33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...
Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…
Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
Já vi !, na ausência de encómios à veia poética, que antevia laudatórios (nem um, pr’ámostra!), não vingou esta minha reciclável vocação serôdia . . .
Deus, nosso senhor, é que sabe ! Escreve, muitas das vezes, direito, por linhas tortas . . .
De futuro hipotecado, nas artes, como nas letras, ligo à terra, isto é, arreio (de largar, de anacar), para minha frustração.
Mas, o caso, o do arreio, é que embarrilo, ao perorar, nestas subtilezas do português.
Até tenho receio de ser mal traduzido, como, parece, o venho sendo.
Reparem: arreio (de burro), arriar (de largar), arriar a bandeira, a giga e, até (uma desfaçatez!), arriar o calhau ! . . .
E até, o meu pai, dizia: “põe-te a pau, não faças indecente e má figura, que ainda te arreio”.
É bem capaz de me ser congénita esta propensão, a dita, indecente e má figura.
E é, está na cara, areia, de mais, pr’á minha camioneta, intrometer-me nestas “charlas linguísticas”.
Por isso, adiante . . .
O que me trouxe à liça, hoje, será informar os “lateiros” que, sábado, vão à do Pedro, a Montes Altos, de que o Mestre, pelos cabelos só de vos aturar, vai preparado com uma “termos” de cházinho, daquelas ervas do seu quintal, de origem japonesa, com um nome pr’ó esquisito, “kahgga-jjá”, creio, e se me não equivoco, de comprovada terapêutica digestiva e retardadora dos, mais que prováveis, vapores etílicos, mas tendo, como contraindicação, efeito acelerador, noutra função orgânica.
Pagaria, de bom gosto, já que não vou, para ver, a “guerrilheiragem”, na viagem de regresso, a cada cinco minutos, correr, ligeirinha, para debaixo dos chaparros.
Mas, não se abespinhem, calma!
Até nem é por despeito, juro, de não poder acompanhar a matula, como suspiraria – Alentejo . . ., alentejo . . ., como, com alma de alentejano genuíno, tão bem canta o nosso Toninho.
Ainda há pouco, me aconteceu do género, a ponto de, com alguma estereofónica frequência, sentir uma leve brisa a desfraldar pelas fraldas da camisa.
A “panhônha”, desmancha prazeres, que me saiu na rifa, alvitra ser do repolho galego. Contraponho, fazendo finca-pé:
- das cerejas de “Resénde” ou da linguiça de Macedo, mal curada, é que é!
E, por ora, arreio (de largar), de tanto arreio (de burro) . . .
Vai ser um dia de festa rija lá para os lados do Centro Social dos Montes Altos, havendo bailarico com direito a acordeonista.
Ao Pedro enviamos votos de sinceros parabens e que passe um dia bem agradavel.
E ao Centro dos Montes Altos, na pessoa do Sr. Diogo Sotero, o nosso agradecimento por tanta dedicação para com o nosso companheiro.
Bem hajam.
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No próximo Sábado dia 2 de Julho, deslocam-se aos Montes Altos, cerca de 17 mastigantes, alguns deles acompanhados pelas respectivas companhias, a fim de comemorarem com um lauto almoço, o aniversário do Pedro.
Parece que o almoço vai ser COZIDO DE GRÃO, que já fez as delicias de outros amigos que há um ano foram também comemorar com o Pedro, o seu aniversário.
Para todos bom almoço e que façam boa viagem.
E mais uma vez o nosso agradecimento ao Sr. Diogo Sotero e respectiva equipa, sempre tão prontos e simpácticos para estes acontecimentos.
Aqui vai a EMENTA:
Sopa de legumes
Gaspacho com peixe frito
Borrego assado no forno
Fruta da época (Ameixas/Figos/Melancia
arroz doce.
Com a devida vénia publicamos este artigo do Badaladas, que foca o voluntariado em favor da Guiné-Bissau, em diversas áreas.
É uma noticia interessante que mostra a força de vontade que anima muita gente em favor de melhores condições de vida para as pessoas daquele país.
O ex-alf Moreira da CART 1690, entendeu levar o Estado Português a tribunal, devido à desertificação no interior do país.
É mais uma causa deste advogado de Torres Vedras e que pertenceu a uma Companhia do nosso Batalhão.
Com a devida vénia publicamos o artigo do Badaladas que faz referencia ao facto.
É do São João que vos venho falar, sendo certo que não tenho a jorrar na caneta a destreza que o Hipólito tem, bem como o Pica Sinos, o Cavaleiro ou o Costa.
