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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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sábado, 30 de maio de 2009

O almoço da CART 1743, é no próximo dia 20 de Junho.!

e os diabos vão à Missa!...
Será no próximo dia 20 de Junho, em Vila Nova de Famalicão, junto ao Convento do Arnoso de Santa Eulália. O repasto terá lugar no restaurante Solar da Rocha. Será rezada Missa no Mosteiro às 12:15. Concentração a partir das 10:30 junto ao Mosteiro do Arnoso Almoço por volta das 13:15 O preço será de 27 €uros por pessoa - crianças 50% de desconto. Ementa: Bacalhau à Solar e Rojões à moda do Minho, ou vitela. . Contactos: . Miguel Cunha Novais Lugar Porto Carreiro Freg. Grimãocelos 4775-122 NINE tlf. 252 962 396 tlm. 934 095 289 . António Pacheco Quinta das Flores - Flor do Este Cambezes 4775-113 NINE tlf. 253 951 531 tlm. 938 581 041 . Solicita-se marcação até 15 de Junho Não esqueçam a prendinha... Raul Soares.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Uma delicia...!!!

Compilação Perguntas/Respostas do inquérito Facsimile nas fotos juntas, pertença e gentilmente cedido pelo ex Furriel Luis das TMS . Nota: Tinha 22 anos aquando deste inquérito, feito em Tite e da autoria do Furriel Luis, durante a guerra da Guiné. Passados 42 anos sobre este escrito, muitas das resposta, hoje não as daria de forma nenhuma assim, principalmente no que concerne à mulher, a ser “pouco comunicatico” (hoje é o contrário) e nos nomes, lamentavelmente não inclui o de Raul de meu pai, um grande Homem, pelo qual, naquela altura não dava o devido apreço e que com o tempo muito admirei, muito me apoiou e que sempre recordarei como um exemplo. José Justo Maio 2009. N.B. – RESPONDA AS TODAS AS PERGUNTAS, COM A MAIOR APROXIMAÇÃO DA VERDADE POSSÍVEL. ABSOLUTAMENTE CONFIDENCIAL. 1 – Nome: José Manuel Jordão Justo 2 – Data de nascimento: 28 Setembro 1945 3 – Morada: Lisboa 4 – Qual é, a seu ver, o cúmulo da miséria ? Pobreza de espírito 5 – Onde gostaria de viver ? Suécia ou Finlândia 6 – Qual é o seu ideal de felicidade terrestre ? Alcançar o que se pretende 7 – Com quem é mais indulgente ? Comigo E com quem é menos ? Também comigo 8 – Quem é o herói do romance que mais o impressionou ? Não me impressiono com heróis fictícios, mas talvez leve a minha preferência para - Rocambole 9 – Qual é a figura histórica que mais o apaixona ? Nero 10 – Quais as heroínas da vida real que mais admira ? Minha mãe (duma maneira muito especial) 11 – E heroínas da ficção ? Nenhuma 12 – O seu pintor favorito ? Dürer 13 – O seu músico predilecto ? Strauss, entre muitos 14 – Qual a qualidade que mais aprecia no homem ? Inteligência, Humor refinado 15 – E na mulher ? Só a beleza (mesquinho ?...talvez !!) 16 –Qual a virtude que mais o encanta ? Não necessitar de ninguém 17 – Qual passatempo que mais o recreia ? Andar sozinho de noite por locais solitários 18 – Á sua profissão preferiria outra ? ---------------------- 19 – Qual a principal feição do seu carácter ? Pouco comunicativo, inconstante 20 – Que predicado mais preza num homem ? Sê-lo, mas a sério 21 – E na mulher ? Olhos azuis e cabelos loiros 22 – E nos amigos ? ------------------------- 23 – O seu defeito principal ? O não os confessar 24 – A côr que lhe vai melhor ? Azul escuro 25 – A flor que põe na lapela ? ---------------------------- 26 – Qual o pássaro que acha mais curioso ? Nenhum em especial e todos de uma maneira geral. 27 – Os seus autores predilectos (prosa) ? Guy Maupassant, François Sagan 28 – E os seus poetas ? Bocage 29 – Os seus heróis na vida real ? De Gaulle 30 – As suas heroínas históricas ? ----------------------------- 31 – Os nomes que acha mais bonitos no onomástico nacional ? Carlos, Helena, o meu 32 – Que mais detesta no mundo ? Acordar, falta de dinheiro 33 – E na sua pessoa ? Inconstância 34 – E quais os motivos capitais da sua aversão no governo das sociedades ? --------------------------- 35 – Que sucesso histórico mais admira ? A victória dos Aliados sobre a Alemanha nazi 36 – E qual a reforma político-social que mais agradou o seu espírito ? ------------------------------- 37 – Que graça pediria a um feiticeiro ? Dinheiro 38 – Como gostaria de morrer ? De qualquer modo, em qualquer altura, mas rapidamente 39 – Estado presente do seu espírito ? Indiferente...e muito longe... 40 – Actos da vida que lhe inspiram mais confiança ? A posse total 41 – A sua divisa ? Pensamento: “Os cães ladram e a caravana passa” 42 – Qual a seu ver a verdadeira definição de amor ? Se realmente existe, não creio tenha definição 43 – O que pensa representar para si um beijo ? Nalguns casos, uma cancela que se fecha, noutros um paraíso que se abre... 44 – DEDICATÓRIA (N.B.: Nesta dedicatória dê um parecer, favorável ou não, acerca do exposto neste inquérito cultural) Talvez, quando daqui a tempos todo o nosso martírio terminar estas respostas te possam infelizmente recordar um período demasiado longo da tua existência para valer a pena voltar ao que não voltará jamais. No entanto “Vale sempre a pena, quando a alma não é pequena” José Justo – Guiné 22 Out 67

quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

Joaquim José Caraça (o Chaparro)

Joaquim José Caraça (Chaparro) foi Pelotão dos Morteiros, e com o Pedro fez parceria, é natural e residente em Moura (Alentejo). Solteiro, actualmente vive com uma irmã na sua terra natal. Antes de ser mobilizado trabalhava como pastor de gado. O campo era a sua casa. Quando desmobilizado retoma a profissão de pastor até ser chamado para trabalhar na Barragem do Alqueva. Barragem concluída, o desemprego “bateu-lhe à porta” durante largos meses, até que foi chamado a ocupar lugar nos serviços municipalizados e de limpeza na Câmara Municipal de Moura até à idade de ser reformado. Hoje, segundo nos informou o Ramos, seu vizinho na cidade, não goza de muita saúde, a vontade de se deslocar para longe da sua cidade é pouca ou nenhuma, se bem que tenha muitas saudades dos camaradas. A todos pede desculpa e manda um grande abraço Pica Sinos.

As fotos que o ex-furriel Luis Silva nos trouxe...

O Luis junto com o Gen.Spinola e outros companheiros, durante o"Ronco IV"
Na foto de cima está com o Ferreira e ao lado num baga-baga (construção feita por formigas) Na foto de baixo o Luis está com seu irmão gémeo e outros companheiros
Na foto de baixo vê-se o sargento-ajudante Marvanejo
Na foto de baixo é visível a humilde capela católica de Tite, onde o nosso Padre Luis Silva e o nosso Hipólito como sacristão, celebravam as suas missas.
Na foto de cima está um esquema da área de comunicações dependente de Tite, elaborada pelo nosso companheiro Luis.
Aqui está o Luis com os animais tipicos da Guiné - o macaco e o piriquito.

As estórias que o Pica "inventa..."

A “PASSERELL” DA CUECA AINDA HOJE É RECORDADA

As coisas são como são, confesso que escrever sobre cuecas não é a minha especialidade, mas, vem a intenção a propósito (e à memória), resultante de uma conversa escutada abusivamente, diga-se, no passado Almoço Convívio realizado em Ovar.

