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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Pedro faz hoje 71 anos





O Pedro faz hoje anos.
Para o Pedro o nosso abraço de parabens, que continue com saúde no seio da sua famila dos Montes Altos.
Um abraço de todos nós.
Leandro Guedes.
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A este respeito transcrevemos aqui parte dum artigo que reproduz o primeiro encontro que tivemos com o Pedro em 2010, após o regresso. Foi um verdadeiro momento histórico:
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"Os 65 anos do Pedro (em 2010)
Ainda não eram nove horas e já o Guedes, Pica, Carlos reguila, esposa e a "Dona Tom Tom", estavam a caminho dos Montes Altos.

Mas mal sabíamos a caloraça que aí vinha - 43 graus no seu pico máximo.
...
Por voltas das 11:30 chegamos ao ponto de encontro com o Mestre, na rotunda de Mértola.
Logo aí levamos um ralhete porque devíamos ter vindo por aquele lado e não pelo outro e porque passamos por ele e não o vimos… etc etc etc.
Já na companhia do Mestre e da esposa D.Conceição e depois de termos dado duas voltas à rotunda de Mértola, não sei se para despedida ou se porque o Mestre tinha saudades, lá seguimos rumo à Mina de São Domingos ao encontro do Ramos.
Quando lá chegamos, mais outro ralhete – então vocês vieram por baixo, deviam ter vindo direitos a Serpa, poupavam 30 ou 40 kms. (feitas as contas no fim da viagem poupamos uns 2 ou 3 kms apenas. ...)
O Mestre mete a colherada – não ligues o Ramos não sabe o que está a dizer… Não poupam quilómetros nenhuns e o caminho é mau.
Dois alentejanos castiços, cada um puxando para seu lado sem dar abébias ao outro. Mas às vezes as coisas roçam o azedo…
Quando chegamos à Mina estava também lá o Traquino e esposa, que é mais um dos recuperados, que já não víamos há muitos anos e que vive em Silves.
Mostrou-nos, orgulhoso, uma foto da sua bela e pequenina netinha com seis anos.

Por volta do meio dia chegamos aos Montes Altos. E lá estava o Pedro que, sem saber que nós íamos ao seu aniversário, como bom algarvio que é estava meio desconfiado. E mal viu o carro do Ramos e do Mestre, logo apercebeu que estavam ali os seus amigos.
Foi uma alegria. Toda a gente a dar-lhe os parabéns, tendo vindo ao nosso encontro o Sr. Diogo Sotero, excelente orientador de toda aquela equipa que trabalha naquela maravilhosa casa e que tanto bem tem feito ao nosso amigo Pedro.

Não esquecemos que o Pedro vivia no cartão, no Algarve, trabalhava sem que lhe pagassem, não tinha nada e foi encaminhado pelo jovem Mário para os Montes Altos, onde o Pedro adquiriu dignidade, conforto e bem estar, dando agora, verdadeiro valor à vida. Melhor das noticias – até já toma banho sozinho. Diogo Sotero, ao contar isto era, é, um homem feliz.

Bem mas veio o almoço, depois de cumprimentarmos todos os funcionários que naquela altura estavam nos Montes Altos.
E o almoço, confeccionado pelas senhoras dos Montes Altos, foi uma delicia – cozido de grão. E o que é o cozido de grão, isto para os ignorantes que não puderam lá ir?. É estufado de grão cozido, massinhas tipo cotovelo, carnes de diversas qualidades, hortelã, chouriço, muito bem temperado e apurado sem estar salgado.
Para a malta do norte, este prato é uma espécie de “Rancho”.
Uma maravilha. Foi de comer e chorar por mais. Parabéns à equipa da cozinha.
A rematar, sobremesas várias e o bolo de aniversário regado com champanhe delicioso, tendo-lhe sido cantados os parabéns.
O Pedro teve direito a beber um pouco de vinho e a fumar o seu cigarrinho.
No fim foi a abertura das prendas e aí o Pedro discursou um pouco e chorou de alegria.
Falta dizer que almoçamos ao ar livre – numa mesa estávamos nós (Diogo Sotero, Guedes, Ramos, Mestre e esposa, Pica, Pedro, Carlos Reguila, esposa, Traquino, esposa, noutra estavam as senhoras funcionárias e numa outra os funcionários.
Tínhamos aceite este convite para os anos do Pedro, combinando com o Sr. Diogo Sotero, comparticiparmos nas despesas do almoço.
Não quis nada. Disse que a despesa estava paga e o melhor pagamento foi nós estarmos lá, naquele dia especial para o Pedro e para os Montes Altos.

