Camerata Vocal de Torres Vedras
Hoje é um dia muito triste.
A Camerata perdeu, na noite passada, a sua pedra basilar.
Partiu o nosso querido Zé António, que esteve na origem da criação e preparação
da nossa Associação e que assumiu o cargo de primeiro presidente da Direção, no
início dos anos 80.
Num sentimento de enorme choque e tristeza, a inquietação
vai-se aveludando pela onda de amor que surge das calorosas e profundas
palavras que nos chegam de todo o lado, coralistas, amigos, família.
“A Camerata acaba de perder, de longe, a sua figura mais
importante de sempre.”
“… uma das primeiras figuras que surgem no imaginário de
cada um de nós, quando pensamos na Camerata.”
“…um poço de vitalidade, jovialidade, amizade e sabedoria,
de que vou sentir muita falta.”
“Muitos anos de cumplicidade entre sons e silêncios.”
“Além de meu professor, no seminário de Penafirme, foi um
guia em toda a minha participação na vida da Camerata.”
“Foram milhares de ensaios e centenas de concertos vividos
lado a lado…”
“O seu sorriso e energia positiva eram contagiantes.”
“Com um tacto inigualável que o fazia ter sempre a palavra
certa.”
“Uma figura verdadeiramente ímpar com um humor muito
singular e muito solidário para com o grupo.”
“…o pilar e a alma da Camerata.”
Nos últimos tempos, a falta de saúde fê-lo perder a energia
a que sempre nos habituou, mas, apesar disso, continuou a frequentar todos os
ensaios, com a sua pontualidade religiosa, cantando com a sua inconfundível voz
grave e proferindo — fruto do seu enorme sentido de humor — as frases jocosas,
meio em surdina, que tanto nos faziam rir.
É impossível imaginarmos a Camerata sem o Zé António, mas
estamos certos de que as vivências e memórias com que nos presenteou ao longo
dos anos — exemplo de vida associativa e dedicação — serão mais do que
suficientes para que ele esteja sempre presente em cada ensaio, em cada
concerto, em cada viagem e em cada um de nós.
Zé António, obrigada por ser uma inspiração para todos.
“Bravo, Bravíssimo!”
Ao Eugénio, à Margarida e à querida Francisca, que sempre
acompanhou a sua alma-gémea a todos os concertos e viagens, um abraço muito
apertado da família Camerata.
Hoje é, mesmo, um dia muito triste. 💫
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