Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco foi um escritor,
romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor
português. Foi o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D.
Luís. Wikipédia
Nascimento: 16 de março de 1825, Mártires (faz hoje duzentos
anos)
Falecimento: 1 de junho de 1890, Vila Nova de Famalicão
Influenciado por: Almeida Garrett, Luís de Camões, Victor Hugo, Honoré de Balzac, François-René de Chateaubriand.
Durante quase 40 anos, entre 1851 e 1890, escreveu mais de
260 obras, com a média superior a seis por ano. Prolífico e fecundo escritor,
deixou obras de referência na literatura portuguesa.
Passou os últimos dias da sua vida em São Miguel de Seide,
Famalicão. Nessa casa Camilo Castelo Branco escreveu grande parte da sua
extensíssima obra.
Inconformado com o diagnóstico de uma cegueira irreversível,
suicidou-se no dia 1 de junho de 1890. Nasceu na freguesia dos Mártires, cidade
de Lisboa. Suicidou-se pela inconformidade com o diagnóstico de uma cegueira
irreversível.
"A 1 de junho desse ano, o Dr. Magalhães Machado visita
o escritor em Seide. Depois de examinar-lhe os olhos condenados, o médico com
alguma diplomacia, recomenda-lhe o descanso numas termas e depois, mais tarde,
talvez se poderia falar num eventual tratamento. Quando Ana Plácido acompanhava
o médico até à porta, eram três horas e um quarto da tarde, sentado na sua
cadeira de balanço, desenganado e completamente desalentado, Camilo Castelo
Branco disparou um tiro de revólver na têmpora direita. Mesmo assim, sobreviveu
em coma agonizante até às cinco da tarde. Calculista e previdente como era,
talvez que o pedido da presença do médico fosse já uma premeditação de Camilo
para a execução tempestiva do seu acto desesperado. Haveria assim uma
testemunha idónea do suicídio, que prestaria auxílio imediato a Ana Plácido,
minorando-lhe assim a violência moral de deparar com o marido morto, caso
estivessem sozinhos.
A 3 de junho, às seis da tarde, o seu cadáver chegava de
comboio ao Porto e no dia seguinte, conforme o seu pedido, foi sepultado
perpetuamente no jazigo de um amigo, João António de Freitas Fortuna, no
cemitério da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa.".
Sem comentários:
Enviar um comentário