Amigos meus Queridos
Reponho, hoje, uns versos, feitos vão já 5 (cinco) anos, neste preciso dia! E o tempo que tem feito jus faz ao teor deles...
Abraço-vos, com fraterna amizade.
Lêde, ou relêde-os...7
(LMD,16.01.24)
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NOITE FRIA, GÉLIDA...
Porque o dia, especialmente no seu findar e para a noite, que já caiu, têm estado extremamente frios, na nossa região de frio húmido, conquanto não chova para já, deu-me para discorrer, versejando, sobre o tema.n
Assim, Vos presenteio, Queridos Amigos meus, com umas bem geladas linhas, de modo a lhe apreciardes o sabor, e qual a textura da frialdade... Após o lerdes, dizei-me algo. Anseio pelas vossas mui desejadas palavras.
Beijos e abraços, como é meu uso Vo-los distribuir.
Agora, à leitura...
(LMD, 16.01.19)
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Noite fria, gélida, insensível...
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Noite fria, gélida, cinzentona e triste
Cai, sem dó nem piedade, e em riste.
Obtusa, a pérfida, descamba e gela
Quem, por montes, aos animais vela!
Noite crua, de matar, de húmido frio
A gelar corpos quentes e almas a fio...
Ó noite ingrata, quem te deu o ser?
E de longe, célere, vens aqui morrer?
Teu corpo esguio, de beldade sem dó,
Quisera ter seguro, preso bem com nó!
Malvada, que me estragas a dedilhação,
Não vês, tu, que me páras a circulação?ko
Tenho sangue forte, fluindo ruborado...
Mora em mim, inteiro, pouco estragado!
Nas mãos tuas, de gelo, frialdade pura,
Quem consegue ter-se, e tem estrutura
Para vivo, cálido, de compleição dura
Te enfrentar, sereno, com compostura?
Noite gelada, com dor as cores minas,
A energia sugas, a mãos e faces minhas!
Noite fria, de morrer, há deserto em tudo.
Será que o geral fim desejas, contudo?
Cinzenta bruma, soturna, gélida, pungente,
Vai-te, ó insensível noite! Aqui, mora gente!
LMD, 16.01.19.
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