A Ida à Campa do Rato
Conforme prometido, um pequeno
grupo de companheiros, foi hoje, dia 23 de Março de 2013, visitar a Campa do
nosso querido e saudoso amigo Graciano Rato, no cemitério da Marinha Grande –
Cap. Paraiso Pinto, Victor Barros, Carlos Ramos e Esposa, Domingos Monteiro,
José da Costa, Gentil Félix Lourenço, Henriques, Arrabaça e Guedes.
À chegada fomos recebidos pelo
Victor Barros, organizador desta homenagem, e logo de seguida dirigimo-nos ao
referido cemitério, onde nos esperavam o Senhor Fernando Ascenso e esposa,
Senhora D. Florinda Ascenso (o casal que se encontra na foto ao lado),
e que,
generosamente, trata da campa deste
nosso companheiro, desde o desaparecimento dos seus pais (Senhor António
Rodrigues Rato e Senhora D. Maria da Conceição Rato), os quais se encontram
também sepultados nesta mesma campa, assim como o seu irmão (Rui Sousa Rato,
falecido em 1956).
E foi-nos então contada um pouco
da história da vida da família Rato, que nos levou a perceber a razão pela qual
o nosso companheiro foi sepultado no cemitério da Marinha Grande, quando todos
nós pensávamos que estaria em Viseu:
Segundo aqueles Senhores, os pais
do nosso amigo Graciano Rato, eram naturais da Moita, perto da Marinha Grande,
mas como tinham a profissão de Resineiros, deslocavam-se para os locais onde
havia trabalho nesta área específica. E
foi assim que, em dada altura, foram viver para Viseu onde nasceram os seus
dois filhos – O nosso companheiro e o seu irmão.
No entanto, uns anos mais tarde,
a família regressou à Marinha Grande, e, em 1956, quando faleceu o seu irmão
(Rui), foi o casal Ascenso que ofereceu à família Rato, uma campa (de sua
propriedade) para sepultarem o filho.
Mais tarde, quando veio a falecer
o nosso companheiro Graciano Rato, uma vez mais o casal Ascenso disponibilizou
a campa àquela família tão sacrificada pela vida, para sepultarem o seu então
“único” e último filho
E quando faleceram os
Pais do nosso companheiro Rato, estes foram igualmente sepultados na mesma
campa, junto aos seus dois filhos.
E foi isso que constatámos nesta
nossa romagem ao cemitério da Marinha Grande, conforme mostram as fotos aqui
apresentadas.
Entretanto colocámos a Placa
comemorativa desta nossa visita, mandada fazer pelo Pica Sinos, a qual ficará definivamente dentro
da pequena capela existente na sepultura.
Foi um momento de grande emoção
para todos… Revivemos as circunstancias trágicas em que se verificou a morte
deste nosso amigo foram revistos vários
episódios da nossa passagem por Tite, não tendo sido esquecidos todos os outros
companheiros falecidos ou desaparecidos.
Como é costume passámos em
revista as várias fases vividas em Tite durante a nossa permanência, todas elas associadas a diferentes corpos de Comando, estando sempre presente o desastre Bissassema, tema aliás nunca esquecido nestes
encontros.
Será neste pequeno jazigo em
forma de Capela, que irá ficar a Placa que levámos para homenagear o nosso companheiro Graciano de Sousa Rato.
Por fim fomos almoçar a um simpático restaurante conhecido do Victor Barros, após o qual, cada um regressou a casa, com a certeza do DEVER CUMPRIDO!...
1 comentário:
Os amigos não se esquecem..., nunca.., mesmo quando há já muito "partiram"....!!!
Além disso as circunstâncias em que se deu o desaparecimento deste jovem, marcou todos os que com ele privavam e provocou certamente em todos vós, um enorme sentimento de perda...!!!
Foi uma bonita e merecida homenagem....!!!!!
É no entanto também de louvar a atitude generosa das pessoas que (mesmo não sendo familiares) continuam, de forma carinhosa e dedicada, a cuidar das campas do Furriel Rato e da família....!!!!
É um gesto muito bonito.....!!!
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