Por efeito, decerto, da auto-imposta reclusão, ou necessidade de cobro se dar à dispersão do que nos afecta e desanima, eis uns versitos a propósito - creio bem - para lerdes, Amigos e Camaradas, por quem tenho subida estima e amizade clara.
Ficai bem. Abraço fraternal.
Então, à leitura:
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NOS DISCORRENTES DIAS
DAS TRISTES HORAS HEBDÓMADAS!
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Nos discorrentes, fátuos dias,
Espasmodicamente conturbados,
De anelados amplexos invisíveis,
Todo o acto é virtual,
Distante, quiçá virtuoso.
Não vá, diz-se, o maléfico viroso
Proveito haver do que se aproxima!
Assim, sobe e desce a estima,
A intrínseca e bela virtude,
A par com a anosa senectude
E a jovial, álacre vida menina!
Onde paira a normalidade?
No anormal devir sem estigma,
Ou na assomada mente assassina
De um vírus, que se não topa
Sequer em canto ou esquina?
Aqui estou e alinho palavras,
Sem delas obter breve sentido
E sem lograr menor proveito.
É, só, para que acabe o perfeito
Dia-a-dia inacabado, sem jeito,
Das tristes horas hebdómadas!
LMD, 02.02.21
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