Só agora em 2017, mais de quatro décadas depois da
Independência da Guiné-Bissau e do fim do mais terrível conflito armado em que
a tropa portuguesa esteve envolvida antes do 25 de Abril, é possível regressar
para uma “Viagem à Memória” neste pequeno país da África Ocidental. A PLV irá
levar neste roteiro Alfredo Cunha que, desde 1973, vai regularmente à Guiné e é
o autor de algumas das imagens mais conhecidas dos momentos-chave do País, e
Luís Pedro Nunes, autor de várias reportagens sobre a vida da Guiné, dos
momentos chave da independência e da guerra que envolveu os militares
portugueses nos últimos anos do conflito. O roteiro proposto visa mostrar a
Guiné: o país de contrastes, belezas naturais únicas e diversidades étnicas e
geográficas que foi palco de uma história militar que marcou uma geração de
portugueses. Será mais do que uma abordagem histórica, o relato de dois
jornalistas e da sua relação com a reconstrução dessa realidade do ponto de
vista da atualidade, revisitando alguns dos pontos marcantes e de como é
possível relacionar-se e relatar algo ainda tão vivo e sensível na memória de
tantos.
Contactar: PINTO LOPES VIAGENS
Data 02 Nov 2017 - 12 Nov 2017
Duração: 11 Dias
Preço por pessoa, desde: 3.390 €
"PROGRAMA ELABORADO PELA AGENCIA PINTO LOPES VIAGENS:
1º DIA • PORTO OU LISBOA (AVIÃO) …
Em horário a combinar, comparência no aeroporto escolhido
para embarque em voo regular com destino a Bissau, via Lisboa.
2º DIA • … – BISSAU
Chegada de madrugada, assistência nas formalidades de
desembarque e transfer para o hotel. Distribuição dos quartos, check-in e tempo
livre para descanso. Visita a Bissau, capital da Guiné-Bissau, localizada no
estuário do Rio Geba, na costa atlântica. É a maior cidade do país, com o maior
porto, constituída como centro administrativo e militar do país. Fundada em
1697 como fortificação militar portuguesa e entreposto de tráfico de escravos,
obteve o estatuto de cidade e de capital, estatuto que manteve após a
independência. Início das visitas à cidade velha, com destaque para o Cemitério
Português, local onde foram sepultados muitos soldados portugueses durante a
Guerra Colonial, e onde muitos dos quais permanecem por identificar; à
Fortaleza de São José da Amura, estrutura primitiva erguida por forças
Portuguesas a partir de 1696, sob o comando do Capitão-mor José Pinheiro. Foi
reconstruída várias vezes ao longo dos séculos e, actualmente, abriga o
Mausoléu de Amílcar Cabral, líder na fundação do Partido Africano para a
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que, no início da década de 1960,
iniciou a luta armada contra o regime colonial; ao Mercado de Bandim, que
surgiu no início da década de 60. O entreposto recebeu, numa primeira fase, a
denominação de Beco de Bandim, alterada alguns anos mais tarde com o incremento
das trocas comerciais para a Feira de Curva de Bandim. Alojamento no Hotel
Azalai 4* ou similar. Situado perto do centro de Bissau, as comodidades simples
oferecidas pelo hotel dão resposta às exigências e necessidades dos clientes,
disponibilizando serviços como internet com quartos agradáveis e climatizados.
3º DIA • BISSAU – CACHUNGO – CACHEU – PRAIA DE VARELA
Ao amanhecer, saída para Cachungo. Visita e encontro com a
tribo Manjaco, povo que habita nas margens dos rios Cacheu e Geba. Durante a
visita iremos perceber de que forma é que factores como a escravatura, a
evangelização, a colonização, a emigração e a globalização contribuíram para a
transformação das comunidades Manjaco e a sua influência no Estado da
Guiné-Bissau. Seguimos para a região de Cacheu, segunda região mais populosa da
Guiné-Bissau. Considerada fonte principal do comércio de Cabo Verde e Guiné,
era aqui que os navios portugueses vinham obter escravos e produtos da região.