A noite de São João festeja-se de 23 para 24 de Junho, no Porto, em Braga e em muitas outras 35 localidades do país. Começa por volta das 22 horas e vai até de manhã. Mas é do Porto que agora vos falo. No dia 24 é feriado municipal no Porto. São as Festas da Cidade e já se comemoram há 600 anos.
Se algum de vós nunca foi ao São João ao Porto, não sabe o que perdeu, mas ainda está a tempo.
Começo por vos dizer que para entrar na alma do arraial, o melhor é ir de comboio até à estação de São Bento, que fica mesmo no centro da cidade, isto para quem vai do Sul, pois é a esses que me dirijo, visto que os do Norte já conhecem tudo isso.
Os que estão no sul podem ir de comboio que sai às 20 horas da gare do Oriente e chega a São Bento por volta da meia noite – a hora ideal. No regresso sai um comboio por volta das 7 da manhã que chega ao Oriente pelas 11 horas. (consultar horários da CP).
Como já viram é preciso andar toda a noite a pé dum lado para o outro, com direito a algum descanso nas soleiras das portas dos prédios, nas várias ruas por onde passa toda aquela quantidade imensa de gente. As ruas da baixa do Porto, até às Fontainhas são um mar de gente.
alho pôrro
E o que faz todo esse povo durante esse tempo? A maior parte leva na mão alhos porros (o mais tradicional), outros levam manjericos, ramos de rosmaninho, ramos de cidreira, ramos de flores e passam esses ramos pela cara uns dos outros ou outras. Mais recentemente apareceram os martelinhos, iguais aos do carnaval, para bater na cabeça das pessoas. E por ali andam entretidas naquele ritual, fazendo uma algazarra danada.
Há comes e bebes por todo o lado, febras, sardinha assada, caldo verde. Há zonas do Porto onde é ou era tradição, comer pão barrado com manteiga e canela, acompanhado com uma caneca de café – um verdadeiro petisco, pois tinha naquela altura do ano um sabor especial.
Bebe-se cerveja e vinho do bom (só o Hipólito teve azar porque lhe deram uma zurrapa qualquer, quem sabe pela mão divina, para se pagar doutras zurrapas que ele deu a beber na vez do nectar celestial, quem sabe ...)
O arraial estende-se até às Fontainhas, para sul, ou até à Boavista, para norte. E nesses pontos estão os carroceis, os carrinhos de choque e outros entretimentos para quem gosta. E também as barracas de farturas.
Mas nas Fontainhas existe também uma outra atracção que encanta o nosso olhar e que são as Cascatas Sanjoaninas.
São autenticas obras de arte, feitas pelos vários moradores, artesãos anónimos, e que retratam com figuras, o dia a dia das cidades e dos campos, com casinhas, pontes, rios, musgo, muito musgo, coretos com musicos, comboios electricos, carros electricos, rodas de puxar água, moinhos, rebanhos de ovelhas, tudo em ponto pequeno, tudo em movimento, muito iluminado tendo como figura central o São João, Padroeiro da Cidade Invicta.
Quem conhece a aldeia do José Franco em Mafra, tem uma pequena amostra do que são as Cascatas Sãojoaninas.
Estas cascatas espalham-se por toda a cidade, nos diversos bairros, umas maiores outras mais pequenas, umas mais ao pormenor e já com novas tecnologias, outras mais à moda antiga. Vale a pena ver estas cascatas. E por perto há sempre um grupo de crianças pedindo um “tostão” para o São João.
Depois há também os bailaricos nas ruas, com conjuntos ou aparelhagens musicais e que cada bairro procura fazer melhor que o vizinho. As ruas estão engalanadas com arcos e balões iluminados. É costume haver grupos a lançarem grandes balões de ar quente o que dá um lindissimo colorido nos céus da noite de São João.
O Jornal de Noticias(e também o Primeiro de Janeiro), promovem nesta altura um concurso de quadras Sanjoaninas sendo atribuidos prémios às mais castiças e mais bem feitas.
sardinha assada que pinga no pão, uma delicia
balão de ar quente
cascatas Sanjoaninas
No meu tempo de jovem havia uma cascata famosa, com bailarico, lá para os lados do Amial – a cascata do Sr. Américo. Ficava sempre em 1º. lugar em todos os concursos. Era a mais completa, a mais iluminada, a mais pormenorizada, uma autentica maravilha. Dava gosto passar lá um tempo a admirar toda aquela obra de arte. O baile era na rua, com direito a discos pedidos, pois era com discos de vinil que se fazia a festa. A rua era cortada ao transito.