Ou seja, segundo me apercebi, alguém dizia que em Tite, na caserna dos furriéis, afortunados mirones, assistiram durante considerável período de tempo, a ”passagens de langerie”, certames organizados por um dos companheiros, não só no intuito do aprazimento, mas também para instigar invejas aos que por perto sabia que o observavam. E não se pense que a galhofa ficava só por aquele espaço, haviam outros, também, ansiosos por saber o que se “mirava” em tal pavilhão, mas azarados, só tinham direito aos comentários produzidos na “ primeira página” no jornal da caserna.

Dizem os entendidos que a “roupa” íntima dos homens data desde a era das cavernas. O couro era moldado como um triângulo, amarrado em redor do quadril e laçado por fitas entre as pernas, voltando a ser amarradas novamente no quadril. Já no século XII, com o desenvolvimento das novas tecnologias (armaduras), há época, tal roupa, já moldada em faixas de linho, era usada como protecção contra o metal que era áspero e mais tarde já não atada ao quadril, mas sim amarradas abaixo dos joelhos. É certo que a moda feminina acompanhou sempre, até diria, na vanguarda, a estilização “cuecal”, qual estorvados espartilhos do século XIX. Hoje nem sequer e bem, as nalgas são protegidas/tapadas, mas passemos à história em Tite.

O nosso protagonista fumava cachimbo, certamente motivado também pela nostalgia, lembrou-se de solicitar à então namorada o envio de umas cuecas femininas, que compreensível e nada ofendida, satisfez tal pedido com e da melhor confecção em seda e, de corte do mais sexy então existente.

Diziam, no almoço, então as más línguas, que era vê-lo encostar tal tecido à sua face ou machucando-o nas mãos, ou ainda, ostentando tal ornamento tapando a boca e nariz (qual bailarina de ventre) rindo disfarçadamente daqueles que sabia que o miravam, imaginando certamente, que os vértices das divisas amarelas da classe dos sargentos, colocadas nos ombros, passam a linha recta mais parecendo as divisas da classe dos alferes.

Pica Sinos

domingo, 24 de maio de 2009

As fotos do almoço em Ovar

sábado, 23 de maio de 2009

O almoço em Ovar aconteceu

20º ALMOÇO CONVÍVIO DO BATALHÃO 1914

OVAR 23 DE MAIO DE 2009

A história deste convívio começa a desenhar-se em S. Martinho do Porto em 17 de Maio de 2008, após “reunião” dos Chefes Superiores, nestas andanças de comes e bebes.

Por determinação “Superior” fui incumbido de organizar o 20º Almoço de confraternização e por coincidência comemorativo do 40º aniversário do nosso regresso de terras de África (Tite-Guiné-Bissau).

Como um bom ex-militar e obediente, não pude recusar a missão que me colocaram em mãos. Vai daí no início de Abril, comecei por fazer um texto como convocatória a todos os inscritos na lista que me foi entregue. Logo comecei a receber as primeiras inscrições. Mas como sempre, os portugueses deixam tudo para última hora, tendo-me “obrigado” a fazer algumas chamadas de última hora. Valeu a pena porque compareceram á mesa 133 pessoas o maior recorde de presenças até hoje em almoços de convívio do Batalhão!

O dia de 23 de Maio marcado para o evento, nasceu cinzento e ameaçar uma boa descarga de água. Felizmente tal não aconteceu apesar de algumas gotas ameaçadoras para logo abrir um sol até bem quente por sinal.

Pelas 10 horas e 30 minutos, começaram a aparecer os primeiros “comedores” no lindo Jardim dos Campos também conhecido por Jardim das Rosas. Logo ali começaram a distribuir abraços. O primeiro elemento “novo” aparecer bem documentado com uma pastinha á maneira, e que nunca tinha estado em nenhum convívio, foi o nosso Luís Manuel Bastos Dias, (nome de guerra: Luizinho das tms) este nosso amigo ficou muito comovido com os abraços dos colegas de há 40 anos e foi o último a abandonar o restaurante!

Bom á medida que o “pessoal” ia chegando, fui distribuindo como presente e para marcar o dia do convívio, um azulejo com o nosso logo do Batalhão e os dizeres comemorativos tendo como fundo um símbolo da Ria de Aveiro, um moliceiro. A minha lembrança do azulejo, deve-se ao facto de Ovar ser conhecida como: Ovar cidade museu do azulejo.

