1 - a poderosa Grã-Bretanha, com frentes na Malásia (a 9.300 km, de 1948 a 1960), no Quénia (a 5.700 km, de 1952 a 1956) e em Chipre (a 3.000 km, de 1954 a 1959) -
2 - e o pequenino Portugal, com frentes na Guiné (a 3.400 km), Angola (a 7.300 km ) e Moçambique (a 10.300 km), de 1961 a 1974 - 13 anos seguidos.
Estes especialistas chegaram à conclusão que Portugal, dadas as premissas económicas, as dificuldades logísticas para abastecer as 3 frentes, bem como a sua distância, a vastidão dos territórios em causa e a enormidade das suas fronteiras, foi o que melhores resultados obteve. Consideraram, por último, que as performances obtidas por Portugal, se devem sobretudo á capacidade de adaptação e sofrimento dos seus recursos humanos e à sobrecarga exigida a um grupo reduzido de quadros dos 3 Ramos das Forças Armadas, comissão atrás de comissão, com intervalos exíguos de recuperação física e psicológica. Isto, são observadores internacionais a afirmá-lo.
Conheci em Lisboa oficiais americanos com duas comissões no Vietname. Só que ambos com 3 meses em cada comissão, intervalados por períodos de descanso de outros 3 meses no Havai. Todos os que serviram a Pátria Portuguesa e principalmente as gerações de Oficiais, Sargentos e Praças dos 3 Ramos das Forças Armadas que serviram durante 13 anos na Guerra do Ultramar, nos 3 Teatros de Operações, só pelo facto de aguentarem este esforço sobre-humano que se reflectiu necessariamente em debilidades de saúde precoces, mazelas para toda a vida, invalidez total ou parcial, e morte, tudo ao serviço da Pátria, merecem o reconhecimento da Nação, que jamais lhes foi dado."
Reforço e sublinho, por ser de extrema IMPORTÂNCIA, e uma verdadeira BOFETADA SEM MÃO aos poderes constituídos deste país... a parte final do citado texto: -
"Todos os que serviram a Pátria (...) MERECEM o RECONHECIMENTO da Nação, que JAMAIS lhes foi DADO."
2 comentários:
...é afirmado por estrangeiros!!
Amigos, o povo Português teve, tem e terá muita força, coragem e poder de sobrevivência.
Pena que permanentemente seja oprimido nas várias formas de opressão. Hoje a da indiferença e desprezo pela pessoa humana.
"O Povo Português sempre foi melhor que os seus dirigentes"
Abraços
Muito bem observado, Luis Manuel! Excelente texto!
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