São João é meu santinho
E concedeu-me um desejo
Arranjou-me um maridinho
E eu paguei-lhe com um beijo
Se eu saltar a fogueira
E queimadinha ficar
Não hei-de ser a primeira
A com o fogo brincar
A fogueira eu saltei
Na noite de São João
E toda a noite marchei
Com meu arquinho e balão
(de Paula Delvis)
Cerca da meia noite começa o fogo de artificio na Ribeira, junto à Ponte D.Luiz, frente a Vila Nova de Gaia.
fogo de artificio com a ponte de D.Luiz e a Serra do Pilar ao fundo
E ao raiar do dia, a noite de São João chega ao seu fim. É hora de regressar a casa ou apanhar o comboio em São Bento.
Finalmente, alguém do norte, angariou coragem para escrever sobre as festividades do S. João no Porto. Creio ser deveras gratificante para a cidade e para aqueles milhares de pessoas que por esta ocasião a visitam, com o intuito de com os naturais comemorarem a data em honra do santo e não só.
Bom em jeito de bricadeira quero dizer ao Guedes, que quem no Porto ou arredores quizer vir passar o S. João a Almada, o horário dos comboios é o mesmo, só que em sentido contrário, com ligação directa da estação do Oriente ao Pragal, sendo esta uma das freguesias mais tipica de Almada. E Viva o S. João Pica Sinos 24 de Junho de 2011 12:05
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Hipólito disse...
Desta, estiveste muito bem, Guedes ! Aleluia !
E, não te apoquentes lá c’o (S. João) de Almada.
Esse, não é (João)) Baptista.
É o (S. João) de Latrão.
Que, como sabes, latrão, na evolução do latinório pr’ó português, deu, nada mais, nada menos, que ladrão ! . . .
S. João de Almada ?!!! Só cá faltavam esses ! . . . e os comboios pr'ó Pragal ! . . .
Ele, há, sempre, um filho d’algo que nos avacalha o sistema.
Acusa-me, aquele “lingrinhas”, do costume, passe a blasfémia, de me “baldar” ao blog, não dando à “pena” . . ., como na adolescência e, ora, gostaria, ainda, . . ., ele, como eu . . .
Uma “infelismência”, a olho nu, logo detectada pelo urologista, que consultei e que, imaginem, me receitou muito namoro e amor ! . . .
Agora ?! . . . olhem-me este pastorinho da Cova da Moura, vá diagnosticar lá pr’ós quintos do . . . etc. !!
É que, desmotiva um “home”, o passar, decididamente, ao lado de uma brilhante carreira.
E, por via disso, ficar fosquinhas e resiliente, pior (não prior) que os compadres . . .
Aferi, essa evidência, da compacta assistência ao acto religioso em Macedo.
Um ou outro guerreiro, ali, confessadamente, em primeiras núpcias, e muitos, presumidamente, em segundas ou terceiras, se tanto, atentando nos trejeitos, à “alonso pasmado”, que transpareciam das suas ascéticas posturas.
Ao invés, em Tite, esfalfava-me para ter meia dúzia, mal medida, de gatos pingados, na capelinha e, sobretudo, na limpeza das teias de aranha da imagem protectora dos abstrôncios das transmissões.
Admito, não me caem os parentes na lama.
Já sem arcaboiço para arcar com tamanha responsabilidade (de ajudar a guiar-vos no bom caminho) !
A ponto de, às tantas, ingloria, mas justamente, destronado da auréola sacristal, ter dado, comigo, a resmungar, em voz alta, sintoma de mouco, que estou, e inapropriadamente ao acto litúrgico, o que, até, valeu um concomitante “puxão de orelhas”, do insípido, incolor e inodoro presbítero, ao Contige, que, a meu lado, pagou as favas.
Vamos lá ver se me safo, ao menos, na poesia.
Castrado de fusível para a prosa, permitam, vos veicule, aqui, a veia poética assolarpada, que desconheceis, mas que, desde o berço, se me colou, emergiu, ora, à tona, felizmente, digo eu, e, com vossa permissão, vos passo a mimosear:
À Branca noiva do mar, a linda Fuseta,
Alfobre de pescadores, cães e santos . . .
Outrora da tia anica, a da saia preta
Hoje, com trampa por todos os cantos . . .
Não vos dizia ?!! . . .
Lindo !. . . Um monumento ! . . ., autêntica obra-prima, um best-seller, hão-de convir, e não é para me gabar . . ., façam favor de reparar na sonoridade métrica e na suave sensibilidade bucólica; até Fuseta rima com preta e santos com cantos ! . . .
Para vossa informação, em 5 concorrentes, ficou, esta maravilha, em 4º lugar, “ex-aequo”, e com o pseudo “salotra”, lido ao contrário, com’ó hebreu.
Hoje dia 19 de Junho, ocorre o aniversário do nosso amigo Hipólito - 66 anos.
