e eu sou, no meu viver amplo e sem véus,
como os caminhos soltos pela terra,
como os pássaros livres pelos céus.
que os enche os pulmões, é o movimento,
traz num corpo irrequieto como o mar
uma alma errante e boémia como o vento.
razão mesma de ser do meu destino,
há-de ser a palavra derradeira
que há-de aflorar-me aos lábios como um hino.
Aureolada de louros ou de espinhos
há-de cingir-me a fronte nas campanhas,
há-de ferir-me os pés pelos caminhos.
seja utopia ou seja ideal, - que importa?
Quero viver por esse ideal lutando,
quero morrer se essa utopia é morta !
2 comentários:
É um belo poema....!!!
É uma bela homenagem ao Miguel Portas, neste dia 1º de Maio em que completaria 54 anos (se estivesse vivo).....!!!!
Sempre admirei a lucidez e a acutilancia
com que se bateu em Bruxelas...
Bela homenagem..
Abraço
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