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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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terça-feira, 10 de junho de 2014

GUERNICA (o ensaio para a 2ª. G.Mundial) - pelo José Justo

Guernica é um painel pintado por  Pablo Picasso em  1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da  República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco. Atualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.

A pintura foi feita com o uso das cores preto e branco - algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da pequena cidade espanhola. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, animais e edifícios nascidos pelo intenso bombardeio da força aérea alemã (Luftwaffe), já sob o controle de Hitler, aliado de  Francisco Franco. Morando em Paris, o artista soube dos fatos desumanos e brutais através de jornais - e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato.
Sua composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas. O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo. Esse quadro foi feito também com o objetivo de passar para os que vissem, o que ele estava sentindo, um vazio por dentro de si, um conflito, uma guerra consigo mesmo buscando resposta para sua vida amorosa , e toda vez que ele via o quadro, pensava consigo mesmo, será que o meu problema é maior que essa guerra, ou tem mais importância para os outros, e naquele momento ele conseguia esquecer. O que para nós demonstra uma grande preocupação por parte dele mesmo.



Conta-se que, em 1940, com Paris ocupada pelos nazis, um oficial alemão, diante de uma fotografia reproduzindo o painel, perguntou a Picasso se havia sido ele quem tinha feito aquilo. O pintor, então, teria respondido: "Não, foram vocês!"

Na parte central (inferior direito) do quadro, a pelagem do cavalo mutilado é retratada com pequenos traços verticais. Picasso teria começado a fazê-las, mas quem as terminou teria sido sua esposa, pois o artista teria dito que davam muito trabalho.
Esteve exposto no Casón del Buen Retiro antes de ir para o Museu RCV cem 1994.
O quadro, transferido para Nova Iorque durante a Segunda Guerra Mundial, recebeu do pintor a ordem de que apenas quando a Espanha natal fosse um país democrático poderia para lá ser transladada. Ficou sob a guarda do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque - MOMA. Isso ocorreu apenas a 9 de Setembro de 1981, sendo Guernica retirada do MOMA rumo a Madrid. Tinha chegado ao final a peregrinação da obra a que chamavam os espanhóis de "el último exiliado".

Wikipédia – Google

JJ edição fotos

2 comentários:

Joaquim Cosme disse...

Já vi o quadro "Guernica" de Picasso
no Museu de Madrid e já estive em Guernica onde numa parede se encontra em azulejos uma cópia da obra.
Um abraço para o Leandro.Cosme

leandro guedes disse...

Muito obrigado amigo Sr. Cosme.
Este é um quadro que representa o sofrimento dum povo, dum lado e do outro.
Um abraço.