33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
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terça-feira, 30 de junho de 2009
O Pedro fez ontem 64 anos e teve direito a festa...
domingo, 28 de junho de 2009
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Retiramos do blog do Pica, este excelente artigo sobre as Festas de S.Pedro, não esquecendo que em Torres Vedras, também se celebra este Santo, estando nesta altura a decorrer uma Feira com o seu nome, e que se prolonga por dez dias.
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"SEIXAL É ÚNICO NAS FESTAS DO S.PEDRO
sábado, 27 de junho de 2009
O Pedro faz anos a 29 de Junho.
O Sacristão das TMS...
O Hipólito foi fisgado...
Bem me punha, o Mestre, de sobreaviso: - Olha, compadri, às tantas da matina, quando estou com as mãos nas mamas da “menina”, à cata do leitinho, ponho-me a “matutari” . . . Nã posso falar muito, sou da mesma casta . . . mas, - Põe-te a pau, aqueles fregueses, nã são de confiança. É uma cáfila de matulos, com padrinhos e não sei que mais, talqualmente . . . E as piores suspeitas, confirmaram-se . . . - A manusear o pincel, pela 1ª vez, aos vinte e tal anos ?! . . . Que apetência para as “lides clitóricas” (ou lá o que seja que pictórico queira significar) ! . . . E, . . . seguindo as pisadas do padrinho . . .
Raramente me engano ou tenho dúvidas, mas, desta, só desconfiei, quando, inopinadamente, nos cai em cima mais um reforço - o Pintão -, . . . com ameaça de que o mercado ainda não fechara e a equipa ainda não estará completa.
E, já que estamos em maré de bagunça, expresso, agora e antes que me esqueça, um voto de protesto pelo anquilosado e obtuso processo da minha nomeação para o n/próximo encontro. Os fresquinhos do Guedes e do Pica, atiraram, à laia de Peniche, a pedra, esconderam a mão e pisgaram-se para o comboio . . . ala que se fazia tarde. Chegados, já, ao final do almoço de Ovar, o n/cap. Paraíso Pinto (outro, que tal), pé ante pé, abeirou-se de mim e, de soslaio, de cima para baixo, com aquele seu dengoso jeito de retinto e típico queque alfacinha, atira (ipsis verbis): - Oh, pá, foste, democraticamente, pá, nomeado, pá, para organizares o próximo. Que dizes, pá? Se recusares, pá, vais a conselho de guerra, pá. Ouviste, pá? Assim, . . . chapadinho. Claro que, com tão límpida democracia, ouvi (apesar de estar a ficar mouco como um penedo), e, já que não podia recorrer, resmunguei, pá . . .
Mas lá que é dado adquirido, é . . . Ementa: - torresmos com açorda de caracóis, à moda da capital da “coltura”. . . e à sombra de um chaparro. Estarei ( se Deus quiser) cá, para gosar de palanque.
Só emigrando ou encatrafiando-vos nas catacumbas, é que vos livrareis desta praga . . . Hipólito
Oh Costa, onde andas tu e o Guedes ?...
Almoço anual da CART 1743.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O desabrochar dum "pintor"...
Zé Justo
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Noite de São João, no Porto
Meus amigos
Para quem nunca foi ao Porto na noite/véspera de São João, 23 para 24 de Junho, não sabe o que já perdeu.
Mas sabe, isso sim, que ainda está a tempo de recuperar alguma coisa.
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Não vale a perna entrarmos em descrições mais ou menos filosóficas sobre como nasceu, a quem se atribui a ideia, ou quem é mais ou menos brincalhão nesta noite.
O que interessa é recordar uma noite em que o Porto se enche de gente, milhares e milhares de pessoas, que com um alho porro (que afasta os “espíritos malignos”…) na mão, ou um ramo de cravos, ou um ramo de cidreira, ou ainda uma ramo de manjerico, se passeiam numa enchente impressionante, passando esses ramos pelos rostos uns dos outros.