A cidade de Cacheu, capital desta região, torna-se assim muito importante nas
relações comerciais, o que leva à construção do Forte de Cacheu. Visita a este
Forte, fundado em 1588 por forças portuguesas, com a função de defender a
primeira feitoria da região. Além de assegurar a presença militar portuguesa,
constituía um importante apoio ao comércio de tecidos manufacturados, marfim e
escravos. Neste contexto, é criada a Companhia de Cacheu, fundada em 1675, que
visava garantir o direito ao tráfego na Costa da Guiné e no arquipélago de Cabo
Verde, assim como de escravos para a Metrópole, os domínios do Ultramar e a
América Espanhola. Dotada de extraordinária beleza natural, Cacheu assume-se
como principal zona de pesca artesanal do país. Travessia de barco até à Praia
de Varela, uma das mais famosas e bonitas da Guiné-Bissau. Alojamento no
Aparthotel Chez Hélène, simples mas um lugar muito calmo, no meio da natureza,
perto da praia, pintado com as cores de África.
4º DIA • PRAIA DE VARELA – TABANCA DE ELALAB – PRAIA DE
VARELA
Visita à Tabanca de Varela, situada a 16 km de São Domingo,
e rodeada por belas praias. O seu ar puro e marés constantes são as suas
características mais relevantes. Continuação para visita à Tabanca de Elalab,
comunidade situada na parte litoral norte da Região de Cacheu. Travessia de
barco até à ilha onde se situa esta tabanca. O objectivo da construção das
tabancas é melhorar a qualidade de vida das famílias no que diz respeito à
higiene de uma forma geral e, em particular, no apoio à gravidez. A comunidade
de Elalab é conhecida por ser extremamente activa, empreendedora e bem
organizada. Com cerca de 430 habitantes, o arroz é a principal base de
alimentação da população local, cultivado em solos salgados recuperados ao mar
através de pequenas barragens e diques de cintura construídos manualmente.
Também os recursos marinhos são essenciais a esta comunidade, o que torna a
pesca uma das actividades principais. Regresso à Praia de Varela. Alojamento.
5º DIA • PRAIA DE VARELA – BISSAU
Manhã para visita à Praia dos Pescadores, assim chamada por
ser um porto onde os pescadores partem para a pesca. Esta praia é continuidade
da Tabanca de Varela. A sua beleza, águas calmas e ar puro fazem da zona de
Varela um ambiente natural onde o sabor de África é genuíno. Regresso a Bissau
e tempo livre no centro da cidade para sentirmos a atmosfera da capital
guineense. Alojamento no Hotel Azalai 4* ou similar.
6º DIA • BISSAU – GABÚ – BAFATA
Partida em direção a Gabú e visita à maior cidade do Leste
do país. Gabú foi a capital do Império Kaabu, reino Mandinga, que existiu entre
1537 e 1867 na chamada Senegâmbia, região que englobava o nordeste da atual
Guiné-Bissau, e que se estendia até ao Senegal. Durante o período colonial, a
cidade passou a ser designada por Nova Lamego, tendo recuperado o seu nome
tradicional após a independência do país. No centro de Gabú está preservado um
pequeno núcleo urbano de inspiração colonial. A cidade é também conhecida pela
sua população predominantemente muçulmana. Continuação para a cidade de Bafatá.
Localizada no centro norte da Guiné, é a segunda maior cidade do país.
Construída sobre rio Geba, Bafatá é uma cidade tranquila com uma arquitetura
predominantemente colonial, conhecida sobretudo por ser a terra natal de
Amílcar Cabral. Perto da casa onde nasceu, em setembro de 1924, existe um
pequeno monumento com o seu busto. Em 2011, a casa foi restaurada pela UNESCO,
em colaboração com a Comissão Nacional da Organização da Guiné Bissau, com o
objetivo de criar uma exposição permanente sobre a vida e obra de Amílcar
Cabral. Alojamento no Aparthotel Triton ou similar.
7º DIA • BAFATA – BAMBADINCA – GUILEJE – SALTINHO
Partida em direção a Saltinho. No percurso, passagem pela
cidade de Bambadinca, conhecida por ser a primeira cidade a desenvolver
electricidade constante, permitindo à população uma melhor qualidade de vida.
Mais tarde, com ajustes feitos ao modelo de produção e distribuição de energia
eléctrica, desenvolveu-se esta produção a partir de energias renováveis.
