1º andar do prédio onde nasci e vivi em miúdo e adolescente.
Ainda me lembro de o ver com a Lena d'água pela mão, ela muito pequenina e muito traquinas !!Xau ZJ
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Grande jogada esta Zé.
Não sou benfiquista, mas gostei.
Fico à espera que faças a mesma resenha do FCP e do SCP, e já agora de outras glórias do passado - Belenenses, Atlético, Lusitano, e outros de que te lembres.
Leandro Guedes
Grande Justo
Subtil, o Pica Sinos descobre as verdades...
Haja feno !!!
Do nosso amigo Cavaleiro recebemos esta lição de vida ! Aqui vai, porque nem só de tropa vive o homem!...
No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno.
- Quatro? - Replica o professor,arrogante, daqueles que têm prazer em gozar sobre os erros dos alunos.
- Traga um molho de feno, pois temos um asno na sala - ordena o professor ao seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
- O senhor perguntou-me quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois seus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o feno.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Ás vezes as pessoas, por terem mais um pouco de conhecimento ou acreditarem que o têm, acham-se no direito de subestimar os outros...
Haja feno
Uma árvore a servir de tecto duma escola, na Guiné Bissau
Do Jornal Digital Noticias Lusofonas pode ler-se
Uma Mangueira serve sala de aula há 18 anos para ensinar língua portuguesa.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Isto será verdade ???...
Um cliente exemplar, que paga as contas todos os meses, incluindo a da electricidade, pode vir a ter de pagar também as facturas dos clientes da EDP que não pagam. A proposta está em cima da mesa para consulta pública e, foi apresentada pela Entidade Reguladora para o Sector Energético, que aceita, assim, uma reivindicação antiga da EDP. A ideia é que a EDP possa distribuir, já a partir do próximo ano, as dívidas consideradas incobráveis por todos os clientes particulares e empresas. O montante este ano, de acordo com o Diário de Notícias, deve ultrapassar os 13,5 milhões de euros. O que representa perto de 0,3% da facturação total da empresa. Feitas as contas, cada cliente teria um acréscimo de pouco mais de um euro na sua factura.
A decisão será tomada até ao final de mês de Julho.
domingo, 15 de junho de 2008
Não deixou que lhe cortassem uma das mãos...
Emblema do pelotão de Morteiros ......................Fosso onde se encontrava o Morteiro
Zé Manel
EM BISSAU ELE NÃO DEIXOU CORTAR UMA DAS MÃOS
Todos nós sabíamos que o IN era conhecedor do terreno com grande pormenor e a sua organização militar era forte. Tinha o apoio das populações e, dispunha de um potencial de meios de guerra igual se não superior aos do Batalhão.
Do conhecimento existente à data, numa escala de 0/20, o nosso Batalhão, como consequência das operações que desencadeou, assim como das emboscadas, minas e flagelações que o IN lhe infligiu, incluindo os acidentes, não deve ser difícil aceitar, tendo em conta o elevado numero de mortos e feridos, que a sua posição era pelo meio dessa escala. (ver texto Espólio de Guerra/publicação do Blog Bart1914 em Março de 2008)
Por vários níveis da hierarquia militar, como consequência de toda esta operacionalidade, o número dos militares condecorados ou louvados foi também elevado, ainda assim, tenho na ideia que ficou incompleto, em minha opinião pelo menos um falta.
A presente história resultou de uma conversa durante um dos almoços de confraternização em que eu participei e dada sua importância creio que não é justo deixar ficar por contar:
O Pelotão de Morteiros 1208, por volta do mês de Julho de 1967, foi para Tite substituir um outro Pelotão em fim de comissão. Para além do comandante (Alferes), do Furriel e dos outros operacionais, incorporava três motoristas; um cabo e dois soldados, cujas funções eram, no fundamental, iguais aos demais, a condução das viaturas ficava quase sempre para segundo plano.
O posto/abrigo dos morteiros estava situado (próximo dos geradores), entre duas torres de vigia, considerado o mais importante para a defesa do aquartelamento, na medida em que, era o único provido de telefone ligado às torres, recebendo delas coordenadas/instruções dos alvos a atingir por ocasião dos ataques ao aquartelamento que foram muitos.