Cerca das 12 horas e 30 minutos a custo, lá se conseguiu reunir as pessoas para fazer uma foto de família. Pelas 13 horas, entramos no Restaurante a Garrafeira ao som da música ambiente e ao vivo do meu querido amigo e familiar Manuel Ferreira e sua filha Sara nas teclas. Na testa da mesa ficou o Paraíso Pinto, o Pereira e a Snrª Drª. Maria Margarida e suas duas filhas. Á direita do “nosso” Capitão, eu a minha Madrinha de Guerra, minha neta e filha. O pessoal acomodou-se como de costume, fazendo grupinhos principalmente com aqueles que nunca vieram, foi caso do Ramos, o Mestre, o Flores, o Barros o Correia… imaginem só, estes apenas das tms!! O Francisco Silva das tms (tinha de ser mais da tms!) telefonou de França, falou comigo, com o Pica, o Mestre e outros. Este malandro do Silva vai pagar um almoço às tms, ai vai, vai! O repasto correu com muita alegria, de tal forma que o nosso “Camelo” de seu nome Alberto Artur Camelo, foi dar um cheirinho ao palco cantando para todos nós. O melhor é que este amigo, trazia a famosa guitarra com que nos brindava com os seus acordes no posto de rádio em Tite! Pena que não houve tempo para o ouvir tocar. Camelo! Não vais perder pela demora, um dia não muito longínquo a malta das tms vai te bater á porta!

E depois de um bom Cozido à Portuguesa, bem regado com um bom tinto a acompanhar, veio o momento de cortar o bolo do Batalhão 1914 e fazer os agradecimentos, tomando da palavra, eu e o Paraíso Pinto. Feitos os agradecimentos e com o adiantar da hora, visto que havia pessoas que fizeram largas centenas de klms para estarem no almoço, assim como a rapaziada vinda de Lisboa em comboio. Foi um dia maravilhoso e feliz que eu jamais esquecerei.

Em reunião das “tropas” e por consenso, ficou “determinado” que o 21º Convívio vai ser organizado pelo nosso querido amigo Hipólito Sousa em Baltar em data a determinar.

Um bem-haja a todos os amigos que vieram até Ovar, e até ao próximo abraço em Baltar

José Costa

Foto do azulejo que o Costa ofereceu a todos os companheiros participantes
foto do Grupo, no Jardim das Rosas

O Costa teve a preocupação de entregar a cada um dos companheiros presentes, um cartão de identificação

O Costa está de parabéns. Organizou um excelente almoço, num bom restaurante, em Ovar terra vareira muito simpática. Apareceu muita gente que não víamos há 40 anos. Breve faremos comentários sobre este belo dia, cheio de sol. Bem hajas Costa!

Amigos Foi um prazer ver e rever estas fotos do pessoal que compareceu neste almoço de 2009. De ano para ano, o número de presenças aumenta, o que prova muito o esforço dos bem escolhidos organizadores, qual deles o mais esforçado.

Bonita ideia do Costa. presentiar a todos com um simbólico; “Azulejo Vareiro” Cartões identificativos, pois cada vez há mais caras novas...bem lembrado, sim senhor. Quero expressar o meu muito obrigado pela msg do Barros, Correia, Mestre, Cavaleiro, Camelo, entre outros, e retribuir muita apertado o abraço que gentilmente me enviaram. Que para o ano, com a organização a cargo do Hipólito, os companheiros sejam ainda mais. Abraços e Sucessos para todos os que estiveram presentes, extensivo aos ausentes. Zé Justo

as fotos que nos trouxe o Joaquim Agostinho Fernandes, do Pelotão de Morteiros

O Pica chamou-me à atenção, e com toda a justiça para o facto de ter de fazer o pino para ver algumas das fotos que eu tinha publicado erradamente. Confiei no trabalho da minha secretária, é o que dá... Vai daí, tive que reformular quase todas as fotos, não fosse o homem dar-lhe um tréco. Obrigado amigo!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tudo de bom para todos. Um forte abraço como se tivesse entre vós. Zé Justo

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Companheiros, Camaradas, Amigos e familiares

É já no próximo dia 23 do corrente mês, que vamos celebrar o 40º aniversário do regresso de Tite (Guiné-Bissau), onde durante cerca de 23 meses (1967/1969) estivemos mobilizados, integrando várias companhias, pelotões e secções, na guerra colonial.