Por volta das 22 horas já as ruas estão cheias de gente e só ficam vazias pelas seis da manhã, isto se a noite estiver boa.
Ultimamente os martelinhos, ou martelões, têm feito também a sua aparição, mas sem a mística das plantas atrás mencionadas.
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A véspera de São João é uma mistura de festa e passeata, de ritual pagão. Passeiam-se ranchos e rusgas de foliões, misturados com os cidadãos.
Não há transito automóvel algum nas ruas da baixa do Porto.
Que graça tem isso, perguntarão alguns?
No dia a dia não terá muita graça, mas nessa noite, não sei porque magia, transmite uma imensa alegria.
Fogueiras por todo o lado onde se pratica o culto pelo fogo com danças em seu redor.
E a sardinha assada, pão com chouriço, caldo verde.
Havia até a prática de comer à meia-noite uma fatia de pão com manteiga e canela, ou com azeite (tipo Catalana)
Segundo a crença portuense, apanhar o orvalho duma noite de São João, dá saúde e formosura.
A água bebida nessa noite de São João, duma fonte natural, proporciona felicidade no amor e está ligada a práticas divinatórias, sortes e crenças.
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Nada melhor para representar o espírito da noite de São João do Porto, que esta quadra que venceu em 1978, um concurso do Jornal de Noticias:
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Cá vão na rusga contentes
Porque esta noite a cidade
Mais do que um rio de gente,
É um mar de humanidade
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E é com este apoio popular e este sentimento entranhado dos festejos, espontaneamente vivido e praticado, que é possível um tão profundo enraizamento das festas da cidade.
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Há gente que vai de Lisboa no último comboio da noite, chega ao Porto às 23 horas, passa a noite na rua e regressa no primeiro comboio do dia seguinte. Desembarca e embarca no meio da festa, na estação de São Bento. Muitos mais vêm do norte do Porto, também de comboio (falo no comboio porque sempre se bebe uma cerveja a mais...)Portanto amigo, se queres saber como é o São João no Porto, mete-te no comboio, leva contigo uma roda de amigos e/ou familiares que possam bem andar a pé (crianças, não) e depois conta como foi.
domingo, 21 de junho de 2009
Santos Populares, no Porto - pelo Pica
Para a semana espero que ele volte a publicar, desta vez um artigo sobre o São Pedro, para o Hipólito ficar contente, bem como o Camelo, o Narciso, Vaz Alves, o nosso Capelão e outros mais.
"São João santo bonito
Bem bonito que ele é
Bem bonito que ele é
Com os seus caracóis d’oiro
E seu cordeirinho ao pé
Dizem que o São João é o santo que mais se festeja na Europa, e que durante muito tempo era dos três santos populares, que a igreja, por causa da sua fama de sedutor, menos confiava.
Também se diz, que o Povo, ao São João, este também com a fama de casamenteiro, sempre lhe dispensou grande admiração, sobretudo nas camadas mais jovens. A popularidade, aproximação e veneração eram de tal ordem, que era comum ser tratado por tu, posição bem invulgar há época.
Não era com menos a estima, afeição e respeito que ao Santo António e ao padroeiro dos pescadores, São Pedro, o Povo lhes dispensavam, razões mais que acrescidas para a cognominação de populares.
As festividades em honra do São João destacam-se pela sua sumptuosidade, e grandiosidade popular, sobretudo nas Cidades do Porto, de Braga, de Almada, de Guimarães, de Portimão e em muitas outras de norte a sul do país.
São João vem ver as moças
Bem bonitas que elas são
Bem bonitas que elas são
São ainda mais bonitas
Na noite de São João
Quando jovem, nos meses de Junho, por estas ocasiões, era como se diz …um virote… Não havia bairro ou arraial em Lisboa, que o rapaz não os abrilhantasse com a sua presença. No entanto por outras razões, há 2 datas bem marcadas, que por muitos anos que viva não as vou esquecer, é a sexta-feira do dia de 23 de Junho de 1972 e a terça-feira do dia 24 de Junho de 1980.
