Luis Manuel Dias
Nem de propósito, ó LG - Bart Tite - Guiné! Tenho um poema em parte baseado nesta magnífica e saudosa canção! Vou tentar transpô-lo, aqui: ----------------------------------------
O TOAR DO SILÊNCIO
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Será de mim, talvez, espúrio artista,
Que no profundo ar longe do grito frentista
Me acomodo plácido, inerme, insolúvel, ao silêncio
Que em derredor se esparrama e verte, tal cilício
Vergastado com fúria pura, em ares de esperança ida,
Toado pela enormidade aflitiva do cogitado Universo
Que em mim faz figas, toleirão, e prossegue adverso?
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O Som do Silêncio!
‘’The Sound of Silence’’!
Quem dele recorda o som, escassos 50 anos volvidos,
E do quanto dele, entoada a cantiga a pulmões plenos, sinto
Que, mais do que nunca HOJE faz sentido?
O teor da canção derramada em brilhos
Com vozes jovens – de fervorosos e ingénuos?!
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O Silêncio… sonoro e quente!
Intimista, interior silêncio, contra vãos ruídos,
Contra o aflitivo tropel deste mundo em gritos…
Eis a contra-corrente imperiosa, reflexiva, taciturna,
Porque calada - enquanto por aí se vozeia - em ditos
De ideais dantes vivos, hoje mortos-vivos-novos.
A voz interiorizadora da acção geradora, posto que muda!
Ah, quanto falta faz a implícita placidez soturna,
O inteligente poder da calma do Silêncio!
LMD, 28.07.21
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