Era uma vez...!!!
Reparou, certamente, com o habitual, experiente e apurado
sentido crítico que o caracteriza,
no estampado e estafado texto sobre o “vinho da missa”.
Propositadamente desformatado para “criôlo ou algaraviês”.
Obra, só pode, dos “galfarros” Bart 1914 e Raul Pica Sinos,
com a conivência do n/cap.
Paraíso Pinto e acolitados, presumo, pelo António Cavaleiro
e “sus muchachos”.
Tudo para, tentar, encobrir o crime de “lesa ecclesia”, por
eles e outros perpetrado,
comprometidos e enterrados, como estão, até ao pescoço e
tentando, capciosamente,
“sacudir a água do capote”.
Falta de consideração para com uma pesquisa e maturação que
me consumiu uns dois
meses, se não mais, de trabalho afincado.
Só para análise e efeitos de contraditório, tomo a liberdade de transcrever o original, sem tirar nem pôr:
“Vinho da Missa...
Ufa ! . . .
Finalmente, alijei o anátema de “escorrepicha-garrafas” que
arrostava, desde Tite, e que,
alguns “esdrúxulos”, embora poucos, me imputam, em autoria
moral e material . . .
Tanto andei e desandei, porfiadamente, que a verdade, sendo
como o azeite, vem sempre à
tona . . .
Até acordei, hoje, leve como uma alface, depois de, ontem,
ter visitado o n/capelão, padre
Luís, que muito considero e respeito, e de, gostosamente, o
ter acompanhado num périplo
pelo circuito Peneda- Gerês, com o seu epílogo num repasto,
em Castro Laboreiro,
saboreando o melhor bacalhau com broa do mundo (como reza o
placard de marketing aí
exposto). . .
E, enquanto digeríamos a broa (um tudo-nada pesadota) do
bacalhau, subindo e descendo,
em penitência, a escadaria do templo da Senhora da Peneda,
fui sacando:
- Sabe, meu alfero/capelão, ando acabrunhado aí com umas
“balelas” que, certos e
determinados mau-feitios, lá da nossa tropa, vêm propalando
aos quatro ventos, sobre o
gamanço e falsificação do vinho para a missa e que, temo,se
tornem em jurisprudência
firmada.
Lembra, não lembra, da zurrapa que nos chegava, naquelas
garrafinhas com rótulo
“Ferreirinha”?
- Se lembro! . . . lembro e não te apoquentes . . . eu sei
de tudo . . . os tentáculos da igreja
chegam a todo o lado. Não adianta esses meninos atirarem
poeira ao ar . . .
- Ah ! . . . ainda bem . . . como assim? . . .
- Sabes. Há coisas sigilosas que não devo revelar, por dever
de ofício . . .
- Oh meu alfero/capelão ! . . . por quem me toma ? . . . sabe que sou como um túmulo . . daqui não sai nada . . . conte, conte . . .
- Não sei se deva. Mas já que insistes e está em jogo uma
questão de honra ao teu bom
nome, que sempre dignificaste e honraste, aí vai, com a
promessa de não passar daqui.
- Esteja tranquilo . . . nem por cima do meu cadáver alguém fica a saber uma vírgula que seja - adianto, antes que se arrependa.
- Bem. . . Como sabes, todos os meses eram-me destinadas
duas garrafolas daquele néctar
para o meu mister. E também, como sabes, a secreta
aproveitava para, dissimuladamente,
enrolando as ditas, enviar umas mensagens criptadas e
confidencialíssimas que iam
direitinhas aos op. cripto para deciframento e posterior
entrega.
- Hum!? . . . já estou a manjar . . . prossiga . . .
prossiga . . . p.f.
- Uma das garrafas era, logo ali, também descriptada e
aparecia com a dita zurrapa, pelos
dois criptos, de quem já não recordo o nome . . . esta
memória já não funciona, embora,
paradoxalmente, retenha, que,ambos, tinham um nome de utensílio ligado às igrejas, e, outro, um nome bíblico . . .
- Ah ! . . . não seria um de nome Sinos e outro Jordão, rio
onde, com a sua água, se faziam
baptismos (também de conteúdos de garrafas)? . . ., ajudo
eu.
- Justamente. Isso mesmo. Tens boa memória e pontaria. Mas
também, acolitados por um
outro moço, assim a modos que salta-pocinhas . . .
- Salta-pocinhas, talvez não, mas troca- tintas(CIN), como
ainda hoje é lá para os lados de
Ovar, talvez . . .
- Talvez, talvez . . . e a outra garrafinha . . . sim,
porque eram duas . . .
- E o Cavaleiro, que era o chefe deles, nada? . . . atalho
eu, curioso, antes que esqueça . . .
- Esse moço alto e desengonçado, ali dos lados de Viana?
Esse . . ., muito bom moço . . .
muito direitinho. Parece que, como navegava, como ora se
diz, noutra galáxia, não se
apercebia da marosca que os insubordinados tramavam . . .
embora, de quando em vez,
matasse o bicho com uma ou outra hostiasita, convicto pelos
três da vigairada, de que era
quinino para o paneleirismo, perdão, paludismo . . .
- E a outra garrafola, padre? Indago, cada vez mais curioso
e já passado do capacete . . .
- Como ia dizendo, a outra garrafa era entregue na secção de
reabastecimentos, juntamente
com a mensagem, em conluio e pacto salomónico, entre aqueles
três e um furriel que aí
firmava, assim meio espicha-canivetes, loirito, que andava
sempre na psico na tabanca de
jeep, e a quem, a providência divina, recambiou, por
castigo, do Porto para junto dos infiéis,
creio que lá para as linhas de Torres . . .
- Safa! . . . isto está a ficar bombástico, que nem o processo das escutas! . . . E essa garrafola, também aparecia só com a zurrapa . . ., pois claro? . . .
- É como dizes. Não havia volta a dar- lhe . . . Os quatro,
pelo menos, sabem-no, tão bem ou
melhor que eu . . . não adianta derraparem nas curvas . . .,
nem tentar comer a papa na
moleirinha . . .
- Obrigado, meu alfero. Tirou-me um peso cá da alma . . .
até vou dormir melhor. . .
Convencidos, desta? Ou, ainda, será necessário um croquis a
cores? . . .
Um xi para todos do Hipólito”
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