Pelas 16 horas daquela sexta-feira, véspera de São João, do ano de 1972, nasce na Associação dos Empregados do Comércio, na Freguesia de S. Lourenço em Lisboa, a minha filha Sofia, e nessa mesma noite, “doido” de alegria, festejei tal acontecimento no arraial, num Largo ali bem perto, o da Graça.
Pelas 09 horas daquela terça-feira, dia de São João, mas 8 anos mais tarde, nasceu no Hospital de Stª Maria, na Freguesia do Campo Grande, a minha filha Catarina. Desta vez não fui para um qualquer arraial da minha cidade natal, na medida em que não só por razões dos festejos dos anos da filha Sofia, mas também pelo vaivém, durante a noite, casa/hospital/casa/hospital até à hora do nascimento.
Acreditem que não houve, em todos os anos, melhores noites de São João!
Santo António já se acabou
O São Pedro está-se a acabar
São João, São João, São João
sábado, 20 de junho de 2009
As aventuras dum alentejano e dum minhoto
Divulgação
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O Carlos Reguila, escreve para a malta...
Caro amigo GUEDES:
Venho por este meio pedir desculpas aos meus camaradas e amigos, a quem, no almoço de Ovar não falei, devido ao desconhecimento de quem seriam, por exemplo o Melo, furriel de Arrabaça, Ramos, Régua e outros mais. Só no regresso na companhia do Correia e do Marinho é que começamos a falar quem era um e outro, e depois o Correia e o Marinho é que me disseram quem era quem.
Desde já mais uma vez as minhas desculpas a quem não falei, mas espero que no próximo encontro ou evento nosso, possa estar com eles e partilhar nesse momento todas as nossas recordações.
Sem outro assunto
Abraços e Cumprimentos a todos os camaradas.
CARLOS LEITE – REGUILA
Rua das Tilias nº3
2710 - Lourel
Tlm: 91 457 95 24
Tlf: 21 923 13 47
terça-feira, 16 de junho de 2009
O Pintão escreveu
Depois da odisseia para encontrar o Pintão, como o prometido é devido, este nosso camarada, que há muitos anos não sabíamos do seu paradeiro, mandou mais fotografias acompanhadas da promessa de que em breve voltará ao nosso convívio para contar algumas das histórias
"Caro camarada Pica Sinos
Antes de mais, espero que te encontres de saúde, na companhia de todos os teus, cá em minha casa tudo bem.
Fiquei muito contente de ter falado contigo, não esperava tal, sempre recordamos algumas passagens da Guiné, mais concretamente de Tite.
Envio-te estas fotos que pediste, as quais agradeço que me devolvas, junto vai um envelope selado para tal.
Quanto ao escrever algo sobre a nossa “estadia” na guerra, claro que me lembro de alguns factos, mas dispersos. Vou esforçar-me para me lembrar de algo em concreto e depois envio-te.
Um grande abraço amigo para ti e por teu intermédio para todos os outros camaradas.
João Pintão Antunes"
domingo, 14 de junho de 2009
A Ilha do Faial homenageia os seus Mortos na guerra do Ultramar
"Boa tarde.
Acabei de receber o e-mail que reenvio.
O cavalheiro que leva o ramo de flores a prestar homenagem aos mortos na guerra do Ultramar, é um elemento que pertenceu á Cart. 1743 - Raul Goulart.
Um abraço e bom fim de semana
Raul Soares"
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nota - convém lembrar que se trata de uma homenagem prestada pelos habitantes da simpática Ilha do Faial, aos ex-Combatentes, mortos no Ultramar e na qual, como diz o Soares, esteve presente o nosso companheiro Raul Goulart.
sábado, 13 de junho de 2009
Véspera de Santo António - pelo Pica
Na noite de S. João,
Hei-de comprar um apito,
Vou rebentar um balão,
E cheirar um manjerico.