Entretanto houve os telefonemas daqueles que não podendo vir, não esqueceram o acontecimento – Hipólito, Contige, Cavaleiro, Victor Barros, Amador. Peço desculpa se me esqueço de alguém.

Ao encetarmos os preparativos para a despedida, começou a outra saga – o Mestre queria que fossemos lanchar a sua casa. Dizia a esposa que tinha lá um alguidar de carne à nossa espera.
Mas nós tínhamos prometido uns aos outros, ao partir de Setúbal, que vínhamos a tempo de ver o futebol em casa e por isso tivemos que recusar a boa vontade do casal Mestre.
Mas também, quem é que depois dum almoço daqueles nos Montes Altos, tinha barriga para uma alguidarada de carnes? Impossível.

Voltamos a ouvir os ralhetes do Mestre e do Ramos – vai por aqui que é melhor, vai por ali que é mais perto. Em que ficamos? - Óh Guedes não ligues ao Ramos. Óh Pica não ligues ao Mestre.
Resolvemos ir por outro caminho diferente da ida e assim seguir o conselho do Ramos, contra a vontade do Mestre. Fomos atrás dele até Moura e depois seguimos o nosso caminho.

Ao fim e ao cabo acho que Portugal perdeu com a Espanha, como castigo por não termos ido lanchar com o Mestre, mas desculpa amigo, fica para a próxima.

Bebemos uma aguinha num tipico café alentejano de beira da estrada, onde fiz o meu euromilhões e chegamos a bom porto, em Setúbal.

Reiteramos por fim os nossos agradecimentos eternos à equipa dos Montes Altos na pessoa do Sr. Diogo Sotero, ao jovem Mário que o encaminhou na vida, às funcionárias/funcionários que tudo fazem para que o Pedro e os outros utentes, se sintam melhor ali do que estavam nas suas próprias casas ou a viver no cartão.

Como nota queremos apenas dizer, que em conversas entre nós temos valorizado imenso o gesto do jovem Mário, que apesar da sua pouca idade se preocupou com um idoso sem abrigo, um deserdado da vida e o encaminhou para aquela casa que tem sido a salvação do Pedro. Não é comum este comportamento de gente jovem em relação aos mais velhos desamparados.
Bem hajam todos!
Muito e muito obrigado.
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dos Montes Altos recebemos este email:
Caros amigos do Batalhão de Artilharia 1914-Tite, a vossa vinda a Montes Altos, é daqueles gestos que já não se vêem nos dias de hoje, pois deslocarem-se de tão longe para vir ao aniversário de um companheiro de guerra de há 40 anos, revela um grande espirito de equipa e seguramente de horas amargas que passaram juntos numa guerra estupida que fiquei certo ao ouvi-los deixou marcas para toda a vida.
Por isso foi com muita amizade que vos recebemos a vós e outros amigos que aqui se deslocam por esta ou outra razão. Aqui se tratou tão bem o Senhor Presidente da República como tratamos os sem abrigo, como é o caso do" Pedro das vacas" ou o tio Zé como nós chamamos.
É esta a nossa divisa tratar e receber todos bem, desde que venham por bem.
Recebam um abraço deste amigo.
Diogo Sotero

sexta-feira, 24 de junho de 2016

PLATAFORMA SALVAR O TUA









PLATAFORMA SALVAR O TUA
A Plataforma Salvar o Tua tem por missão proteger o Vale do Tua, um dos rios mais belos de Portugal, alertando para a incompatibilidade da construção da Barragem de Foz Tua com os vários valores protegidos pela classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial. Defendemos a suspensão imediata das obras antes de serem cometidos danos irreparáveis sobre um património natural de valor social, ecológico e económico inestimável, que é parte da nossa herança cultural e identidade nacional.
Com a construção da barragem de Foz Tua, está iminente a destruição do Vale do Tua e da sua centenária linha ferroviária que integram o Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial classi­ficado pela UNESCO.
A Plataforma Salvar o Tua tem por missão proteger e valorizar este património e impedir a construção da barragem que o irá destruir.
Veja no site seguinte, aquilo que está em causa.

