CULTURA
A Guiné-Bissau possui uma herança cultural bastante rica e
diversificada, com uma multiplicidade de ritmos, instrumentos musicais, danças
e manifestações culturais.
O folclore guineense é muito rico e varia muito entre
etnias, não só pela expressão corporal, como nos trajes ou sons e instrumentos
que acompanham esta manifestação cultural riquíssima que está muito presente no
quotidiano guineense, como em dias festivos, funerais ou nas cerimónias de
iniciação como o Fanado. o grupo “os netos do Bandim” permite-nos, nas suas
atuações, viajar pela grande diversidade folclórica das etnias do país.
A arte na Guiné-Bissau assume grande importância pelo papel
que desempenha na religião e nos ritos animistas, tendo uma relação muito
próxima com o sobrenatural, pois permite a comunicação com os irãs (Deuses) e
os antepassados. a arte guineense mais valiosa e mais rara é a arte Bijagó mas
as etnias nalu, Papel e Manjaca são também conhecidas pelas suas esculturas.
estas esculturas são normalmente máscaras de animais (como tubarões, touros,
vacas, hipopótamos) e são usadas durantes os ritos ou danças tradicionais. a
cestaria, os panos de tear (pano de pente) e tingidos ou a olaria são também
algumas das manifestações culturais típicas da Guiné-Bissau.
A música faz parte do quotidiano na Guiné-Bissau, estando
muito presente nos momentos duros da lavoura, nos tempos de ócio, em cerimónias
como casamento, de iniciação, batizados ou funerais. o género mais conhecido na
Guiné-Bissau é o Gumbé, uma mistura de diversos estilos musicais. ocorrem
durante o ano vários festivais de música, sendo o mais conhecido o Festival de
Bubaque que se realiza no fim-de-semana da Páscoa em Bubaque, arquipélago dos
Bijagós, e que reúne ali os melhores músicos da atualidade.
O músico de maior referência na Guiné-Bissau, por ser um
símbolo da resistência ao colonialismo e autor dos poemas musicados mais
conhecidos, é José Carlos schwartz, já falecido. na cena musical contemporânea,
podemos referir os super Mama Djombo, tabanca Djaz, Dulce neves, Bidinte, issabary, Justino
Delgado, Kaba Mané, ramiro naka, zé
Manel, Karyna Gomes, eneida Marta, Klim Mota, atanásio atchuem, Binhan Quimor ,
Charbel Pinto, iragrett tavares, Manecas Costa, Miguelinho nsimba, Demba Baldé
ou Patche di rima.
De salientar três instrumentos musicais característicos da
Guiné-Bissau: o Kora (instrumento musical Mandinga, constituído por uma cabaça
com adaptação de uma viola, estando a parte aberta forrada com couro de cabra,
atravessada de lado a lado por um pau redondo que forma o braço principal do
instrumento. este liga-se às 21 cordas que estão dispostas verticalmente). O
Balafon (xilofone com lamelas de madeira
pau-de-sangue dispostas paralelamente sobre 4 suportes de cana de bambu)
e a tina (trata-se de um recipiente cilíndrico com água onde se coloca uma
cabaça oca virada para baixo a boiar), também conhecida por tambor de água e
muito utilizada na música guineense.
Na literatura, saliente-se, Amílcar Cabral, poeta e autor de
importantes ensaios políticos e discursos nacionalistas, abdulai silá
(romancista, poeta), Agnelo regala (poeta), Carlos-Edmilson Vieira, tony
Tcheca (poeta), Félix siga, Hélder Proença, Vasco Cabral, António Baticã
Ferreira (poeta), Odete Semedo, Julião de sousa (historiador), Francisco
Conduto de Pina, Carlos Lopes, Filinto de Barros ou saliatu da Costa.
No que respeita aos artistas plásticos podemos destacar
augusto trigo, Ismael hipólito Djata, Sidney Cerqueira, Lemos Djata, João
Carlos Barros, Anselmo Godinho, Malam Camara,
Manuel ou Fernando Júlio.
Na sétima arte mencione-se Flora Gomes, cineasta guineense
diversas vezes premiado e reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho ou o
jovem cineasta Filipe Henriques.
DESPORTO
O futebol é o desporto rei na Guiné-Bissau e as equipas mais
conhecidas são o sport Benfica e Bissau e o sporting Clube de Bissau. Vários
são os futebolistas guineenses a jogar em equipas internacionais. a
Guiné-Bissau tem igualmente tido algum destaque nas modalidades de Judo e Luta
a nível internacional.
(IN GUIA TURISTICO À DESCOBERTA DA
GUINÉ-BISSAU, de Joana Benzinho e Marta Rosa, com a devida vénia)
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