BISSASSEMA 56 ANOS DEPOIS - 9 de Fevereiro de 1968
Dos 37 dias que a CCAÇ 2314 permaneceu em Bissássema, há 56
anos sofreu o maior ataque na sua permanência naquela tabanca para onde tinha
ido no dia 3 de Fevereiro em socorro de um pelotão da CArt 1943 e de dois
pelotões de melícias que, desde 31 de Janeiro, ali permaneciam.
Segundo relata a história da Unidade foi pela 1 hora da
madrugada do dia 9 de Fevereiro de 1968 que forças do PAIGC, estimadas em cerca
250 elementos, atacou fazendo uso de
canhões sem recuo, morteiros 82 e 60 cms, lança granadas roquetes,
metralhadoras pesadas e ligeiras, espingardas automáticas e granadas de mão. O
ataque foi desencadeado em força, tendo estabelecido uma acção principal de
ataque e várias secundárias, com um volume de fogo apreciável. Conseguiu abrir
uma brecha no dispositivo de defesa em consequência de terem sido feridos os
elementos de um abrigo, tendo penetrado no interior do dispositivo, mas que não
conseguiram sair pela reação pronta e eficaz que obrigou o PAIGC a retirar com
pesadas baixas, tendo abandonado 25 corpos no terreno, e grande quantidade de
material.
A CCAÇ 2314 teve quatro feridos, alguns com gravidade.
Já, na noite do dia 4 e na madrugada do dia 5, tinham
desencadeado ações de flagelação com a finalidade de experimentar e recolher
informação sob o posicionamento dos militares ali instalados. E 10 minutos
antes da meia-noite do mesmo dia 5 de fevereiro, uma forte flagelação, que
apenas durou cerca de 25 minutos por, ao pretenderem tomar de assalto o
dispositivo, sofreram baixas o que os levou a retirar.
No dia 9 de fevereiro, regressaram com maior efetivo e
melhor armamento, talvez comandado por Nino Vieira, com a vontade de tomar de
assalto, capturar e desalojar os militares portugueses, mas a forte reação das
NT obrigou as forças do PAIGC a retirar com pesadas baixas, deixadas no local,
abandonando grande quantidade de material de guerra e, apressadamente,
transportar elevada quantidade de feridos que sofreram no ataque.
Na batida efetuada na alvorada, verificou-se a existência de
vários rastos de sangue, presumindo-se que tenha sofrido mais baixas para além
das que abandonou no ataque.
9 de fevereiro de 1968
JTjj