               Clica aqui:



GUINÉ/BISSAU - Cultura e Desporto

CULTURA
A Guiné-Bissau possui uma herança cultural bastante rica e diversificada, com uma multiplicidade de ritmos, instrumentos musicais, danças e manifestações culturais.
O folclore guineense é muito rico e varia muito entre etnias, não só pela expressão corporal, como nos trajes ou sons e instrumentos que acompanham esta manifestação cultural riquíssima que está muito presente no quotidiano guineense, como em dias festivos, funerais ou nas cerimónias de iniciação como o Fanado. o grupo “os netos do Bandim” permite-nos, nas suas atuações, viajar pela grande diversidade folclórica das etnias do país.
A arte na Guiné-Bissau assume grande importância pelo papel que desempenha na religião e nos ritos animistas, tendo uma relação muito próxima com o sobrenatural, pois permite a comunicação com os irãs (Deuses) e os antepassados. a arte guineense mais valiosa e mais rara é a arte Bijagó mas as etnias nalu, Papel e Manjaca são também conhecidas pelas suas esculturas. estas esculturas são normalmente máscaras de animais (como tubarões, touros, vacas, hipopótamos) e são usadas durantes os ritos ou danças tradicionais. a cestaria, os panos de tear (pano de pente) e tingidos ou a olaria são também algumas das manifestações culturais típicas da Guiné-Bissau.
A música faz parte do quotidiano na Guiné-Bissau, estando muito presente nos momentos duros da lavoura, nos tempos de ócio, em cerimónias como casamento, de iniciação, batizados ou funerais. o género mais conhecido na Guiné-Bissau é o Gumbé, uma mistura de diversos estilos musicais. ocorrem durante o ano vários festivais de música, sendo o mais conhecido o Festival de Bubaque que se realiza no fim-de-semana da Páscoa em Bubaque, arquipélago dos Bijagós, e que reúne ali os melhores músicos da atualidade.
O músico de maior referência na Guiné-Bissau, por ser um símbolo da resistência ao colonialismo e autor dos poemas musicados mais conhecidos, é José Carlos schwartz, já falecido. na cena musical contemporânea, podemos referir os super Mama Djombo, tabanca Djaz, Dulce neves, Bidinte, issabary, Justino Delgado, Kaba Mané, ramiro naka,  zé Manel, Karyna Gomes, eneida Marta, Klim Mota, atanásio atchuem, Binhan Quimor , Charbel Pinto, iragrett tavares, Manecas Costa, Miguelinho nsimba, Demba Baldé ou Patche di rima.
De salientar três instrumentos musicais característicos da Guiné-Bissau: o Kora (instrumento musical Mandinga, constituído por uma cabaça com adaptação de uma viola, estando a parte aberta forrada com couro de cabra, atravessada de lado a lado por um pau redondo que forma o braço principal do instrumento. este liga-se às 21 cordas que estão dispostas verticalmente). O Balafon (xilofone com lamelas de madeira  pau-de-sangue dispostas paralelamente sobre 4 suportes de cana de bambu) e a tina (trata-se de um recipiente cilíndrico com água onde se coloca uma cabaça oca virada para baixo a boiar), também conhecida por tambor de água e muito utilizada na música guineense.
Na literatura, saliente-se, Amílcar Cabral, poeta e autor de importantes ensaios políticos e discursos nacionalistas, abdulai silá (romancista, poeta), Agnelo regala (poeta), Carlos-Edmilson Vieira, tony Tcheca (poeta), Félix siga, Hélder Proença, Vasco Cabral, António Baticã Ferreira (poeta), Odete Semedo, Julião de sousa (historiador), Francisco Conduto de Pina, Carlos Lopes, Filinto de Barros ou saliatu da Costa.
No que respeita aos artistas plásticos podemos destacar augusto trigo, Ismael hipólito Djata, Sidney Cerqueira, Lemos Djata, João Carlos Barros, Anselmo Godinho, Malam Camara,  Manuel ou Fernando Júlio.
Na sétima arte mencione-se Flora Gomes, cineasta guineense diversas vezes premiado e reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho ou o jovem cineasta Filipe Henriques.
DESPORTO
O futebol é o desporto rei na Guiné-Bissau e as equipas mais conhecidas são o sport Benfica e Bissau e o sporting Clube de Bissau. Vários são os futebolistas guineenses a jogar em equipas internacionais. a Guiné-Bissau tem igualmente tido algum destaque nas modalidades de Judo e Luta a nível internacional.
 (IN GUIA TURISTICO À DESCOBERTA DA GUINÉ-BISSAU, de Joana Benzinho e Marta Rosa, com a devida vénia)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Homenagem ao Gentil







