33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
A TODOS Vós, Amigos e Camaradas - Um BOM ANO 2021!
Poesia, hoje, nas vésperas de Novo Ano!
É um augúrio, um desejo: a todos satisfará! Venham daí esses
risos e olhares de Amigo, que daqui Vos estendo a mão!
Poesia, hoje, nas vésperas de Novo Ano!
É um augúrio, um desejo: a todos satisfará! Venham daí esses
risos e olhares de Amigo, que daqui Vos estendo a mão!
A TODOS Vós, Amigos e Camaradas - Um BOM ANO 2021!
À leitura do breve poema (escrito há quase um mês!):
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Voa, voa, puro espírito e dança!
(inspirado, ao de leve, em cantar afro-americano)
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Voa, voa, puro espírito,
Voa, rodopia e dança,
Que a fugaz vida, de agora e sempre,
Teve em ti, ó entidade, presente
A ténue, repentina, ideia dum sentido,
A pertinaz conclusão duma herança.
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Voa, voa, espírito… e dança
Sem fim, numa conseguida andança,
De ti eficaz prazer e terna morança
Sem quemquer ferir, sem lança!
-
Oh, voa, voa e nunca te canses
No belo encontro engendrado algures
Da terra prometida e donatada,
Que a antigos em descantes foi dada
E hoje é requerida por algum ministério!
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Não se menosprezem, nunca,
Os intrínsecos poderes,
Por equidistância zero
Ou por míngua de mistério!
Voa, voa, oh puro espírito e dança!
LMD, 01.12.20.
À leitura do breve poema (escrito há quase um mês!):
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Siza Vieira e Eduardo Lourenço - uma conversa entre dois Mestres da Vida
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
À Memória de Fatinha e Wye Sissoco
"À memória de Fatinha e Wye Sissoco
Ainda não tínhamos acabado de enxugar as lágrimas pela
partida da irmãzinha que a Leyla de Fátima foi para mim e eis que recebo, a
triste notícia do passamento de Sora, Wye Sissoco.
Os novos tempos que vivemos não me permitiram visitá-lo no
seu leito de enfermo, mas fiquei deveras esperançado com a última foto que o
Mussa, seu irmão me enviara na semana passada.
Ainda não consigo acreditar que se acabaram as tardes que
passávamos juntos a recordar os belos tempos de Bissau, nos finais dos anos 70,
em que sonhar era preciso.
A minha família tinha acabado de chegar de Tite, localidade
onde passamos uma temporada, devido ao trabalho do meu pai, mas também porque a
minha mãe queria que estudasse em Bissau.
Quando soube da nossa chegada à capital da Província, Djali
Suncar Sissoco, pai do Wye e exímio na arte de « Kora Fola » chegava
intespestivamente e começava a executar as canções que exaltavam os feitos dos
Djassi no Kaabu de antanho.
Ninguém conseguia ficar
indiferente à virtuosidade instrumentista e de contador nato dos grandes
feitos protagonizados pelos valorosos « Nhantchós e Koriuns» do Kaabu. Como
recompensa por esse labor, todos lá em casa, a começar pelo meu pai, davam o
que tinham e o que não tinham ao Djali, cujo estatuto lhe permitia entrar livremente
por todos os aposentos da casa.
Conheci aquele que viria a ser meu « alter ego » numa dessas
visitas em que o pai se fez acompanhar por um jovem, mais ou menos da minha
idade o qual foi imediatamente alvo de mostras de carinho pela gente feminina
la de casa, ao ponto de despertar um pouco de ciúmes da minha parte.
Passaram-se os anos e voltamos a reencontrar-nos no Ciclo Preparatório.
Com o 25/04/74, já no Liceu Honório Barreto e com a explosão
da vida cultural no novo país, o Wye foi-se aprimorando no seu instrumento de
sempre, a bateria. Foi um dos fundadores do agrupamento « Tenen Koya »,
conjunto musical que deu cartas no panorama cultural dessa Bissau que não mais
veremos. Por onde passava deixava amigos e como também era um Don Juan, fui eu
quem resolvia os pequenos problemas que
esse estatuto lhe granjeava. Sempre havia uma namorada que se chateava com ele.
Quando conheceu a Leyla de Fátima, foi aquele amor que só a
morte poderia separar. E assim foi!
Deixaram-nos o Sussu e a Simone, em cujos filhos se
perpetuarão as memórias deste companheiro que Paul Dayvis chorará.