Para quem não tenha conhecimento destas coisas, os postos/abrigos dos morteiros estavam construídos em Tite com se fossem “poços de água” de diâmetro de entre 12/16 metros e de profundidade para mais de 2 metros. A peça de artilharia estava colocada ao meio desta construção, o acesso para o turno/operacionalidade era por via de uma escada.
Ainda dentro destes postos, havia uma pequena entrada que dava acesso ao chamado abrigo, aqui, guardavam-se as caixas de munições e variados materiais de suporte a estas peças de artilharia de calibre 81.
Na noite do fim do ano da chegada do pelotão a Tite, um dos “gasómetros” (na prática uma garrafa com uma torcida), que dava luz ao posto, motivado não se sabe bem o porquê, mas que se presume que tenha sido pelo vento, caiu sobre uma caixa contendo cargas propulsoras que, espalhado o liquido em chamas por elas, provocou de imediato um forte incêndio.
O clarão foi de tal forma intenso que quem estava de serviço ficou “cego”, não conseguindo identificar o local onde estava colocada a escada que lhe dava acesso à fuga para o exterior do morteiro. Já reposto e consciente do iminente desastre, optou, o militar de serviço, por agarrar na caixa em chamas e, arremessa-la para bem longe daquele inflamável local, evitando, com o seu gesto, danos incalculáveis quer físicos quer materiais.
Evacuado nessa mesma noite por helicóptero para Bissau, onde lhe queriam cortar a mão direita, foi no final de 4 semanas foi transferido, em voo comercial, para Lisboa a fim de ser internado no hospital militar. A “reparação” levou 24 meses e no fim deste tempo, já depois do seu Pelotão estar desmobilizado, os “pensantes militares” queriam que ele ainda fosse acabar a comissão à Guiné. Este homem dá pelo nome de José Santos Amaro (O Alcântara).
Pica Sinos
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Infelizmente houve um colega nosso, também dos Morteiros, que após colocar a granada dentro de tubo para ser lançada, não me lembro porque motivo, foi mais lento a retirar a mão e a granada cortou-lha instantaneamente. Esse jovem é de Lamego, já organizou um almoço na sua terra, um dos memoráveis, e foi também ao almoço do ano passado em Pedras Rubras, organizado pelo Viana. Este ano não apareceu.
Leandro Guedes
sexta-feira, 13 de junho de 2008
A manifestação dos camionistas
E eles têm essa força, não se esqueçam!
Mas eu não o sendo, toda a minha vida profissional trabalhei de perto com camionistas, uns sendo patrões tendo empregados para conduzirem os camiões, outros sendo patrões trabalhadores, ou seja conduzindo as próprias viaturas.
E a ideia que tenho desta gente é de simpatia generalizada e de muito respeito pelo seu trabalho. Trabalham normalmnente em condições dificeis, a concorrencia é muita, são sugados diariamente pelos impostos do Estado e pela fiscalização da Policia, os preços que praticam são esmagados ao máximo não só pelos colegas que se "comem" uns aos outros, mas também pelos próprios clientes que sabendo da sua fragilidade, são eles mesmos a fazerem os preços dos fretes ou mesmo dos materiais a fornecer para não falar dos prazos médios de pagamento que impôem muitas vezes a rondar os 180 dias. Se falta cimento passam noites a fio à porta das cimenteiras. Se falta ferro passam horas a fio à porta das siderurgias. Se falta tijolo e telha, horas a fio à porta das ceramicas. Se o gasóleo está caro têm que ir a Espanha abastecer os camiões e os clientes não deixam actualizar os preços.
A sua dificuldade em andar nas estradas ditas nacionais é muita e só há meia duzia de anos a esta parte os restantes automobilistas, tendo mais consciencia do que é a dificuldade de conduzir um camião, são mais simpáticos para com os camionistas dando-lhes passagem, ajudando-os muitas vezes na procura de endereços em terras que eles desconhecem.