Caros amigos
Fomos hoje à campa do Gentil Félix Lourenço, em Vila Verde dos Francos, concelho de Alenquer, a terra por onde passou Camões, entregar à família a placa de homenagem ao nosso companheiro falecido, bem como um ramo de flores, tendo ambos ficado depositados na campa, conforme fotos.
Estiveram presentes a Esposa, Filha e Filho, a quem agradecemos.
Que o nosso amigo Descanse em Paz!
Leandro Guedes.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Homenagem ao Gentil Félix Lourenço


Caros companheiros
Conforme estava combinado, vamos na próxima 4ª. feira, dia 22 de Junho, pelas 11 horas da manhã, ao cemitério de Vila Verde dos Francos, no extremo oeste do concelho de Alenquer, entregar à família do Gentil Félix Lourenço, uma placa de homenagem ao nosso amigo falecido.
Quem puder e quiser, pode lá ir ter às 11 h ou então vem ter a Torres Vedras e vai comigo. A vila fica a cerca de meia hora de Torres Vedras.
Quanto à placa do amigo Arrabaça, terá que fic
ar para Setembro, uma vez que a campa ainda não está pronta.
Um abraço.

Leandro Guedes

domingo, 19 de junho de 2016

PARABENS AO HIPÓLITO.









O nosso companheiro Hipólito passa hoje mais um aniversário.
Homem de muitos ofícios - desde as actividades eclesiásticas e respectivas provas do vinho, especialista em aerogramas e todos os assuntos afins, comandante de Bombeiros, agricultor/sulfatador, cavaquista (tocador de cavaquinhos), organizador de almoços anuais bélicos, além das actividades profissionais que teve durante a sua vida profissional - é este o homem multifacetado que hoje festeja o seu 71º. aniversário.
Para ti companheiro, o nosso abraço de parabens, com os votos de que contes muitas com saúde junto dos teus familiares.
Leandro Guedes



sexta-feira, 17 de junho de 2016

GUINÉ/BISSAU - Gastronomia


GASTRONOMIA

A cozinha tradicional guineense não nos deixa indiferentes pela palete de sabores, aromas, ingredientes e cores que usa. Uma cozinha simples mas surpreendente, resultante do cruzamento da cultura gastronómica ancestral africana - com produtos da terra como  legumes ou fruta que só ali encontramos - com as matizes da cozinha tradicional portuguesa.

As ostras de raiz ou de rocha são abundantes na Guiné-Bissau e convidam a um bom convívio debaixo do mangueiro. os camarões de Farim são outra iguaria a não perder.

A lima, a malagueta, o óleo de palma ou o caldo de mancarra (amendoim) são omnipresentes na cozinha guineense caracterizada por sabores intensos e temperados. a acompanhar o “mafé” - o conduto composto por molhos e caldos de carne, marisco ou peixe  - encontramos invariavelmente o arroz. os peixes como a Bica são muito apreciados e normalmente comem-se grelhados com um molho feito à base de cebola, limão e malagueta. e claro, arroz!

Como pratos mais característicos, de referir o Caldo de Chabéu (feito com óleo de palma, quiabos, carne ou peixe), o Caldo de Mancarra (caldo de amendoim com carne ou peixe), siga (confecionado com quiabos, carne ou peixe e camarões), Pitche-Patche de ostras (arroz de ostras), Cafriela (galinha da terra ou carneiro grelhados com molho de limão, malagueta e cebola), caldeirada de cabrito ou cabra grelhada. De referir que há etnias que comem macaco, o que constitui uma verdadeira ameaça para algumas espécies, e a etnia Papel come cão.