Sabemos, por experiencia própria que é uma idade um pouco conflituosa, tal qual a da adolescencia...
Mas daí até o nosso Hipó ter deixado de escrever para o blog, vai uma distancia muito grande.
Por isso neste dia de aniversário desejamos-lhe tudo de bom, principalmente saúde, na companhia da esposa e restante familia e que lhe surja do além alguma inspiração na pena para nos deliciar com os seus escritos, por todos admirados.
Um abraço caro amigo e companheiro e até breve, esperemos!.
Parabens.
LG.
aproveitamos para transcrever uma pequena carta que o Hipólito enviou ao Pica, em Janeiro de 2008:
Pica:
Eu bem "pico" . . . Tem ligações à "Camerata de Torres". Músico, q.b.! O mais que consigo, é cara de "mula"! A D. Beatriz foi tão ingénua quanto eu em Tite! . . . Se fosse aqui, talvez o n/major cultivasse o dito cujo na sua horta- Uma salada de "arrebimba-ó-malho" para os que, de quando vez, ali faziam golpes de mão. . Estive com o Pe. Luís. Está a recompor-se de uma fase algo confusa na saúde dele. Tem 75 anos, mas prometeu procurar algumas fotos que não conseguiu encontrar na "tulha do Atílio" que é o escritório dele. Também colaborar no blog. A ver vamos . . . . Disse-me que, se tudo correr pelo melhor, irá a Ovar e que já, em tempos, remeteu fotos ao, então, tenente Ventura Vaz, mas que, posteriormente, lhe escreveu, não tendo obtido resposta. Não se lembra, pensando que não, de ter baptizado alguém na Guiné. Tem uma vaga ideia (como eu) de, na capela, ou próximo dela, ter caído metralha do IN. . Ficou perplexo, pois não fazia ideia dos "gandulos" e "galfarros" que compunham o seu "rebanho", mormente lá para os lados das transmissões "! Eu bem o avisava "como é que se pode ser padre numa freguesia destas"? E o mais que se irá desenrolando . . . .
Um abração. Força, isto está a aquecer.
Hipólito
O Pica Sinos, disse:
Dizer, sobretudo ao Hipólito, que um conjunto de camaradas da CCS do Bart 1914 e não só, a exemplo do que foi ofertado a outros, mandaram fazer uma placa comemorativa deste dia.
Acrescentar que quando for oportuno, a placa agora publicada, lhe será entregue pessoalmente e, do momento será feito um filme. Ficamos na espectativa do nome do restaurante e morada, do respectivo menú, é o que esperam os convivas/mastigantes assistentes.
E o Hipólito disse:
Aos, resmas deles, alguns já desde o dia 17, que, de várias formas, me transmitiram os parabéns de aniversário, o meu sincero reconhecimento. A repetida insistência na data, da parte de alguns, até me convenceram a festejar, à pressa, o aniversário, hoje, data em que terá nascido esta prenda. Ao arrepio, porém, do, por mim, projectado para o dia dito oficial, em que contaria com a vossa honrosa presença, no uso do tal barbecue, suporte de vasos, vasinhos e outras quinquilharias. Paciência, não irão, vossas senhorias, assacar-me responsabilidade no decurso da data, sem me “explicar” . . ., como, palavra d’homem, era minha intenção. Passou . . ., passou, está festejado, não se fala mais nisso, . . . até pr’ó ano, prontifico-me. Desta, me safei, graças à vossa, involuntária, mas prestimosa, ajuda ! . . .
E o José Costa - Ovar disse: Amigos!
O facto do nosso “SPM” ter feito anos ontem, veio á lembrança cá do rapaz aquele jovem alto e magro que, todos o procuravam para a compra de selos afim de fazer chegar á metrópole (e vice-versa) as nossas mágoas e angústias através das nossas cartas e aerogramas.
Rapaz muito atencioso, tal como hoje ainda mantém essa característica. Talvez por isso o adoptamos no seio restrito da rapaziada das TMS! Verdade, é que ele retribuía essa amizade com a sua simpatia junto de nós. Por isso me lembrei de colocar aqui estas fotos de selos, que há época eram os que circulavam nas cartas oriundas da Guiné-Bissau e por ele, Hipólito, vendidos lá em TITE. Abraço-vos, mas que me desculpem os restantes, um especial ao Hipólito!
nota - falta aqui lembrar os desvios de material de alta qualidade vinica/alcoolica, cujo destino eram as celebrações semanais. O remetente era de Lisboa, pelo homem que das cerejas se ocupava...
Bom proveito lhe fez. Vendo bem o nosso Capelão, não lhe daria o mesmo valor, a não ser o valor espiritual.