No entanto, há meia duzia de dias, para surpresas dos bem falantes, dos jornalistas e dos governantes e dos politicos em geral, os camionistas uniram-se, mostrando uma grande capacidade de reeinvidicação.
Não fizeram mais que aderir aos pedidos dos Presidentes da Republica para que O POVO NÃO SE RESIGNE E MANTENHA O SEU DIREITO À INDIGNAÇÃO.
Há sempre excessos, como em todas as profissões, só não há excessos naqueles que ganham ordenados milionários ou têm reformas douradas. Mas para estes excessos contribuem sempre as televisões que, sabe-se lá com que objectivos e a mando de quem, insistem na recolha de imagens violentas o que provoca mais violencia e até um certo apetite para a "cena"
Mas este acto dos camionistas provocou aquilo que o primeiro ministro disse - QUE O ESTADO ESTEVE VULNERAVEL.
O alerta que faço é que agora foram os camionistas, mas já se fala nos taxis e nos agricultores. Todos terão as suas razões. O pior será quando chegar à alimentação.
O que não pode continuar é o facto de as petroliferas estarem a sugar todo um povo, no seu trabalho, no seu suor, provocando-lhe as lágrimas duma vida desfeita e eternamente hipotecada.
E não pode o Sr. Presidente da Republica assistir a tudo isto, sem aparentemente mexer uma palha.
Prevejam o tsunami enquanto é tempo, mas prevejam-no tomando as precauções próprias para desafogar a vida do povo português, principalmente dos mais desfavorecidos e não como é costume, favorecendo e acautelando os bolsos dos ricos e poderosos.
Leandro Guedes
Lavadeiras de Tite, pelo Pica Sinos
Lavadeira do José da Costa
Com a recente luta no país dos pequenos e médios empresários camionistas tendo em vista a redução dos encargos, fundamentalmente com o dos combustíveis, surgiu-me uma vaga ideia de que, há época, também houve problemas com os combustíveis em Tite. Sonhei ou creio ter ouvido falar que uns bidões de gasóleo desapareciam (?) nos dias em que um comerciante se oferecia para quartos de sentinela perto do local onde o arame farpado estava disfarçadamente cortado.
Bom, como a esmagadora maioria do pessoal não tinha necessidade do gasóleo, não tinham carros para atestar, a não ser o dito cujo comerciante, não é desta cena que vos quero recordar, mas sim das “lavadeiras” de Tite.
Como estão recordados, as chamadas “lavadeiras” de Tite, ao pessoal que estava de “passagem” por aquelas bandas, desde que contratadas obviamente, lavavam mas também engomavam, emendavam ou cosiam o vestuário que lhes entregavam sobretudo fardamento militar. Algumas das “lavadeiras” de Tite faziam muito mais que isto. São outras histórias que, para agora, creio, também, já não interessam.
A palhoça da minha lavadeira estava situada na direcção da tasca do branco Silva, ou seja, na área da tabanca dos indígenas de etnia fula. A Maimunda era casada, o seu pai era o chefe da tabanca o marido agricultor, tinha três filhos, dois rapazes e uma rapariga, onde o mais velho, que estava em casa de familiares em Bissau, era estudante. Dava para perceber que os restantes, logo que tivessem idade, lhes seguiriam o mesmo caminho. Tinha um número considerável de “fregueses”, por isso pouco trabalhava no campo, estas tarefas eram imputadas a outras duas mulheres mais novas, também casadas com o seu marido de quem já tinham filhos de “colo”, servindo de aia ás suas companheiras na “vivenda”.
Cá para o rapaz, quando não dormia na cama de lona existente à porta da palhoça, segurada por dois dos prumos que sustentavam o tecto, a “minha” lavadeira, tinha comigo momentos de conversa muito interessantes que só anos mais tarde os vim a perceber em toda a sua plenitude estando-lhe grato pela simpatia que ela e sua família me dispensaram.
Um dia, recordo, no conjunto familiar, depois de almoçarmos, estava uma mulher que nunca antes avistara, que ao mostrar-lhe fotografias, que comigo levara onde me retratava com a minha namorada no interior de um automóvel que disse ser meu, na verdade não era, perguntou-me fixando bem a minha face,
“Diz-me qual é a razão da vossa presença neste país?”