Quebá Sussoco, seu nome de baptismo, ficará para sempre nos
nossos corações.
Que se reencontrem no Paraíso, na companhia de todos os
nossos que os precederam
Paz às vossas almas!
Malam Djassi”
domingo, 27 de dezembro de 2020
Tite - Quartel, Tabanca e suas Gentes
A MALÁRIA/PALUDISMO, EM TITE
Destas fotos que o Anibal Silva nos trouxe e que nós agradecemos porque algumas delas sã inéditas, destaco aquela que marca a nossa chegada a Tite e o calor e humidades quase insuportáveis com que nos deparámos - OS CHUVEIROS DOS BALNEÁRIOS DOS FURRIEIS.
Naqueles primeiros dias tomávamos meia dúzia de banhos por
dia, tal era a elevada temperatura e humidade, com que não estávamos
habituados. Isto passa periquito, diziam os mais velhos.
Outra situação foi a malária que a alguns de nós afetou. No meu caso passava a maior parte do dia e da noite debaixo do chuveiro para acalmar as elevadas temperaturas corporais. Nesta altura foi meu salvador o Heitor, que à força me metia comprimidos de quinino pela goela abaixo e me obrigava a beber quase sem parar copos e copos de água com limão. Ele lá sabia porquê. Há tempos, em conversa amena com o Rosas e o Monteiro, eles diziam-me que era conversa corrente naquela altura, que eu não me safava da malária. Mas safei graças ao Heitor. Obrigado companheiro!
LG.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Anibal Silva - CCAV 2483 - Tite, 1969/1970
Bom dia amigo Leandro
Um abraço amigo
nota - as fotos de Tite e arredores serão publicadas oportunamente.
Aníbal Silva – ccav 2483 – Tite 1969/1970Coral adulto do Orfeão de Ovar - Centro de Arte de Ovar 18Jul09 Avé Maria
Alerta - vinho do Alfredo com 14,8 graus...
Alerta ao Bart Tite - Guiné!
Pena o livro “Memórias” ter ido já p’ró “prelo”.
É que, o n/amigo e artilheiro, Alfredo Alves, acabou de
descobrir a vacina anti-covid!
Analisado o seu néctar “vínico”, da recente colheita,
atingiu a módica cifra de 14,8 (“quatorze” vírgula oito).
Merece, pelo menos, um “Nobel”!
Segundo especialistas, percentagem ideal para o efeito . . .
(Nota: inclinado para aderir à filosofia da acérrima
defensora do indefensável mano, Leandro Guedes, quando diz:
Se, naquela época, pudesse ir à tropa, tinha chegado a “generala”
e esta “tropa fandanga” - v. g. artilheiros do Bart - andava, toda, nos eixos e
a marcar passo certinho . . .)
E não será capaz de ter razão?! . . .
Hipólito
Boas Festas - do Santos Oliveira
Meu Caro Leandro Guedes
Sensibilizado pela partilha que fizeste à minha pessoa, te
estou grato e felicito, através de ti, toda a UNIDADE que se gerou no BArt 1914
(de si mesmo designado Unidade), para que este trabalho testemunhal fosse
divulgado a quem nele se revê pelos locais trilhados ou simplesmente por
interesse Histórico.
É um valioso Documento complementar a valorizar a História
Oficial do Batalhão, e deve ser preservado e complementado com novos
testemunhos que venham a surgir.
Caso raro este que vos une. Dou-vos os meus Parabéns.
Aproveitando para Vos saudar neste período atípico que
condiciona o Natal Tradicional. Mesmo assim...
Feliz Natal e Ano Novo 2021 - Nomi.jpg
O meu abraço Natalício, através de ti, á Unidade com Unidade
Santos Oliveira
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Faleceu Maria Mancanha, Lavadeira
Do Anibal Silva - Faleceu a Maria Mancanha, lavadeira.
por cinco vezes, desde 1997 a 2019. Vai em viagem de cariz humanitário, com dois ou três amigos. Em Abril de 2019 o Ricardo visitou a "Maria Mancanha" no hospital de Tite ou de Bissau, já não sei. Ele manteve e ainda mantém contacto telefónico com a missão católica de Tite, onde habitualmente fica hospedado, tendo sido informado do falecimento da protagonista desta história ocorrido no verão de 2019.
Um Bom Natal e o desejo de um ano 2021 melhor para todos nós
Um Abraço
Aníbal Silva- CCAV 2483"