Porque o valor da garganta e da barriguinha, era-lhe dado pelo nosso companheiro SPM, oportunamente direccionado para os serviços eclisiásticos, sabe-se lá com que cunhas... (Abençoda a "porrada de disciplina militar" que ele apanhou na Metrópole, dizem...)
Pena não partilhar o precioso néctar com os demais...
Para integrares na lista do pessoal a convocar para o próximo convívio, hoje mesmo, o cabito, o Barbosa e eu, fomos à demanda de um guerreiro que sabíamos viver em Castelo de Paiva e encontrámo-lo vivinho da silva, de ótima saúde e com uma memória prodigiosa.
Trata-se do António Moreira Pinto Sapador
Casal- Sobrado 508-213 Castelo de Paiva tel. 255688405
Lembrou ele que o Monteiro (seu furriel nos sapadores), que tinha a mania que sabia de boxe, muitas levou para contar naquela arte . . .
RTP1, LINHA DA FRENTE, DIA 15 DE JUNHO, APÓS O TELEJORNAL DAS 20H00
Quarenta anos depois do fim da guerra do Ultramar, ainda existem ex-militares africanos a viver em quartéis portugueses. Alguns estão ilegais, outros perderam a nacionalidade e todos esperam o momento de poder regressar aos seus países. Numa situação de pobreza extrema aguardam pela resolução do moroso processo para obter uma pensão como deficiente das Forças Armadas.
ESQUECIDOS PELA PÁTRIA
"Esquecidos pela Pátria" é uma Grande Reportagem da autoria do jornalista Jorge Almeida, imagem de Jaime Guilherme, edição de Luís Vilar, pós-produção áudio de Rui Soares e produção de Amélia Gomes Ferreira.
Segundo noticias vindas a publico, a Liga dos Combatentes reuniu num unico cemitério em Bissau, 51 camaradas Portugueses mortos em combate na Guiné e que estavam espalhados por vários locais do território.
Agora, se os familiares tiverem dinheiro e pagarem, vêm para Portugal, senão ficam lá.
Entretanto a TAP e a LIGA DOS COMBATENTES, chegaram a acordo para repatriarem os corpos, cujas familias sejam carenciadas, a preços reduzidos ou mesmo gratuitamente.
Mas não foi a TAP nem a LIGA DOS COMBATENTES que nos mandaram para lá - foi o ESTADO PORTUGUÊS...
Discursos são importantes, mas são precisas obras e que se assumam as responsabilidades...
foto foi tirada na Parada em Tite, perto do abrigo do Morteiro.
Nesta foto o Gentil é cumprimentado pela Senhora, numa das suas passagens por Tite.
Todos se recordam com certeza, da satisfação geral que era o facto de sermos visitados pela equipa do MNF. Foram momentos de conforto que não esquecemos.
Faleceu no dia 25 de Maio de 2011 a
Senhora Dona
Cecília Supico Pinto
(fazia 90 anos de idade, no dia 30Mai2011)
Esta noticia chegou-nos pela mão do nosso amigo José Parente:
Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto (Lisboa, 30 de Maio de 1921 — 25 de Maio de 2011), conhecida popularmente como Cilinha, foi a criadora e presidente do Movimento Nacional Feminino, uma organização de mulheres que durante a guerra do Ultramar prestou apoio moral e material aos militares portugueses. Nesse cargo atingiu grande popularidade e uma considerável influência política junto de Oliveira Salazar e das elites do Estado Novo. Visitou as tropas em África e promoveu múltiplas iniciativas mediáticas para angariação de fundos.
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O Movimento Nacional Feminino (MNF)
O Movimento Nacional Feminino foi fundado no dia 28 de Abril de 1961. Foi uma iniciativa de Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto, organização apolítica e patriótica, destinada a unir as mulheres portuguesas no apoio aos militares em serviço no Ultramar.
Cecília Supico Pinto conhecida por Cilinha, foi escolhida para presidir ao Movimento. A primeira sede do Movimento a que aderiram mães, esposas, irmãs e madrinhas de guerra, nasceu num pequeno quarto no Largo Luís de Camões, em Lisboa. Do grupo inicial fizeram parte, entre outras, Maria Luísa Bobone, Teresa Mónica, Maria da Glória Barros e Castro, Madalena Câmara Fialho. Maria Antónia Torres Pereira e a enfermeira Deolinda Santos. O número de mulheres aderentes foi crescendo chegando a mais de 80 000.