Estamos aqui para vos defender, disse convicto.
Não me pareceu satisfeita com a resposta.
Com os olhos rasos de água, retorquiu: “Já pensaste que se não vos mandassem para cá não existia esta guerra, que os nossos rapazes não eram forçados a combater-vos, que os nossos haveres e produtos agrícolas não era roubados quer por uns quer por outros?”
Fiquei incomodado. Mais tarde vim a saber que era professora primária em Bissau.
E o que penso eu disso já há largos anos?
Minha querida professora primária, continuo sem saber quem tu és, sabes uma coisa…. Tinhas toda a razão.
Pica Sinos
Botas, foi encontrado pelo Pica e pelo Zé Manel.
FOMOS ALMOÇAR COM O “DESENFIADO” BOTAS
Á nossa espera, sentado num dos bancos do jardim situado na Avª do Mar no Barreiro, o Fernando Botas, mais conhecido por Botas, sorriu ao avistar-me com o Zé Manuel. Instantes depois chegou o Palma.
Como devem calcular foi muito bom este encontro a quatro. O Botas não conseguiu segurar as lágrimas e sentimento de alegria generalizou-se.
Na “Flor do Barreiro”, restaurante típico junto ao Pavilhão da Quimigal, enquanto esperávamos pelas pataniscas de bacalhau, fizemos uma entrada de queijo de Azeitão acompanhado com vinho tinto da região de Pias. Uma delicia.
A conversa desenvolvida acompanhou o repasto e logo que esgotadas as pataniscas veio o “escondido”, ou seja: febra de porco (fininha) grelhada no carvão. Um espectáculo.
Claro que perguntamos ao Botas o seu actual “estatuto”. Foi dizendo que está reformado e os filhos criados. Falamos também da “malta” em Tite e de histórias giras que prometeu contar.
Foi a vez de ele perguntar por muitos de nós, o que fazemos, por onde andamos. Disse que as saudades são enormes.
Fez largos elogios ao Blog do Bart1914, gostou muito de ver as fotos do pessoal nele apresentadas, também vai criar o seu endereço electrónico e dar a conhecer ao pessoal.
Mandou um abraço ao Guedes e a todos prometendo para noticias em breve.
Gentil, prepara-te talvez sejas o próximo.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Camerata Vocal de Torres Vedras - Concerto duma noite de Verão
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Noruega e Portugal. Vamos comparar?
'Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.'
'A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros, nem nas chorudas reformas milionárias de alguns, nem nos altos salários de quadros e gestores publicos e privados que nada gerem a não ser os seus bolsos.' 'É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica.'
'Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses e seus gestores pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos e os gestores publicos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.' 'Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.' 'Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social.' 'Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios.
Catando disparates...
Luis Filipe. Mais um companheiro que faleceu.
Na minha ânsia de procurar os nossos colegas de transmissões, eis que deparei com este Blog onde me parece que a pessoa em questão era o nosso compaheiro radiomontador LUIS FILIPE, que nos seus tempos livres, dava escola aos putos e os punha a marchar como na Mocidade Portuguesa. Eu penso ser ele, porque hà uns 5 anos atrás eu reconheci-o a dar uma entrevista na RTP e tomei conhecimento que ele estava a trabalhar em marionetes em Lisboa. Confirmem aí junto da família.
Vos envio esta foto onde ele está vestido de branco, eu estou no meio e o Victor Hugo atrás, que é feito deste?
