Mais um almoço de amigos teve hoje lugar nas Minas de S. Domingos, lá para os lados dos Montes Altos, no Baixo Alentejo, bem perto de Mértola
O Hipólito, o Pires, o Mestre e o Carlos Reguila, acompanhados das esposas, foram almoçar com o Pedro. Pelo que me disseram foi um óptimo almoço que a todos agradou.
Foi bem animado e pelo ar turvo das fotos, se depreende que o fotógrafo já não estaria muito apurado.
Durante o almoço houve várias intervenções e uma delas foi do Pedro, que cantou um fadinho para alegrar - OH TEMPO VOLTA PARA TRÁS... Foi muito aplaudido!
Mas como ao almoço não ficaram bem atestados, ainda foram para casa do Mestre comer um lanche/ajantarado que durou até às tantas...
Bem hajam companheiros por terem ido visitar o Mestre e o Pedro, que estão geogràficamente tão afastados.
Um abraço.
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Gostei de
ver a foto do Pedro, do Ti Zé como o chamam nos Montes Altos. Parece-me bem,
tenho pena pela falta do desenvolvimento de melhores comentários neste seu dia
de confraternização, com alguns dos muitos, que com ele partilharam momentos de
vivencia em terra distante. Lembro o lindo dia de verão que vários de nós o
abraçamos carregados de lágrimas por satisfeitos ao desenganar o pensamento
mais negativo que nos assolava. Lembram-se?
...Mestre
...Guedes... Ramos...entre outros. Nesse dia houve no almoço que se seguiu, no
Centro Lar onde vive recolhido, um misto de tristeza e de alegria que não
esqueço.
Não esqueço
a história contada pelo Mário um jovem que se interessou pela sua vida quando o
encontrou na labuta pelos campos do Alentejo.
O Pedro
merecia não ser um sem-abrigo e, o Mário lutou por isso. Foi acolhido no Centro
Social dos Montes Altos que por todos é estimado. Bem hajam. Tenho saudades de
o abraçar.
Pica Sinos
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Na verdade o
Pedro não merecia ser um sem abrigo.
Foi apurado
para a tropa, por um inconsciente, mobilizado para a Guiné por outro
inconsciente e por fim abandonado pela Pátria.
Após a
desmobilização foi trabalhar para as obras no Algarve, onde o mantinham quase
como escravo e não lhe pagavam salário. Tinha mãe, tinha irmãs. Onde? Ele não
sabia. E não sabia (não sabe) ler nem escrever, mal sabia contar o dinheiro.
Abandonado
por tudo e por todos apenas tinha companheiros que pensavam em si e se
interrogavam sobre a sua sorte. Não sabiam dele e as informações que tinham era
de que teria já falecido.
Em boa hora
o jovem Mário, funcionário dos Montes Altos o encontrou e apresentando o caso
ao Sr. Diogo Sotero, dirigente desse Lar, depressa o trouxeram para as suas
instalações.
Quando
tivemos conhecimento pelo Ramos e pelo Mestre onde ele se encontrava, fomos ao
seu encontro e foi inesquecivel esse momento.
Tem carinho,
companhia, medicação, alimento e dormida e quem se preocupa com ele. E até tem
ordenado pois faz tarefas de interesse para o Lar.
O Pedro hoje
é um homem feliz. E nós também por sabermos que ele está bem.
LG.
4 comentários:
Bonito gesto....!!!!
Visitar amigos que geograficamente estão distantes de nós, é sempre algo bastante gratificante para ambas as partes....
Quem visita sente o maior prazer em fazê-lo, quem é visitado sente-se orgulhoso e feliz por sentir que não foi esquecido....
E a isto se chama AMIZADE.....
Gostei de ver a foto do Pedro, do Ti Zé como o chamam nos Montes Altos. Parece-me bem, tenho pena pela falta do desenvolvimento de melhores comentários neste seu dia de confraternização, com alguns dos muitos, que com ele partilharam momentos de vivencia em terra distante. Lembro o lindo dia de verão que vários de nós o abraçamos carregados de lágrimas por satisfeitos ao desenganar o pensamento mais negativo que nos assolava.Lembram-se?
...Mestre...Guedes...Ramos...entre outros. Nesse dia houve no almoço que se seguiu, no Centro Lar onde vive recolhido, um misto de tristeza e de alegria que não esqueço.
Não esqueço a história contada pelo Mario um jovem que se interessou pela sua vida quando o encontrou na labuta pelos campos do Alentejo.
O Pedro merecia não ser um sem-abrigo e, o Mário lutou por isso. Foi acolhido no Centro Social dos Montes Altos que por todos é estimado. Bem hajam. Tenho saudades de o abraçar.
Na verdade o Pedro não merecia ser um sem abrigo.
Foi apurado para a tropa, por um inconsciente, mobilizado para a Guiné por outro inconsciente e por fim abandonado pela Pátria.
Após a desmobilização foi trabalhar para as obras no Algarve, onde o mantinham quase como escravo e não lhe pagavam salário. Tinha mãe, tinha irmãs. Onde? Ele não sabia. E não sabia (não sabe) ler nem escrever, mal sabia contar o dinheiro.
Abandonado por tudo e por todos apenas tinha companheiros que pensavam em si e se interrogavam sobre a sua sorte. Não sabiam dele e as informações que tinham era de que teria já falecido.
Em boa hora o jovem Mário, funcionário dos Montes Altos o encontrou e apresentando o caso ao Sr. Diogo Sotero, dirigente desse Lar, depressa o trouxeram para as suas instalações.
Quando tivemos conhecimento pelo Ramos e pelo Mestre onde ele se encontrava, fomos ao seu encontro e foi inesquecivel esse momento.
Tem carinho, companhia, medicação, alimento e dormida e quem se preocupa com ele. E até tem ordenado pois faz tarefas de interesse para o Lar.
O Pedro hoje é um homem feliz. E nós também por sabermos que ele está bem.
LG.
Na verdade o Pedro não merecia ser um sem abrigo.
Foi apurado para a tropa, por um inconsciente, mobilizado para a Guiné por outro inconsciente e por fim abandonado pela Pátria.
Após a desmobilização foi trabalhar para as obras no Algarve, onde o mantinham quase como escravo e não lhe pagavam salário. Tinha mãe, tinha irmãs. Onde? Ele não sabia. E não sabia (não sabe) ler nem escrever, mal sabia contar o dinheiro.
Abandonado por tudo e por todos apenas tinha companheiros que pensavam em si e se interrogavam sobre a sua sorte. Não sabiam dele e as informações que tinham era de que teria já falecido.
Em boa hora o jovem Mário, funcionário dos Montes Altos o encontrou e apresentando o caso ao Sr. Diogo Sotero, dirigente desse Lar, depressa o trouxeram para as suas instalações.
Quando tivemos conhecimento pelo Ramos e pelo Mestre onde ele se encontrava, fomos ao seu encontro e foi inesquecivel esse momento.
Tem carinho, companhia, medicação, alimento e dormida e quem se preocupa com ele. E até tem ordenado pois faz tarefas de interesse para o Lar.
O Pedro hoje é um homem feliz. E nós também por sabermos que ele está bem.
LG.
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