Este nosso 20º almoço de confraternização, tem a presença de muitos que há 4 décadas não nos víamos, assim como familiares de camaradas que fisicamente, infelizmente, já não estão entre nós, mas fazem questão da sua presença junto daqueles que com os seus ente queridos, partilharam momentos que foram maus, mas também bons, de franca camaradagem e amizade, gesto com o qual nos sentimos muito orgulhosos.

A concentração, em Ovar, é às 10,30 horas no Jardim dos Campos, junto à estátua do escritor Júlio Dinis. Ás 13 horas o almoço no Restaurante “Garrafeira” que ali fica perto.

Até sábado.

Pica Sinos.

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nota - lembramos aos companheiros da área de Lisboa e que estejam interessados, que vamos para o almoço de comboio (e o Pica já tem 10 inscrições, mais o Arrabaça que entra no Entroncamento, somos 11), com partida prevista para as 7:30 da manhã de Sábado na Gare do Oriente e regresso ao fim da tarde Sábado.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Unidos até aos 100...

Meus amigos O Contige enviou-nos esta foto tirada em Tite, onde é traçado o nosso destino:
Tite Guiné 2-4-68 UNIDOS ATÉ AOS 100...
e assim continuaremos amigos. E o nosso almoço é o retrato dessa união. Por isso a nossa alegria é tão grande quando reencontramos um companheiro pródigo... Só a tropa que esteve na guerra entende isto. E mesmo nós por vezes nos admiramos com a amizade que nos une, passados quarenta anos. Abraços Bom almoço para todos. .

Quem diria...!!! outras partes.

Quem diria !!! . . . (2) (Parte 1 ?: Alvíssaras pelo seu galáctico sumiço) É velho e relho o adágio “ mais vale tarde que nunca”. Penei, dois anos, na coadjuvância da espinhosa missão evangelico/catequisadora, “predicando e repredicando”, com ciclópico arreganho (qual stº Antoninho de Lesboa aos peixinhos), àquela tropa de Tite, incentivando, com o m/exemplo, de dedicação ao próximo, os mais desalinhados, reaccionários ou do reviralho (que os havia e muitos). Ingloria e infrutiferamente, magicava eu, a aferir pelo m/6º sentido. Pura falácia, felizmente. É que, ao ler a aguerrida, mas estimulante, resposta (datada de 13 de Maio e com referência a dois locais com significado místico) ao “voo das chapas” (comprovado, e ainda bem, fotograficamente), vislumbrei uma, embora ténue, réstea de esperança de que, afinal, o meu árduo labor não terá sido, de todo, em vão. Será que estamos perante coincidência de puro rigor cartográfico ou de um milagre (diz-se) ainda maior que o de Fátima? Referi acima que era exemplo de dedicação ao próximo. Verdadinha, nua e crua. Capciosa e subrrepticiamente, se insinua de que me mancomunei, em proveito próprio e exclusivo, com o precioso néctar. Negativo. Jamais (é). Corria, no meio, que esse néctar teria propriedades terapêuticas adequadas à “escarificação”, de que eram, frequentemente, portadoras as nativas, fruto de incisões na pele próprias dos seus usos e costumes. Era vê-los, à socapa (dispenso-me de nomeá-los, por pudor e por me parecerem obviamente identificáveis), com carinha de donjeovanis comprometidos, a bater à porta do SPM, a pedir daquela “mesinha”, que, a contragosto, em frasquinhos de martini, ia partilhando, a ponto de ficar sem néctar algum (0) para consumo próprio. E era vê-los, directinhos, como setas, à tabanca das suas lavadeiras e quejandas. Se eles próprios tratavam da massagem nas ditas ou se o davam aos maridos para irem dar uma volta ao bilhar . . ., não curei de indagar, nem era, e nem é, assunto do meu pelouro. É, assim, que paga o justo pelo pecador e que a ração não é para quem a talha, mas, sim, para quem a come. Pronto. Ponto final. Esgotou-se a veia. Vou almoçar com o Costa. Um abraço Hipólito

Estão bem nas fotografias...