Sexta-feira, 25 de Abril de 2008
O Adeus a Luís Filipe Baptista
Caros amigos e colegas,
Publicada por Mestre Filipe e as suas Marionetas em 14:00 1 comentários
Etiquetas: O Adeus a Luís Filipe Baptista
O Luis Filipe em Tite era um moço cinco estrelas. Vivia e trabalhava no mesmo pavilhão em que eu vivia e também trabalhava - o de transmissões - seu quarto que era partilhado com o Madureira fazia paredes meias com o meu que era o mesmo do Justo. Ajudou-nos a construir o abrigo por cima destas divisões onde dormiamos. Por vezes dava uma vista de olhos ao seu trabalho de concertar os rádios quer fixos quer portateis. O furriel, que já não me lembro do nome, não gostava muito, mas ele sempre simpático dizia: Deixa lá na próxima oportunidade e que ele não esteja e chamo-te. Lembro-me de um ataque que lhe destruiu a sala/oficina das reparações, estava comigo abrigado no quarto mais o Cavaleiro, Justo e o Madureira.Porra dizia ele, trabalho não me falta, ao ver a oficina semi-destruida.Encontrei-o várias vezes na Rua Augusta com a filha numa demonstração dos "bonecos" que construia e manipulava para miudos e graudos. Era um artista. Mestre como lhe chamavam.Ainda há dias falamos dele no encontro que tive com o Palma e o Zé Manel.
domingo, 8 de junho de 2008
Porque não nacionalizar?...
Histórias que ficam por contar... pelo Pica Sinos
Para desanuviar e desafiar quem por elas passou, as histórias que hoje (não) vou contar decorrem entre duas “personagens”……. O Raul e o Pica Sinos.
O Raul, depois das limpezas mais cuidadas que desde de manhã efectuou, no alvéolo onde tem estacionada a sua velha relotte, num dos Parques de Campismo na Costa da Caparica, disse: ……Oh Pica….já é tarde, não queres ir à deita? Não, francamente não me apetece, não tenho sono, vou antes rever, agora no silêncio, umas fotografias do nosso tempo em Tite e, procurar uma história ou crónica para tu contares, diz o Pica.
A esta hora, retorquiu o Raul? Sim….diz o Pica Sinos, todas as horas são boas para recordar! Vês esta fotografia com as vacas a entrarem no aquartelamento de Tite que foi “produto” de uma operação militar? É capaz de dar uma boa história……Vamos, conta lá. Não, não, diz o Raul….nem pó, essa história é muito complicada; há época houve quem dissesse que o gado, que aí vês retratado, foi “abandonado” pelo IN no seu acampamento ao pressentir o avanço das NT. Outros, “más-línguas”, disseram que o gado foi roubado para subsistência de todos os que estavam aquartelados em Tite e em Jabadá. E ainda outros disseram que o gado foi “comprado”, ficando o respectivo valor para pagamento, à disposição dos legitimos donos, na secretaria do quartel. E não só…. Também teria que descrever (o que proferiram alguns) do esforço físico desenvolvido com a penosa marcha que a condução da manada pela mata e bolanhas em dias que foram de chuva ocasionou, sistematicamente acompanhados por um terrível mosquedo. Como vez...... (diz o Raul), a história torna-se complicada de contar, a esta hora não dá, mais a mais acresce que não há uma só versão dos acontecimentos.
O Pica não desiste. De novo a olhar para a fotografia, diz ao Raul: Então se essa não dá, pode ser interessante contares como é que as vacas, está implícito, eram mortas e onde. Éh pá…. Que raio……lembras-te de cada uma. Óh Pica Sinos pára com isso; sabes que tinha que contar que não havia propriamente um “matadouro”, que as vacas eram mortas no mato, mas perto do nosso aquartelamento, com um tiro “no cabeça”, que os jagudis, aves rapinas, bicharocos protegidos por lei (os almeidas lá do sitio) não se podiam matar porque eram eles que faziam a “limpeza” do resto das carcaças, etc., etc. Desculpa lá mas não estou para aí virado. Essa não!
“Chato”, como o conhecem, o Pica Sinos não desiste: Então está bem. Prometo que não te importuno mais se me contares, por que razão aparece um camarada em dia de chuva, só em calções e um outro de capa de borracha a proteger-se da dita chuva? Oh Pica, deves estar a brincar comigo, diz o Raul, não vês que o que está de capa de borracha foi um dos operacionais que foi buscar o gado. Certo que levou horas a palmilhar por terrenos lamacentos e obstáculos vários….não dava muito jeito ir de calções e de chinelos enfiados nos dedos dos pés para uma operação militar, digo eu! O que é que achas? O outro que está de calções é obvio que estava no aquartelamento ao fresco e no fresco queria continuar a estar. Sabes, quando chovia, malta havia que gostava de tomar banho com a água das chuvas. Eu e o Justo também o fizemos. Mas aqui só para nós, penso que o camarada foi despido, ou melhor, foi calções só vestido, na ânsia de ver mais de perto os bifinhos que no dia a seguir lhe iam tocar.
