1º Prémio
JANELA ABERTA
Numa casinha perdida
Feita de porta e janela
Abriu os olhos à vida
Uma flor muito bela
Meu botãozinho de rosa
Meu brinquinho de princesa
Chamava-lhe a mãe, vaidosa
Ao pôr a sopa na mesa.
Passaram as estações
O estio, o frio, a geada
O vento trouxe ilusões
E a flor alvoroçada
Voou com novas paixões
Pra lá da curva da estrada.
Colheu perfeitos-amores
Em varandas coloridas
Bailou em ramos de flores
Com rosas e margaridas
De repente vacilou
Ao ver-se numa lapela
Com emoção recordou
Ser uma flor à janela.
Teresa Sarzedas -
2011
(Pseud. Tejo)
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Tema Livre
2º Prémio
TALVEZ
Olhaste-me um dia
Eu perdi-me nesse olhar
Sereno todo de céu
Intenso todo de mar.
Perdi-me não me encontrei
E ainda hoje à deriva
Sou uma escrava cativa
De uns olhos que logo amei.
E quando a hora é tardia
Na prisão desta saudade
Eu grito p´la liberdade
P´ra te ver mais uma vez
E se a palavra for vadia
Talvez que um olhar de céu
Talvez que um olhar de mar
Me abrace no outro dia
Talvez...
Maria do Espírito Santo -
2011
(Pseud.- Noite Branca)
1 comentário:
Que belo poema !!!!!
Lindo...., mesmo.....
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