Mensagem

Meus Amigos e Camaradas

Na resposta ao Hipólito….

De facto é verdade que os valorosos homens das TMS de Tite, tiveram que passar por uma formação exigente e altamente qualificada, ministrada em diversos locais por este Mundo espalhados, mas não é justo esconder que outros houveram (muito poucos) que foram formados como ajudantes de prédicas, num pequeno país junto a Roma, com tirocínio tirado numa cidade integrada no

Concelho de Ourém.

Reconhecidamente o pessoal das TMS, nas coordenadas que lhes foram destinadas, era gente, não só de distinta formação profissional, como também de soberba postura comportamental, a tal ponto, que 4 décadas passadas, por muitos, (sabemos que a custo), ainda lhes são reconhecidas.

Claro que há sempre em tudo na vida…um...mas!

É verdade que a par das operações “vinho do pároco”, escrupulosa e mensalmente desenvolvidas, havia quem por lá fizesse, de tempos a tempos, outras operações, estas hortícolas, não menos bem sucedidas, (ver foto do recente encontrado Silva,

onde um conjunto de gente das TMS está bem equipado), que com a perícia que lhes era peculiar, quando do sucesso da captura dos diversos e suculentos artigos da horta do comandante “Hortelão”, resultava sempre festa no Centro de Transmissões.

O produto era dividido por todos e não açambarcado apenas para um!

Vem esta confissão a propósito porque, não seria correcto deixar isolado na “praça pública” tão estimado camarada, que infelizmente e apesar da sua elevada formação de IAO, nunca ganhou a coragem para partilhar, com os restantes,

tal néctar, oferecendo-lhes, sim, apenas a “zurrapa” que se apoderava no refeitório.

É bem evidente que as formações, se bem que exigentes e altamente qualificadas, foram diferentes!

Nem me atrevo a solicitar outras informações lá para os lados de Valença, porque se o fizesse o sino mais uma vez soava.

Tenham um bom dia, em especial o Hipo.

Pica Sinos

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e diz o Hipólito: Está, está e ainda bem. Fui bombeiro. O principal destinatário seria o Justo, uma vez que, me parece, ele andará em baixo. Já, algumas vezes, lhe mandei SMS para o manter na onda e nada. Mais uma tentativa frustrada de o espicaçar, paciência. Não sei se percebes que as m/crónicas são todas ficcionadas. Não correspondem a qualquer realidade. Tudo para animar a malta. Aliás, a ideia será que haja reacções. Caso contrário, não valeria a pena perder tempo. Um abraço Hip.

Mais dois companheiros desaparecidos

Segundo apurou o Costa, mais dois companheiros partiram: .. - Capitão médico José Trindade - Alferes Pinho Campos, do conselho administrativo .. Para eles a nossa homenagem! _____________________________

"Guedes!

Fui á procura do Alf. Luis Manuel Pinho Campos na morada que me indicaram em Sta. Maria da Feira. Pelas indicações que recolhi, era uma pessoa bem conhecida, mas infelizmente não faz parde do nosso Mundo. Faleceu segundo o que consegui apurar, talvez uns 5 anos atrás de morte súbita. Segundo me informaram, outros familiares finaram-se com o mesmo problema.

Consegui saber também o local da residência da irmã. Mas não encontrei ninguém. Infelizmente a Telecom está a ficar sem clientes com telefone fixo. Vai daí não consigo contactar a snrª.

Se vcs acharem que vale a pena colher alguns elementos dele, bem como a data certa do falecimento e ou fotos, digam-me que eu volto lá em outro dia.

Quantos aos restantes da lista, eu vou escrever a todos eles a ver se acerto. Certamente não estarão cá neste convívio, mas ficará o registo para a próxima.