São João era bom santo
Se não fosse tão velhaco
Levou três moças à fonte
No regresso trouxe quatro
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Recordar é viver...também eu me lembro de andarmos um grupo de putos, com um pires na mão, ao meio das Escadinhas do Duque, junto a um Santo de Barro, que um deles tinha desviado do quarto da avó, pedindo a quem passava..."um tostãozinho pr'ó Santo António". Informação importante de última hora:
Todas as redes de TV nacionais e internacionais interromperam as emissões normais para comunicar, que o "BIFE" ficou em 3º lugar no Concurso de Marchas Populares 2009...Bairro Alto aos seus amores tão delicados...
Adivinhem lá porque durante décadas o BA era chamado do "BIFE" !! Zé Justo
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Pintão - mais um encontrado pelo Pica.
De quando em quando releio os textos publicados no nosso blog. Uma segunda ou terceira leitura aviva-me e refresca-me a memória. Acontece que numa dessas (re) leituras dou com versos referindo formas de estar, -segundo a visão do anónimo autor - do pessoal das transmissões, quando, em determinado tempo da prosa, leio o nome de Pintão.
…Costa II ao telefone/O Flores dá opinião/Aprova-se quem trabalha/O nosso amigo Pintão…
Pintão? Quem é este camarada? Alcunha de quem muito “pintava”? Voltas e mais voltas e nada que pudesse recordar. Conversando com os meus botões, murmuro… estás a ficar velho Pica.
Bom, como “de la Palice”, se era das transmissões, alguém se deve lembrar deste amigo. Vai de “vunva”, telefono ao Amador (este ex-telegrafista sabe o nome completo de todos os elementos das tms) e faço-lhe a pergunta:
…. Oh Amador, sabes quem era o Pintão? Recorda-me o Pintão!
Retorquindo:
…Oh Pica essa é imperdoável… O Pintão é um homem das tms (rádio-telefonista) que pertencia ao pelotão dos morteiros…usava óculos, lembras-te?
Calado, algo envergonhado, escuto o Amador até que nesta cabeça se começa a fazer luz. …Pois é Amador, dizes bem, ele era alentejano, natural de Alter do Chão!
Sabes o nome dele Amador?
Claro que sei, respondeu, … Chama-se João Manuel Pintão Antunes, até tenho algumas fotografias com ele que te vou mandar!
Mais entusiasmado e esperançado em encontrar este camarada que não o vemos há “manga de tempo”, procuro na NET por apelido de Pintão, na zona de Alter do Chão e, não é que aparecem, nada mais, nada menos de que 5 ou 6 apelidos com este nome.
Pego no telefone e ligo ao primeiro Pintão que aparece na lista.
Bom dia minha senhora, eu procuro um senhor que tem o mesmo apelido da senhora, de nome próprio João, deve ter à volta de 63 anos, esteve na Guiné, por acaso sabe quem é?
Sei sim senhor, é um dos meus primos, vive em Coimbra, tem um irmão que é médico na cidade de Elvas!
Mas porque quer saber?
Lá contei a história habitual …que não nos vemos há muito tempo… gostávamos de o abraçar… etc.
Muito bem, diz esta familiar do Pintão, até tenho o número de telefone dele, tome nota. A chamada seguinte foi de confirmação para Coimbra:
Bom dia minha senhora, o seu marido chama-se João Manuel Pintão e esteve na Guiné?
Sim, quem fala?
Olhe, sou um amigo dele que com ele esteve também
na Guiné e se pudesse gostaria muito de falar com ele!
És o Pintão? …Sou!
Estiveste na Guiné? …Estive!
Estiveste em Tite? …Sim!
Lembras-te de mim? Sou o Pica Sinos
…. Olha o Pica Sinos …é pá há tantos anos!
Mandei-lhe uma carta com alguns números de telefones e as fotografias que o Amador dispensou. Disse-lhe o endereço electrónico do n/Bog.