O apoio moral e material aos nossos militares foi-se traduzindo em múltiplas coisas, das quais há a destacar os famosos aerogramas, isentos de franquia, um disco long-play, distribuído no Natal de 1971, reunindo interpretações de vários artistas nacionais e as visitas às frentes de combate da Cilinha e de muitas outras dirigentes do MNF. Vestida de camuflado, dormiu em tendas de campanha, esteve debaixo de fogo e embrenhou-se na mata com os militares, chegando a sofrer um acidente que a obrigou a andar de muletas com um pé engessado. Nada a deteve na sua campanha. O seu lema era "Por Deus e pela Pátria".
Como “alfacinha de gema”, nascido em Benfica e, criado nesta grande zona de Lisboa, não posso deixar passar o momento das festividades da cidade, não só para enaltecer este acontecimento festivo, mas também escrever modestas palavras, sobre um outro alfacinha, também de “gema”, originário da freguesia de S. Vicente que é, de certo modo, o “responsável” por toda esta alegria e vivacidade que, me faz recordar, hoje, quanto em miúdo, a “ajuda” que o seu nome prestou nos meus ganhos” para as gulosices, na compra dos bilas, das pevides e dos amendoins. E ainda a sua “responsabilidade”, já na minha adolescência, pelos “affaires” com as raparigas, aquando nos bailaricos armados em arraiais populares, nos largos, nas vielas, nas ruas dos bairros e, nas Colectividades desta minha cidade que é Lisboa.
Como eu recordo as fogueiras que se ateavam para assar as sardinhas, para ter a oportunidade de ver as pernas às raparigas quando por elas saltavam e, no queimar das alcachofras em flor, para aferir, dias depois, se elas voltavam a florir. Quando assim não fôra, era sinal que o amor por quem se queimou as alcachofras, não tinham reciprocidade.
Ou ela não usa calças
Ou as tem na lavadeira
Dei por isso ontem à noite
Quando saltava à fogueira
Stº António, diz-se, que é conhecido como o protector dos pobres, do auxílio na busca de pessoas ou objectos perdidos e, amigo nas causas do coração, nomeadamente no auxílio às moças solteiras a encontrar noivo. Nasceu, em Lisboa, no dia 15 de Agosto de 1195, e morreu, em Pádua (Itália), aos 36 anos de idade.
Lisboa está cheia de testemunhos do Santo António. Mas o maior, é a igreja, de seu nome, situada na freguesia onde nasceu. Foi destruída pelo terramoto de 1755 e, reconstruída 10 anos mais tarde. Para quem não saiba, a sua construção foi financiada, em parte, pelas doações entregues pelos pobres às crianças de Lisboa que, andavam pelas ruas pedindo um tostãozinho para o Santo António. Razão pela qual, o chão da capela esteja coberto de moedas. Hoje, é muito raro, no bairro mais popular que seja, ver uma criança a pedir umas moedas para as gulosices ou para enfeitar o trono do Santo e, provavelmente as meninas solteiras já não lhe pedem um namorado.
Se eu fosse o cravo vermelho
Que trazes sobre o teu peito
Por muito que fosse velho
Não te guardava respeito
As festividades da cidade desenvolvem-se por vários dias, mas é na noite de 12 para o dia 13 de Junho, o feriado municipal em honra do Santo, que se verifica maior frequência da população nos arraiais montados pelos bairros populares, onde os vasos com os manjericos enfeitados com pequenas bandeiras de papel, ostentam frases/rimas bem populares, que se esgotam nas mãos das vendedeiras.
E, dançando ao som das músicas dos quintetos, ou ouvindo o fado aqui-e-ali, os populares não perdem a oportunidade nestes dias de comer, servido na malga de barro e bem quentinho o caldo verde, as sardinhas assadas em cima do pão, e as fêveras de porco assadas na brasa, tudo regado com vinho a granel, sangria ou cerveja, depois de assistir, ou não, na Av. da Liberdade, ao desfile das marchas populares dos principais bairros de Lisboa e, ao fogo-de-artifício lançado dos barcos estacionados no rio Tejo.
Contam os entendidos que as Marchas Populares no País têm como exemplo, as marchas que o povo francês, no final do sec. XVIII, realizava em Junho. A estas marchas que chamavam “marche aux falambeaux” tinham como objectivo celebrar a tomada da Bastilha. O povo francês, transportando archotes acessos na mão, dançava ao som das fanfarras. Com as invasões napoleónicas – a Marche aux Flambeaux – o povo português assumiu o costume e, passou a chamar-lhe a - Marcha ao Flambó -. Só que em vez de archotes acesos usava balões de papel enfiados num pau. No ano de 1932, em Lisboa, foram incluídas nas festividades em louvor de Santo António.
Cravo, manjerico e vaso
E uma quadrinha singela
Tudo lhe dei... Não fez caso!