Os sumos naturais também são aqui muito famosos e destacamos o sumo de cabaceira (feito com o fruto do embondeiro), o sumo de onjo (com folhas de bagitche), o sumo de veludo (fruto avermelhado conhecido por ter algumas características medicinais), o sumo de fole (fruto de uma árvore trepadeira), o sumo de farroba (fruto da árvore pé de barroba), sumo de mandiple (feito com um fruto amarelo proveniente de um arbusto com o mesmo nome) e os sumos de papaia, manga ou goiaba. estes sumos naturais são muitas vezes demasiadamente doces pelo que aconselhamos que se peça que seja adicionado pouco açúcar.

Nas frutas destacamos a papaia, a manga, a pinha, a banana, o ananás, o fole e o caju fresco que é também muito apreciado na Guiné-Bissau.

(IN GUIA TURISTICO À DESCOBERTA DA GUINÉ-BISSAU, de Joana Benzinho e Marta Rosa, com a devida vénia)
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nota -

Quem não se lembra duma bela e farta petiscada de ostras, no destacamento do Enxudé, sentados naquela mesa longa de madeira, só em calções e chinelos de dedo, calor abrasador, acompanhados pela boa cerveja fresca. Parece impossível como é que daquelas águas tão barrentas do rio, saíam ostras e camarões tão grandes e saborosos. Os companheiros que estavam por lá destacados, arranjavam sempre maneira de presentear os amigos que de vez em quando os iam visitar, fosse para descarregar um barco, fosse após uma picada da estrada. Eram dos bons momentos que se passavam naquelas paragens.
Leandro Guedes.
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Comprava-se agarradas a um pau, e depois cozinhavam-se e acompanhadas com cerveja de litro ,maravilha.

Jorge Gouveia
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Eu também as comi no Enxudé e com bastante vontade, porque adoro as ostras et me lembro que as comi também no quartel na oficina da mecânica. Bons tempos, que já  não voltam!!!
Fernando Santos
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Uma saca de sarapilheira das batatas cheia de ostras, custava 20 "pesos!" - 20$/10 cent. Nunca cheguei a enjoar, mas estive quase. Não deve existir nenhuma maneira de as comer, que não tivéssemos experimentado. Vinham do Enxudé. :)
José Justo


quinta-feira, 16 de junho de 2016

O Ferreira anda em Espanha.


Do Francisco Ferreira:
Francisco Ferreira de Lamego em Grove Espanha a visitar viveiros do mexilhão, andar de barco e comer mexilhão com Esposa e amigos.


terça-feira, 14 de junho de 2016

Parabens ao FERNANDO DE ALMEIDA



Um grande abraço de parabens ao nosso companheiro Fernando de Almeida, da CART 2314 e que hoje passa mais um aniversário.
Votos de Boa saúde e um resto de dia feliz.
Leandro Guedes.

domingo, 12 de junho de 2016

Placas de homenagem a companheiros já falecidos


As placas do nosso alferes capelão e a do Fernando Botas, são iguais a estas.

Companheiros
Um grupo de amigos tem vindo a tomar a iniciativa de mandar fazer placas de homenagem, a companheiros recentemente falecidos. A primeira foi ao nosso amigo Rato, que se encontra sepultado na Marinha Grande, após ter sido descoberto pelo amigo Vitor Barros.
Desta vez foram mandadas fazer quatro placas, a saber:
  • Alferes capelão Padre Luis Costa e Silva
  • Furriel Arrabaça
  • Gentil Félix Lourenço
  • Fernando Botas
O Pica Sinos, Contige e Palma têm sido os obreiros destas coisas.
No último almoço em Tábua foi solicitado aos presentes uma pequena contribuição para o pagamento destas placas. O valor recolhido excedeu o valor das mesmas e respetivo envio por correio.
Estamos agora prontos para em data próxima a anunciar, irmos às respetivas campas e entregar às famílias a nossa homenagem simples, a homenagem de todos os companheiros do BART 1914 aos nossos amigos falecidos.
A placa do nosso alferes capelão está na posse do Hipólito, para em conjunto com os amigos do Minho irem à campa do nosso alferes.
A placa do Fernando Botas, ficou o Pica Sino encarregue de a entregar à viúva.
As placas do Gentil e do Arrabaça, estão na minha posse, para serem entregues às famílias, em Vila Verde dos Francos e Nazaré.
Os companheiros que quiserem e puderem estar presentes serão bem vindos.
As datas serão anunciadas em breve.
Leandro Guedes.