Continuação para Guileje. Localizada junto à fronteira da Guiné Conacri, o
quartel militar português de Guileje foi alvo de vários ataques e emboscadas
devido à sua frágil localização e ao facto da envolvente ser maioritariamente
mata. Havia uma constante necessidade de deixar o quartel para reabastecimento
de provisões e armamento, o que deu origem a várias emboscadas resultantes na
morte de muitos militares portugueses. Continuação para Saltinho, onde vamos
poder admirar os Saltos do Rio Corubal, famosas cascatas. Este rio é também
famoso pelo desastre de Cheche, ocorrido na retirada do quartel de Madina do
Boé, que vitimou 47 militares portugueses. Alojamento na Pousada de Saltinho,
onde se pode desfrutar de um ambiente calmo e paradisíaco. Nesta pousada
contamos com quartos simples mas com as condições necessárias para garantir uma
boa estadia.
8º DIA • SALTINHO – BUBA – TITE – SÃO JOÃO (BARCO) –
BUBAQUE
Saída em direção a Buba. Situada junto ao Rio Grande de
Buba, foi na época colonial ponto de paragem e de importância estratégica nas
trocas comerciais e tráfico de escravos. Em 1670, foi aqui fundada mais uma
feitoria Portuguesa por forma a garantir a sua supremacia na cidade e suas
margens. Continuação para Tite, cidade que albergou o antigo quartel Português
de Tite. Este quartel foi o ponto de partida da guerra da Guiné, ao ser
escolhido pelo PAIGC como o local da primeira investida, e ficar na história
como “o local do primeiro tiro”. Hoje em dia restam apenas as ruínas do quartel
e as memórias de um passado sangrento. Continuação até São João para travessia
de barco até Bubaque. Alojamento no Hotel Casa Dora ou similar. Este hotel
familiar de origens simples, oferece os serviços mínimos a uma estadia
confortável, bem como um conjunto de diversificadas actividades e boa
gastronomia.
9º DIA • BUBAQUE – ILHA DE SOGA – BUBAQUE
De manhã, visita à Ilha Bubaque, localizada no Arquipélago
de Bijagós, considerado Património da Humanidade pela UNESCO devido à sua rica
e abundante fauna e flora. A Ilha foi uma das mais afectadas pela presença dos
europeus, escolhida pelos colonizadores alemães antes da I Guerra Mundial e
pelo Governo Português depois de 1920, como o centro principal das suas
actividades no arquipélago. Os alemães construíram aqui uma fábrica para
extracção de óleo de palma e um porto para navios de pequena e média tonelagem.
Continuação para a Ilha de Soga. Esta ilha tornou-se famosa por ser o local
onde foi organizada uma missão altamente secreta pelos “homens do Calvão”. Os
indícios dessa operação “saltaram” para conversas quando o Comandante Alpoim
Calvão efectuou, anteriormente, uma série de “golpes de mão” clandestinos nos
países vizinhos. Foi nesta base militar que foi organizada secretamente a ação
militar à Guiné-Conacri, com o objectivo de tomar o poder e aniquilar os
principais dirigentes do PAIGC, apelidada de “Mar Verde”. Regresso a Bubaque.
Alojamento.
10º DIA • BUBAQUE (BARCO) – BOLAMA (BARCO) – BISSAU
(AVIÃO) …
Travessia de barco até à Ilha de Bolama. É a ilha mais
próxima do território continental da Guiné-Bissau. Estava desabitada quando os
colonos britânicos a ocuparam em 1792. Após uma serie de incidentes, a ilha foi
abandonada em 1794. Foi então que, no ano de 1830, Portugal reclamou Bolama e
iniciou-se um conflito diplomático pela sua posse. Em 1860 os britânicos
declararam sua a ilha a que chamaram “Rio Bolama”, como parte de Serra Leoa,
tendo sido concedida a posse novamente a Portugal em 1877. Mais tarde, após uma
ação militar portuguesa, Bolama assumiu oficialmente o estatuto de primeira
capital da Guiné Portuguesa, condição que manteve até à sua transferência para
Bissau, em 1941. Hoje possui restos da ocupação colonial portuguesa com
edifícios à procura da recuperação. Continuação de barco para Bissau. Jantar de
despedida com música local. Após este em horário a combinar localmente,
transfer ao aeroporto de Bissau para embarque em voo regular com destino ao
Porto, via Lisboa.
11º DIA • … – PORTO OU LISBOA
Chegada a Portugal. Fim da viagem e dos nossos serviços.
PINTO LOPES VIAGENS"
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