Hoje, soneto, inspirado no teor de recente leitura.
Triste e belo conto de Fialho de Almeida, em ‘’O País das
Uvas‘’!
Lêde. Apreciai. E disso me dai nota, Amigos meus!
Abraço-vos, com total amizade.
À leitura, pois:
=
FINOU-SE, O FILHO ESPERADO!
Quando e se a pretensão de o ser
Maior é do que a certeza, a razão,
Aí há não que lhe avenha, que sofrer
O que seja, senão por dor e aflição.
-
Assim posto, corre a dita desinfeliz
Nas curvas da amargura, como o diz!
Contudo crê! Anda mais, por amor e afeição,
O filho espera, não chora, só, cosida ao chão.
-
O coitado não vem. Sem resposta nem agravo.
Ah, filho meu, mal-parido, desencantado,
Pudera dar-te a vida eu, como era desejado!
-
Fica-se assim, na mesmice, numa espera vã,
Aquela pobre, triste triste, de mantilha de lã!
O filho, esse, finou-se – dizem – não chega cá!
LMD, 16.04.24.
Sem comentários:
Enviar um comentário