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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Mortalidade infantil baixou na Guiné-Bissau, mas a mortalidade materna aumentou


A taxa de mortalidade infantil diminuiu acentuadamente na Guiné-Bissau, passando de 200 por mil, em 2007, para os atuais 55 por mil nados-vivos, anunciou hoje em Bissau o ministro da Economia e Finanças, classificando o feito como "extraordinário".


"A taxa da mortalidade infantil está agora na Guiné-Bissau na ordem de 55 por mil. Este é um resultado extraordinário. Penso que devemos continuar a trabalhar para baixar esta taxa, mas há uns anos atrás a Guiné-Bissau registava uma taxa de mortalidade infantil bastante elevada. Estávamos em qualquer coisa como 200 por mil", salientou Geraldo Martins.
O ministro fez o anúncio durante a apresentação dos resultados preliminares do MICS 5 (Inquéritos aos Indicadores Múltiplos) relativos à situação das crianças e mulheres da Guiné-Bissau em 2014, numa iniciativa com o apoio do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef).
Numa breve análise aos resultados, Geraldo Martins, que tutela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), organismo que conduziu os inquéritos, congratulou-se com a redução da taxa de mortalidade infantil mas manifestou-se preocupado com o aumento da taxa da mortalidade materna.
Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes por dez mil mulheres.
A Guiné-Bissau "apresenta uma das taxas de mortalidade materna mais elevadas do mundo. De acordo com os dados disponíveis penso que a Guiné-Bissau tem a segunda pior taxa de mortalidade materna no mundo", sublinhou.
O governante pediu que sejam estudados os motivos pelos quais as mulheres ainda continuam a morrer no momento do parto para que o Governo possa propor soluções.
Geraldo Martins acrescentou que o país já recebeu uma promessa de empréstimo do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) de 30 milhões de dólares (28 milhões de euros), "para serem utilizados em setores determinados pelo Governo" os quais, disse, poderiam ser canalizados para luta contra a mortalidade materna.
O responsável guineense adiantou que se vai deslocar aos Estados Unidos na próxima semana para se encontrar com os dirigentes do BID e dos Fundos Soberanos do Koweit e da Arabia Saudita, instituições que, afirmou, tinham cortado toda cooperação com a Guiné-Bissau aquando do golpe de estado de abril de 2012, mas que agora estão a retomar, na sequência das eleições de 2014, que repuseram a normalidade constitucional.
MB // EL

Lusa/Fim
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