Costa "

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O testemunho das filhas do nosso Alf. Rodrigues

Amigos!

Recebi da filha do nosso querido amigo e falecido Alf. Joaquim Rodrigues, o email que vos reenvio com uma dedicatória da filha Filipa que á data do falecimento do pai teria 8 anos!

Acho que ficaria bem acrescentar no Blog.

Costa

...............................

"Boa noite ! Já encaminhei de dizer à minha mãe, Margarida Costa, o que respondeu ao e-mail enviado. Não sei até que ponto seria conveniente enviar uma 'dedicatória' que fiz 'para o meu pai'. Mas penso que é sempre comovente ver como as pessoas reagem quando as pessoas deixam de estar entre nós . E ainda mais , uma pessoa tão chegada que é o meu pai, e tendo eu 8 anos quando ele morreu. Deixo ao seu critério, de qualquer das formas , envio-lhe em seguida o que fiz :

...

"As coisas nem sempre acabam da forma que queremos. Muitas coisas ficaram por fazer e dizer. Muitas coisas ficaram engasgadas aqui dentro, e ainda hoje mantenho um nó na garganta, que parece que a cada dia se torna mais difícil de desamarrar. Tenho muitas incertezas penduradas na cabeça. Desde o dia dezoito de Outubro de 2001 que sinto que faltou muito, mas mesmo muito para te transmitir o quanto te amava e o quanto tinha para agradecer pelo facto de ser tua filha, por me teres mudado as fraldas e me teres ensinado a dizer 'papá' e conhecer o verdadeiro significado e a verdadeira importância desta palavra. Não estou certa ao acreditar naquilo que os outros insistem em me dizer, no intuito de me consolarem: 'O céu é um lugar bonito, vais ver que foi melhor assim'.

Não.

Mas duma coisa eu tenho a certeza : nada, nem ninguém te substitui. Pai é pai, e amor por ti, é algo único. "

Filipa Rodrigues, 15 anos.

...

Em anexo, uma fotografia, tirada pouco tempo antes do meu pai falecer .

( Na fotografia, eu, o meu pai e a minha irmã )

muito obrigada ."

domingo, 17 de maio de 2009

Arménio de Carvalho

“Leandro:

Recebi a tua mensagem com satisfação. Dizias-me que não me lembrava de ti, como é óbvio não é fácil porque são 40 anos sem nos vermos, mas espero reconhecer-vos a todos, principalmente os meus adversários do jogo da lerpa, pelo que geralmente era mais conhecido.

A minha especialidade era de Artilharia pesada. Como vês não era nenhuma brincadeira (mas com isto não tenhas medo…)

E além disso ainda tinha uma especialidade extra , a de jogar à lerpa, mas não fiquei a dever nada ao trabalho!

Termino enviando-te as fotos que me pediste e até ao dia 23 de Maio.

Um abraço

Arménio de Carvalho.”

Victor Manuel da Silva Barros - mais um reencontrado

Amigos! Mais um TMS que fui descobrir! VICTOR MANUEL DA SILVA BARROS Rua 1º. De Dezembro, 6 r/c Dto – Amieirinha 2430-036 MARINHA GRANDE Telm. 916955080 Vai estar presente dia 23! José Costa. .

A TODOS UM ABRAÇO E OPTIMO ALMOÇO

USAVA UM PEQUENO “SEXI-SIMBOL”

DEPENDURANDO NUM FIO DE OIRO QUE TRAZIA AO PESCOÇO

Devidamente munido de papel e lápis, de máquina fotográfica ao ombro, vou ao encontro do TéTé, ex-colega na Robbilac, camarada d’armas e operador de cripto, da companhia operacional em serviço, não só em Tite, mas também em Fulacunda, Jabadá, Nova Sintra, entre outros locais. Com o objectivo, não só, para “matar” saudades, mas também para um pequeno artigo de “flashes” da vida deste companheiro, com vistas à publicação no nosso blog, respondendo também, a muitos de nós, que por ele há anos perguntam.