Deixa-te de tretas…. Diz o Pica Sinos, vou dormir, mas amanhã, Raul, tens que contar as histórias por que passaste ligadas às garraiadas que esta manada ocasionou.
Raul Pica Sinos
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Carta ao Serafim...
Carta ao Serafim...do “Incendiário do Casino”
Meu caro amigo, gostei bastante de ver nas fotos do almoço 2008, o ar bastante jovem e um pouquinho mais “largo” que nos idos tempos de Guiné.
Folgo saber que a grande maioria dos antigos companheiros de armas e hoje amigos, estão com um looking de invejar.
Chamou-me a atenção os vossos anos de trabalho e as referências ao Casino do Estoril, tanto do Serafim como do saudoso “Porto”.
Tenho três histórias sobre o Casino, e aqui vai a primeira:
Será que o Serafim se recorda deste episódio, que embora tenha ocorrido nos aos 70 e poucos, pelas suas repercussões, é provável que ele tenha registado.
Tinha à época o Casino, bastantes montras do tipo fechado e eu decorava duas para a firma J.Paulo.
Uma delas ficava do lado esquerdo de quem entrava para a antiga zona dos jogos de mesa - conheci o enorme salão de jogos principal...mas durante o dia, pois ao tempo, ainda não tinha nem idade nem “cabedais” para ser habitué de tais ambientes.
Ora tinha que decorar uma delas com puxadores e acessórios para portas em porcelanas e latões de bastante requinte.
Fiz uns blocos enormes em esferovite, coloridos e dourados, e para realçar enchi-os de lâmpadas também nos tons da pintura.
O único ponto de luz extra a iluminação da montra, era uma banalíssima tomada de parede, e feita a ligação em série das luzes, tudo ficou muito lindo.
Estive práticamente um dia inteiro no Casino, e na realidade a montra ficou bastante sujestiva.
Se nessa época o Serafim ou o “Porto” já lá estariam, é muito provável que nos tivesse-mos cruzado !!.
No dia seguinte recebo a noticia que A “MINHA” MONTRA TINHA ARDIDO TOTALMENTE !!
Fiquei para cair...dirigimo-nos de imediato para o Casino, eu e o gerente da firma, e o espectáculo era assustador.
Quase não se percebia que aquele buracão todo negro, tinha sido uma montra repleta de bonitos acessórios.
Resumindo...como a montra era totalmente fechada, e não tinha nenhuma saída de ar, o calor concentrado das cerca de 20 lâmpadas coloridas, começou a derreter a esferovite, e pegou ao forro de papel-veludo.
Não posso deixar de referir, que o responsável pela parte das montras e exposições de pintura temporárias do Casino foi impecável, assumindo os prejuizos, mas claro o material estragado...kaput !!
Foram também bastante eficientes ao debelar rapidamente o sinistro, embora com todos aqueles materiais inflamáveis pouco houvesse a fazer.
Amigo Serafim, será que já lá estarias neste tempo 73/74 ?? e se sim, recordas este episódio ?
As outras duas histórias, narrarei em breve.
Um grande abraço
Zé Justo
O Palma, antes e depois...
quarta-feira, 4 de junho de 2008
O Régua faltou este ano
O Régua tem vindo regularmente aos almoços, embora falte uma vez por outra. Mas o ano passado não veio e este ano também não.
Tem uma sólida empresa de materiais de construção, na zona de Odivelas.
Cheguei a encontrá-lo várias vezes, mas há cerca de dois anos que não sei nada dele.
Desejamos que esteja tudo bem contigo amigo.
Um abraço
Leandro Guedes