Pronto! Não caso com ela.
Pica Sinos
Nota: Espero que alguém natural do norte escreva sobre o S. João
Bom dia Raul
Já tenho saudades das marchas e das quadras dos Santos Populares.
Vamos ver se este ano aí vou dar uma saltada.
Obrigado e
Bom fim de semana Raul Soares
Hipolito
Estás com uma pedalada, Arraul ! . . .
Excelente narrativa sobre o santo Antoninho de Pádua . . .
Sobre o S. João, está quieta, Rosa . . .
A primeira e última vez que lá fui, ao S. João, sejamos claros, já lão vão uns quarenta aninhos, apanhei uma gastro-enterite, com uma “murraça” de vinho, que me impingiram. Vai daí, jurei, nunca . . ., nunca . . ., nunca mais . . .
De maneiras que . . ., quanto a este assunto, estamos conversados . .
Leandro Guedes
Santo António e o sacristão
senhores de fados e hinos
arranjaram uma namorada
ao amigo Pica Sinos
Casaram e são felizes
dançam nos bairros de lisboa
comem boa sardinha assada
salada, pimentos e broa
Pela mão do Pica Sinos, chegou-nos este artigo acerca do assunto em questão:
Guiné-Bissau: Parlamento aprova legislação que proíbe mutilação genital feminina
O parlamento da Guiné-Bissau aprovou segunda-feira a legislação que proíbe a mutilação genital feminina no país, disse esta quarta-feira Fatumata Baldé, presidente do Comité Nacional para o Abandono de Práticas Tradicionais Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança.
A legislação foi aprovada com 64 votos a favor, três abstenções e um contra. Segundo Fatumata Baldé, "foram décadas de luta" que se "concretizou com a adopção daquela medida legislativa", mas o trabalho "começa agora".
"O trabalho para nós começou mesmo agora porque tendo em conta que é uma prática secular não podemos pensar que a adopção de uma lei automaticamente irá pôr fim a essa prática", afirmou.
Para Fatumata Baldé, a partir de agora é preciso "arregaçar mais as mangas e ir ao terreno" para se começar "novamente com as acções de sensibilização e informação" das comunidades.
"É importante nós continuarmos com as nossas sessões de formação e informação das nossas comunidades para se abandonar a prática", disse.
Fatumata Balde disse também que vai continuar a trabalhar no sentido de o Governo incluir no currículo escolar informação para o abandono de práticas tradicionais nefastas e envolver as religiões islâmica, católica e evangélica no combate contra a mutilação genital feminina.
A lei aprovada pelo parlamento guineense prevê penas de prisão que variam entre um e cinco anos para as pessoas que façam mutilação genital feminina e para as que levam as crianças à 'fanateca'.
Conforme prometido aqui estão os poemas que ganharam os 1º. e 2º. prémios, do concurco de poesia da Universidade da Terceitra Idade de Abrantes, poemas estes da autoria das nossas colegas Tereza Sarzedas e Maria do Espirito Santo da Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras.
Esperamos que gostem:
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Tema: Uma flor à janela
1º Prémio
JANELA ABERTA
Numa casinha perdida
Feita de porta e janela
Abriu os olhos à vida
Uma flor muito bela
Meu botãozinho de rosa
Meu brinquinho de princesa
Chamava-lhe a mãe, vaidosa
Ao pôr a sopa na mesa.
Passaram as estações
O estio, o frio, a geada
O vento trouxe ilusões
E a flor alvoroçada
Voou com novas paixões
Pra lá da curva da estrada.
Colheu perfeitos-amores
Em varandas coloridas
Bailou em ramos de flores
Com rosas e margaridas
De repente vacilou
Ao ver-se numa lapela
Com emoção recordou
Ser uma flor à janela.
Companheiros
Vamos trazer-lhes três poemas escritos por colegas da Universidade de T.Vedras, que foram presentes ao Concurso de Poesia da Universidade da Terceira Idade de Abrantes. Estas três poesias ganharam o 1º., o 2º. e o 3º. prémios
Vamos hoje publicar aquela que ficou em terceiro lugar:
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FAZES-ME
FALTA
Fazes-me falta, VIDA
Nem me fales em partida
Que isso me faz doer
Quero-te bem atrevida
Bem-disposta, divertida
Para me proteger.
Adoro se de manhã
Vens com pezinhos de lã
E me puxas o lençol
Com as torradas já na mesa
Barradas com a surpresa
De mais um dia de Sol.
Talvez mereça castigo
Se já me zanguei contigo
E te fiz entristecer
Mas sempre ficaste a meu lado
Deste-me força e afago
Não partas!Que posso morrer!