Pica Sinos …Tenho vestido uma camisa azul e calças brancas, também tenho, agora, o cabelo todo branco…, dizia-me pelo telemóvel o José Miguel, (Tétè, como um grupo restrito da área das transmissões o tratava em Tite), enquanto esperava por mim, na saída da estação, Roma, do comboio que liga a cidade de Lisboa à margem Sul.

Não te preocupes Miguel, quando nos avistarmos, não tenho a menor dúvida de que não haverá enganos! Enfim, só não nos vemos há 40 anos, não é assim tanto tempo caramba, retorqui!

E assim foi! Só a idade, o corpo e o cabelo sofreram alterações. A sua forma de estar viva, despreocupada e sorridente, apresentam a mesma postura do “puto” com quem trabalhei há muitos, muitos anos, naquela terra em África.

Pica …este encontro merece ser especial, vamos almoçar na Cervejaria Ramiro, lá em baixo junto ao Intendente, que no passado, quando pequena casa de pasto, meu pai me mandava comprar o marisco, embalado em pequenas caixas de madeira, hoje, é uma cervejaria/marisqueira das mais famosas de Lisboa, não te preocupes com o resto.

E num ambiente divido por viveiros, azulejos da viúva Lamego e, no prato, marisco variado, acompanhado necessariamente com presunto e cerveja, lá fomos conversando sobre a vida, antes, durante e depois, sobretudo das peripécias que passamos em Tite.

Sou um homem bafejado pela sorte e feliz. Adoro a minha mulher (Bolinhas) companheira de sempre. Tenho 2 filhos que me são muito queridos (um rapaz e uma rapariga) os quais me deram 2 lindos e amorosos netos, (um casal). Trabalho que me farto nas minhas 3 empresas que estão inseridas no ramo da indústria farmacêutica. Não penso reformar-me nos anos mais

próximos, mas não digas à “Bolinhas”, porque é contrário à sua vontade.

Recordarmos velhos e passados tempos. Do gozo que nos deu a construção (com o Justo) do abrigo, em toros de madeira e com terra, entre o telhado de zinco e o tecto falso do Centro de Cripto e da Oficina de Rádio.

Olha Pica, …a exemplo, quando cheguei a Jabadá, disse ao Alferes que queria um abrigo assim no Centro de Cripto, quase meia companhia ficou a trabalhar para mim.

Eh Pica, …lembras-te quando devolvemos as espingardas G3 ao Capitão Paraíso Pinto, dizendo que tais armas estavam fora do contexto da nossa especialidade?

Na verdade o que nós não queríamos era ir à revista das mesmas e com razão não dávamos um tiro com tais armas, logo revista de quê e porquê…?

…EH Miguel e tu recordas quando fui ter contigo a Fulacunda para te entregar material cripto, dois dias antes de embarcar para Lisboa, sem transporte para Tite ou Bissau, já com a Companhia a caminho do Uíge? Valeu-me o teu apoio no transporte de avião para Bissau, já que as LDM(s) que estavam atracadas, só tinham maré dias depois.

…ÓH Pica recordas como triste fiquei quando perdi o meu fio de oiro que tinha dependurado um pequeno “sexi-simbol” dos homens? Sabes o camarada das TMS, que o achou e o guardou durante 10 anos, teve a hombridade de o entregar quando me encontrou. Fiquei impressionadíssimo com tal gesto!

A conversa foi continuando, com a promessa de um novo encontro, com outros mais, lá para o verão deste ano. Este vosso amigo de tanto prazer e satisfação em estar com o Tétè, até se esqueceu da tarefa de o fotografar, mas não em lhe dar um forte abraço na despedida.

Pica Sinos

Viva Pica
Agradeço-te a agradável companhia e o relembrar de algumas interessantes
vivências da nossa juventude. Que memória a tua.
Foi muito bom e fico aguardando uma nova cavaqueira com mais uns finos.
Aqui vão algumas fotos daquele tempo, ou seja de há uns 3 anitos.
Um grande abraço PICA ... obviamente extensivo a ti ... JUSTO.
Um abração
JM