ILHA DOS BIJAGÓS - Guiné/Bissau

Enviado pelo Luis Manuel Dias, a quem agradecemos.


sexta-feira, 10 de junho de 2016

GUINÉ/BISSAU - Fauna e Flora


FAUNA

As reservas naturais têm uma rica variedade de fauna protegida e o país é um dos centros mais importantes de birdwatching (observação de aves) a nível mundial, principalmente na zona de Cacheu, onde foram identificadas 248 variedades de aves em 2014 e nas Lagoas de Cufada. o arquipélago dos Bijagós também é muito rico em aves e espécies marinhas raras. os tarrafes, como zona estuária e de reprodução, apresentam uma grande biodiversidade. há cerca de 374 espécies de aves na Guiné-Bissau, destacando-se as andorinhas-do-mar (Sterna máxima e Sterna cospia), o papagaio cinzento (Psittacus erithacus), os flamingos, os pelicanos, o colhereiro africano (Platalea alba), as gaivinas-negras (Chlidonias niger), os gansos (Auritus De Nettapus e Plectropterus Gambens), as calas de crista amarela (Cacatua galerita), a cotovia-pardal-de-dorso-castanho (Eremopterix leucotis), a andorinhaestriada-pequena (Cecropis abyssinica) e o chasco (Oenanthe heuglini).

Na Guiné-Bissau existem ainda cerca de 230 espécies de peixes, crustáceos e moluscos, 10 espécies de morcegos e cerca de 85 répteis distintos, nomeadamente o crocodilo (Crocodylus niloticus), o crocodilo anão (Osteolaemus tetraspis), 46 tipos de serpentes e várias tartarugas marinhas: a tartaruga-verde (Chelonia mydas), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), a tartaruga olivácea (Lepidochelys olivacea), a tartaruga comum (Caretta caretta) ou a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

Estão identificados vários roedores neste país, nomeadamente o esquilo voador (Finiusciurus becrofyi) e diversas espécies carnívoras como a hiena manchada (Crocuta crocuta).  entre os mamíferos marinhos de referir os golfinhos (Sousa teuzil e Tursiops truncatus), as lontras (Aonyx capensis) e os ameaçados manatins (Trichechus senegalensis). Já no que diz respeito a animais de casco, destacamos o hipopótamo (Hippopotamus amphibius) e várias espécies de gazelas e antílopes.

 A Guiné-Bissau tem ainda duas espécies de pangolins e diversos primatas, como o chimpanzé (Pan Troglodytes), o Macacoverde (Chlorocebus sabaeus) o Macaco Colobus (Colobus polykomos), o Macaco Fidalgo (Colobus polykomos polykomos) e o Macaco Bijagó ou nariz Branco (Cercopithecus nictitans), estes dois últimos considerados raros.  

FLORA

A diversidade da flora tem correspondência com a caracterização geográfica e do solo. as florestas constituem uma verdadeira barreira contra o fenómeno da desertificação, da degradação dos solos e do assoreamento das bacias hidrográficas, suportam a agricultura e produzem madeira, lenha, carvão, caça e produtos florestais não lenhosos tais como o mel, frutos, raí- zes, tubérculos, plantas medicinais, vinho e óleo de palma e tantos outros bens que, na Guiné-Bissau, são essenciais. Porém, a pressão demográfica, as alterações climáticas, a intervenção humana por queimadas, a extração massiva de madeiras consideradas nobres, a monocultura de mancarra (amendoim), de arroz e de caju, têm alterado a flora (e a fauna) da Guiné-Bissau. não obstante, podemos observar vários tipos de paisagem bem distintos.

Em toda a extensão dos rios observam-se os mangais que podem ir até ao 10 metros (os mangais altos ou Rhizophora) e outros que chegam aos 5 metros (o mangal baixo ou Avicennia).

Existem ainda as zonas de arrozais, de  tannes, de floresta sub-húmida, de floresta de transição, a floresta secundária ou degradada, as florestas secas e as savanas.  nas zonas de “tannes”, áreas lodo-arenosas que antecedem o mangal ou tarrafe, o solo é praticamente estéril por serem secas e estarem saturadas de sal. apenas algumas plantas e gramíneas tolerantes ao sódio conseguem resistir nestas condições.