Vamos aguardar por mais notícias.
Até lá Pintão aquele abraço do pessoal!
Pica Sinos
domingo, 7 de junho de 2009
Histórias à volta do nosso almoço em Ovar.
UMA HISTÓRIA QUE FICOU POR CONTAR
Talvez não saibam, logo após “descobertos”, 4 décadas passadas, os telefonemas e as falas aqui ali embargadas, sobretudo na casa do Mestre, não deixaram de parar tal as saudades (chorosamente) manifestadas.
Estou a relembrar 3 grandes camaradas que vivem no Baixo Alentejo.
Com as presenças do Guedes, do Mestre, do Ramos e da minha pessoa, num encontro prévio,
Uma vez que os nossos amigos, partiriam de pontos diferentes do Alentejo, para um comum (Castro Verde), estava fora de hipótese viajar de noite ou pela madrugada. Tal facto (e isto com os alentejanos tem que ser devagar e com tempo) umas semanas antes do evento foi discutido exaustivamente o melhor trajecto e transporte, chegando-se á conclusão, (três dias antes), que para utilizar o comboio que partiria de Lisboa a tempo de respeitar o horário do encontro marcado para o Jardim dos Campos (ou das Rosas) em Ovar, teria que ser antecipada a partida em um dia, facto que acarretaria despesas com alojamentos e na restauração. Mas a surpresa estava guardada.
Camaradas…avancem, adianta o autor do texto, …embora não tenha casa para os albergar (não era no chão da minha casa que os amigos do peito iam dormir), …não é problema, tenho uma tenda roulotte no Parque de Campismo na Costa da Caparica, com tudo o que é necessário para passar meses de férias, quanto mais para uma noite…Avancem camaradas! Assim aconteceu!
No dia que antecede o 20º Almoço de Confraternização, eram cerca das 12,30, quando nos encontrarmos na Rotunda do Centro Sul, em Almada, arrumamos o carro do Ramos na frente da minha porta, em Corroios, visitam a minha mulher e a minha neta Inês, partindo de seguida, agora, todos conduzidos por mim, para o almoço num dos mais afamados restaurantes de Almada – o Horácio -.
Bem almoçados e melhor regados, fomos largar a bagagem na “casa de férias” com vistas para Oceano Atlântico, para logo depois rumarmos á estação do caminho de ferro Oriente, onde adquirimos os bilhetes para a viagem do dia seguinte. Já no Centro Comercial Vasco da Gama, o Pedro manifestou alguma dificuldade nas escadas rolantes, na primeira que pisou, não fora o Mestre segurá-lo, a descida tornava-se mais rápida. Nas subidas o desequilíbrio era menor, também já éramos
Depois das compras feitas, com vistas a servir umas patuscadas previstas para as viagens na ida para Ovar e na vinda, apreciamos, na Cova do Vapor, sitio outrora de pescadores, a foz do rio Tejo. Passeamos no recente passadiço, junto ao mar, da Costa da Caparica. O silêncio dos meus convidados foi bem patente face à oportunidade em admirarem a beleza e a grandeza deste mar que se esgota com o olhar e no horizonte.
No regresso à vila do Pragal, (terra onde Fernão Mendes Pinto foi desterrado por castigo das mentiras que se pensa ter infligindo ao reino, quando da sua viagem à China), o restaurante – Geraldos – foi o local escolhido para jantar, seguindo-se após o repasto, já na “casa de férias”, a preparação e os cortes de jeito afatiado: do queijo, do presunto, do paio e do pão, que o Mestre fez transportar e na manhã seguinte, na viagem para Ovar, serviu no bar do comboio, acompanhados por “tintos” de região demarcada, estes ofertados pelo Ramos. Diga-se que foram muito admirados, por muitos dos “guerreiros” tendo em conta as suas elevadas qualidades. (os menus e os tintos)
23 de Maio de
Pica Sinos