Amigo, talvez não saibas, já antes da revolução de Abril, o dia 2 de Junho, a quinta-feira de ascensão e dia da espiga, era em algumas zonas do país feriado regional, conferindo à população um dia de festa.
Neste dia, na Marinha Grande, a população, saía muito cedo em direcção à mata, comemorando as festividades com a família e com os amigos. Primeiro, colhia no campo – as espigas - que representam o pão - as folhas de oliveira - que representam a paz e, - as flores variadas - que representam a alegria, fazendo delas um ramo.
Depois, para que a tradição fosse completa, as toalhas ou as mantas eram estendidas no chão e o pic-nic acontecia. Comia-se a confecção feita no local ou em casa, não faltando o tradicional coelho c/ervilhas. Para a merenda os respectivos pastéis de bacalhau, tudo regado com um bom vinho. O ramo, esse, no final da festa, era pendurado na porta, por dentro e na entrada da casa, conferindo o desejo à família o que ele representa: Pão, Paz e Alegria todo o ano.
Hoje, Amigo, passa-se exactamente a mesma coisa, a tradição não se esgotou! Mudou apenas, com a revolução do 25 de Abril, o dia feriado, que passou a ser municipal.
Tudo isto me conta o Vítor Barros, antigo operário vidreiro, nosso camarada de armas em Tite... e contínua: enquanto puder não deixarei, com a família e demais amigos, também operários e outros trabalhadores, de dar o meu contributo para que a tradição destas festividades, pelo seu simbolismo, não acabem na Marinha Grande.
E porquê, pergunto?
Olha Pica; como sabes em Dezembro de 1933, o regime proibiu os sindicatos livres, sendo esta, mais uma das medidas do fascismo para repressão e de violação das liberdades dos trabalhadores.
Acrescentando:
Nesta época o desemprego e a coação sobre as massas operárias e trabalhadoras, era de tal forma insustentável que, provocou no país, nas fábricas, revolta dos trabalhadores, provocando o levantamento operário no dia 18 de Janeiro de 1934. Este movimento de revolta, foi na Marinha Grande, mais sentido, por mais coeso e, pelo apoio da população. O corte de árvores para obstruírem as estradas, o corte das linhas telefónicas e eléctricas entre Leiria, Batalha e Pombal, as ocupações do posto da GNR e dos Correios, só teve fim pela intervenção das forças militares da Infantaria 7, da Artilharia 4 e da Pide de então, onde foram presos dezenas de revoltosos.
Mas qual a ligação da quinta-feira de ascensão e do dia da espiga, às festividades em comemoração do dia 18 de Janeiro de 1934, pergunto?
Pica Sinos; Os trabalhadores vidreiros e patrões, conseguiram, mesmo no regime fascista, nas negociações do contrato colectivo de trabalho, ficasse estabelecido para o sector vidreiro que, o dia 18 de Janeiro era feriado, na Marinha Grande. Mas ter o direito a comemorá-lo era outra coisa. A Pide não nos largava, inclusive aos patrões por vezes eram incomodados. Neste dia havia sempre prisões e represálias e, por isso, comemorávamos o dia do vidreiro, de forma camuflada, neste dia feriado religioso e regional - quinta-feira de ascensão e dia da espiga.
E continuando vai dizendo:
Pica, como era, é bonito, o dia da espiga na minha terra. Recordo enquanto criança, que não havia, na Marinha Grande, com frequência, automóveis. Os que existiam não eram certamente de trabalhadores. Os trabalhadores não os tinham, andam a pé, quanto muito de bicicleta. Mas neste dia da espiga, quem tinha carroças, disponibilizava o transporte ao povo. Carroças engalanadas com flores e puxadas por cavalos ou burros. Outros optavam a viagem de bicicleta ou a pé, estivesse bom tempo ou não, o pic-nic tinha de acontecer.
Havia ainda outro transporte, o chamado comboio de lata que, entrou em funções, a 6 de Fevereiro de 1923, para substituir o transporte da madeira feito até então por centenas de carroças. Este comboio chamado, de lata, por ser pequeno e movido a lenha, atravessava toda a mata do pinhal do rei, saía da estação central na Marinha Grande até São Pedro de Muel. No dia da espiga também era cedido ao povo que engalanado, transportava os trabalhadores que nele quisessem andar.
Tem um bom dia amigo Obrigado, disse.
2 de Junho de 2011
Bom dia Raul Pica Sinos
Como nasci e vivo relativamente perto da Marinha Grande e o meu Pai fornecia madeira para as Fábricas de vidro, conheço esta história. Aqui na minha zona também se faz este tipo de “festa”.
Um abraço
Raul Soares