Na zona sul do país, devido à maior humidade, predominam as bolanhas (arrozais alagados). aqui, principalmente nas  regiões de tombali e de Quinara e nalgumas ilhas do arquipélago dos Bijagós encontramos a floresta sub-húmida, com vegetação variada: árvores de grande porte, de 30 e 40 metros de altura - sobretudo “Pó de miséria” (Anisophylla lamina), “Polon” (Ceiba pentandra) e “Pó de bitcho amarelo” (Chlorophora regia) -, árvores entre os 20 e os 30 metros, arbustos e ainda lianas.

As florestas de transição, como o nome indica, fazem a fronteira entre a floresta sub-húmida e as florestas secas e semi- -secas, principalmente na região de Gabú e no litoral, onde predominam os “poilões” (Ceiba pentandra).

As florestas secas e semi-secas nas zonas centro-norte e centro-sul do país, apresentam arbustos, lianas e arvoredo entre os 20 e os 30 metros. as espécies que aqui predominam são o “Pó de conta” (Afzelia africana), Palmeira de óleo (Elaeis guineensis), “Manconde” (Erytrhopheleum guineensis), “Bissilon” (Khaya senegalensis), “Pó de sangue” (Pterocarpus erinaceus) e “Pó de carvão” (Prosopis africana).

As florestas secundárias ou degradadas são produto da ação do homem, sofrendo queimadas, pousios e plantação de árvores de frutos, como no caso das grandes monoculturas de cajueiros, predominantes nas regiões de Biombo, Cacheu e oio. a paisagem destas regiões também é influenciada pela produção de arroz em sequeiro, o arroz “m’pampam”. a noroeste encontramos muitas Palmeiras (Elaeïs guineensis) e “cibe” (Borasus aethiopum), um tronco de uma palmeira cujo tronco é muito apetecido para a construção de casas.

A zona de savana situada no litoral é pouco densa, com arbustos até aos 2 metros e ainda “Karite” (Butyrospermum parkii), “Pó de incenso” (Danielle Oliveri) ou a palmeira de óleo (Elaeïs guineensis). existe ainda a zona de savana herbácea húmida, no interior do país, que se caracteriza pela quase inexistência de árvores, à exceção de algumas palmeiras e “cibe” (Borasus aethiopum). são utilizadas principalmente para o pastoreio e cultiva-se o arroz em “bolanhas de lala”.

As plantas na Guiné-Bissau, como todos os seus elementos naturais, têm uma importância extrema não só como matéria-prima e meio de subsistência, mas ainda nas próprias demonstrações culturais e na medicina tradicional. a literatura científica aponta para quase 900 plantas diferentes na Guiné-Bissau, das quais cerca de 128 são utilizadas em mezinhas tradicionais, 76 são consumidas pelo homem e 86 são utilizadas para pasto e na produção de artesanato

 (IN GUIA TURISTICO À DESCOBERTA DA GUINÉ-BISSAU, de Joana Benzinho e Marta Rosa, com a devida vénia)

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Comemorações do 14º. aniversário do Monumento aos Mortos na Guerra do Ultramar, em Torres Vedras



                                                
Companheiros

Realizou-se ontem, dia 5 de Junho,  em Torres Vedras, a comemoração do 14º. Aniversário da inauguração do Monumento aos naturais de Torres Vedras (existem ao todo 289 Monumentos em todo o País) , mortos na Guerra do Ultramar e também do 90º. Aniversário do núcleo local da Liga dos Combatentes.
Foi uma homenagem que teve inicio com missa na Igreja da Graça, pelas 10,30 na qual estiveram presentes vários militares e também 3 estandartes dos núcleos da Liga dos Combatentes de Vila Franca de Xira, Caldas da Rainha e Torres Vedras.


De seguida deu-se a concentração junto ao Monumentos dos Combatentes, junto ao Palácio da Justiça, iniciando-se as cerimónias pelas 12,15  tendo o seu momento alto com a imposição de medalhas a dois antigos combatentes, impostas pelo senhor secretário geral da Liga dos Combatentes, coronel Hilário. A este respeito importa dizer que estas medalhas que premeiam aqueles que estiveram em campanha em Africa, em teatro de operações, pelo menos durante seis meses, têm que ser “pedidas” às entidades competentes. É triste que assim seja. Importa ainda dizer que vão ser impostas no dia 10 de Junho, em Lisboa, 3 cruzes de guerra a miliatares que foram louvados para o efeito. Cinquenta anos depois…


