33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
.
“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
-
"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
-
“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
-
Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...
Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
---
“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
---
Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…
Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
----------------------
"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
Entre o dia 10 e o dia 21, não tenho na memória, por desconhecimento, do que se passou sobretudo em Tite ao nível do comando do Batalhão. É do conhecimento geral que no dia 22 de Fevereiro de 1968, o comandante do Batalhão em exercício, foi substituído por outro (Ten. Cor. Hélio Felgas), facto que teve forte implicação na situação das NT em Bissássema
Com efeito, no dia 23 desse mesmo mês, o novo comandante visitou Bissássema, inteirou-se da situação e viu o estado do pessoal. As NT estavam arrasadas, de cansaço, fome e doença. Em 10 de Março de 1968, com a operação “Arroz Limpo” resolveu acabar com a posição de Bissássema, destruir todas as tabancas da região, respectivamente Bissássema de Cima, Bissássema de Baixo, Nhala de Cima, Nhala de Baixo, Bunausse, Flaque Nabal, Flora e Flaque Intela. Recuperando a população e meios de vida, tudo seria transportado para Tite e tabancas vizinhas, controladas pelas NT. A população do Ilhéu do Mancebo foi recolhida em lanchas da Marinha e levada para Bolama a pedido desta mesma população.
No dia 24 de Fevereiro de 1968, o dispositivo começou a ser encurtado. Isso representou a destruição de moranças e de abrigos, construção de outros, desembaraçamento de campos de tiro. Mas o IN não desistia e, cerca das 23,00 horas, um grupo estimado em 100 elementos, flagela, de longe, as NT durante 30 minutos, sendo repelido com um elevado número de baixas.
Em conclusão dizer que fico na duvida se, a Operação “Velha Guarda”, foi apenas executada pelos motivos citados, ou também no intuito da segurança territorial, sabendo-se, da visita do Presidente da República à Guiné-Bissau, no dia 2 de Fevereiro de 1968.
Sem comentários:
Enviar um comentário