Iniciou a cerimónia o ex-alferes miliciano Biencard Cruz (hoje Diácono), que serviu em Angola, na arma de Transmissões. Parte do seu discurso está publicado em vídeo neste blog.
Discursou de seguida a Senhora Vereadora da Cultura em representação da Camara Municipal de Torres Vedras, Dra. Ana Umbelino. Lamentavelmente não temos gravação do seu discurso devido a uma irritante avaria que deixou o vídeo em péssimas condições.
Por último discursou o Senhor Coronel Hilário, secretário-geral da Liga dos Combatentes Nacional e do qual temos discurso em vídeo publicado.
Destes discursos salienta-se a homenagem sentida e comovida a todos aqueles que serviram a Pátria e principalmente àqueles que por ela deram a vida (nos quais se incluem os nossos amigos do BART 1914 e restantes Unidades Operacionais do sector Quinara, em Tite na Guiné/Bissau)  e que em Torres Vedras são mais de cinquenta. Mas sem desmerecer os restantes, vale a pena ouvir o discurso do senhor coronel Hilário.
Várias entidades estiveram presentes no evento, salientando-se o senhor Presidente do núcleo da Liga dos Combatentes de Torres Vedras, o senhor tenente-coronel da Escola de Sargentos, a senhora Major da Escola das Armas, representantes da PSP, GNR e Bombeiros Voluntários, além das Juntas de Freguesia.
De salientar que estiveram presentes muitos combatentes anónimos, que serviram nas várias frentes operacionais.
No final da cerimónia alguns dos participantes foram almoçar num conhecido restaurante da cidade.
Leandro Guedes.

Algumas fotos do evento em Torres Vedras



Alocução do alf. mil. Biencard Cruz (Diácono em Torres Vedras)


sexta-feira, 3 de junho de 2016

GUINE/BISSAU - Caracteristicas Económicas


CARACTERISTICAS ECONÓMICAS

A Guiné-Bissau encontra-se na 177ª posição, num total de 187 países (são 196), segundo o relatório de Desenvolvimento humano do Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento de 2014. Cerca de 48,9% da população vive em condições de extrema pobreza, com menos de $1,25 dólares por dia, com uma taxa de inflação na ordem dos 9,4% e uma taxa de alfabetização de apenas 43,7%. o desemprego ronda os 10,5% mas muitos dos empregados encontram-se em situação de subemprego em atividades primárias que representam 82% da força de trabalho, sendo que os restantes 18% se dedicam aos setores secundário e terciário.

A Guiné-Bissau depende economicamente da exportação da castanha de caju, que representa mais de 90% das exportações, mais de 60% do PiB e cerca de 17% das receitas do estado. os cajueiros dominam a paisagem do país, catapultando a Guiné-Bissau para o 9° maior produtor mundial de castanha de caju. as plantações de mancarra (amendoim), arroz e milho desempenham um papel muito importante na agricultura de subsistência das famílias. a pesca é considerada a segunda maior fonte de receitas do país que dispõe de recursos marinhos assinaláveis com águas consideradas das mais ricas da África ocidental. a atividade industrial é praticamente inexistente, com uma exígua indústria de transformação de produtos agrícolas. O  País não tem tradição no setor extrativo, apenas sendo explorados inertes para a construção e obras rodoviárias em diversos locais; estão confirmados jazigos importantes de bauxite no Boé e de fosfatos em Farim e há perspetivas favoráveis quanto a petróleo offshore; nos últimos anos têm sido exploradas “areias pesadas” no litoral de Varela. a Guiné-Bissau é também possuidora de um potencial turístico considerável, centrado nas ilhas Bijagós, e num sistema de parques nacionais que cobrem 23,7% de seu território.

(IN GUIA TURISTICO À DESCOBERTA DA GUINÉ-BISSAU, de Joana Benzinho e Marta Rosa, com a devida vénia)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA


Ser criança é pura magia
É ter alegria de viver
É aprender a ter esperança
É acreditar num mundo melhor
...
É sentir que família,
professores e amigos estarão
sempre presentes,
assim iremos acreditar que
nunca nada nos irá faltar!
Um abraço bem gostoso para as nossas crianças, netos, sobrinhos netos, bisnetos, etc!

(in Jardim escola João de Deus - T.Vedras)