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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Detido fuzileiro suspeito de liderar ataque a "Nino" Vieira 24 NOV 08 às 13:19 Foi detido o fuzileiro suspeito de liderar o ataque de domingo contra o Presidente “Nino” Vieira, anunciou esta segunda-feira em Bissau o comissário-geral adjunto da Polícia de Ordem Pública (POP) da Guiné -Bissau. Já foi detido o sargento N'Tacha Ialá, o fuzileiro da Marinha que tinha sido destacado para o aquartelamento de Canchungo na sequência da alegada tentativa de golpe de Estado de Agosto protagonizada pelo almirante Bubo Na Tchuto, informou o comissário-geral adjunto da Polícia de Ordem Pública, o coronel António N'haga. Na madrugada de domingo, um grupo de militares atacou a residência do Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, mas as forças de segurança do chefe de Estado guineense conseguiram repelir o ataque. Segundo o coronel guineense, foram detidas cinco pessoas que «estão a ser ouvidas para melhor esclarecer as circunstâncias» do ataque. No entanto, há quatro suspeitos que continuam em fuga. O coronel António N'haga afirmou também que as autoridades guineenses «não vão permitir que haja mais problemas desta natureza» na Guiné-Bissau. Apesar da situação na cidade de Bissau estar agora calma, com as pessoas e os veículos a circularem sem restrições, só o perímetro da casa de "Nino" Vieira continua com segurança reforçada, com uma forte presença militar. África Guiné-Bissau Internacional Nino Vieira

Zé Justo

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Guiné-Bissau: "Nino" Vieira pede calma aos guineenses e agradece comunidade internacional 23 de Novembro de 2008, 19:41 O Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo 'Nino' Vieira, perante os acontecimentos desta madrugada, pediu hoje calma aos guineenses, garantindo que tem o controlo da situação, agradeceu a solidariedade da comunidade internacional e felicitou as Forças Armadas. Segundo um comunicado lido, em nome de "Nino" Vieira, pelo porta-voz da Presidência guineense numa rádio de Bissau, o chefe de Estado tem "a situação sob controlo", mas exorta os guineenses a manterem a calma e vigilância, segundo dados da Agência Lusa. No comunicado, 'Nino' Vieira" pede os cidadãos, os partidos políticos e os dirigentes que respeitem a expressão popular exprimida nas urnas" com as recentes eleições legislativas que deram uma maioria qualificada ao antigo partido único, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). O Presidente guineense pediu ainda aos cidadãos que se mantenham "fiéis aos ideais da democracia e da paz, por serem, sublinhou o seu porta-voz, "factores que contribuem para o desenvolvimento" da Guiné-Bissau. À comunidade internacional "em geral e às organizações sub-regionais em particular", o Presidente guineense endereçou "o profundo reconhecimento pelo apoio prestado ao país para a realização das eleições (legislativas) e pela manifestação unânime de solidariedade perante os acontecimentos desta madrugada". "Todos condenaram este acto hediondo que teve lugar este madrugada no nosso país", frisou 'Nino' Vieira. O Presidente guineense dirigiu-se ainda aos cidadãos estrangeiros residentes na Guiné-Bissau, sublinhando que, embora a situação esteja sob controlo, "é preciso reforçar a vigilância". De acordo com o porta-voz da Presidência, "tudo será feito para que os autores material e moral deste acto sejam trazidos à justiça", isto porque, destacou ainda o comunicado lido por Barnabé Gomes, a "paz e a democracia deverão reinar na Guiné-Bissau". O governo da Guiné-Bissau encontra-se reunido numa sessão extraordinária de conselho de ministros, de onde irá sair a sua posição oficial sobre os acontecimentos esta madrugada na capital.

Zé Justo

domingo, 23 de novembro de 2008

UM BOM E SANTO NATAL PARA TODOS

OPERAÇÃO GALO FOI UM FRACASSO

MAS O NATAL FOI CELEBRADO

Lá longe, todos tivemos a oportunidade de presenciar e de ver: o místico pôr-do-sol, o calar da passarada, o breu e o luar ao cair da treva. Mas tenho dúvidas, que essa oportunidade se observasse, para todos, com o nascer dos dias em Tite.

Por força da especialidade que desenvolvia, noite sim, noite não, as horas eram passadas acordadas. Muitas delas, sentado junto á porta do Centro de Cripto, para ver o nascimento dos dias que sucediam.

Não eram menos bonitas, comparativamente com os dias onde era visível o sumptuoso pôr-do-sol, as alvoradas em Tite. A luz era diferente, mas também de uma beleza apaixonante, sobretudo após a época das chuvas, nos meses de Novembro e Dezembro, onde o cacimbo e a escuridão se dissipavam com a aproximação do astro-rei que ao erguer-se lentamente a destruía.

Como era bonito e encantador ouvir o chilrear da passarada ao acordar. Como era “refrescante” e ao mesmo tempo “agitador” o “perfume” do pão a cozer e do café certamente a ferver, que os padeiros e os cozinheiros manipulavam, no edifício do refeitório, desde as seis horas de todas as manhãs.

Como tudo hoje se faz luz da tristeza que senti naquela véspera de Natal de 1967. Pela primeira vez na vida estava impedido de passar o Natal com a minha família.

Como estava triste de não poder observar a iluminação natalícia certamente erguida no Rossio, e as montras eventualmente repletas de brinquedos na minha baixa Lisboeta.

Desanimado, juntei-me a uns quantos (poucos) companheiros de “route” com vista a organizarmos uma festa de Natal sem romper a tradição – peru assado –, já que na noite da consoada, o Comandante do Batalhão, ofereceria, para além do discurso da ocasião, o bacalhau cozido com batatas e couves.

Mas encontrar um peru em Tite ou nos arredores era hipótese à partida frustrada. Ninguém avistara perus. Havia sim, numa das palhotas da tabanca, junto á pista de aviação, um galo português de elegante porte, com crista vermelha e alta, multicolor nas penas, de bico e esporões bem afiados e, quando cantava a anunciar o nascer do Sol, era ouvido por todos aqueles, que como eu, por força das circunstancia estavam acordados, tal não era o seu “folgo”.

Então a “operação” galináceo é posta em marcha, consistindo em distrair a proprietária, uma velha preta, senhora bem forte, que por norma estava sempre de sentinela á pastagem da real ave, sentada num banco corrido, colocado na frente da sua palhota, e apoderarmo-nos do galo, certamente já morto, após paulada bem forte aplicada “no cabeça”.

Assim, dois de nós começaram por espalhar milho uns metros antes do galo em pastagem, procurando que o mesmo se deslocasse em nossa direcção quando na “picagem no milho” disperso. Os outros, assumiram posições estratégicas para barrar, eventualmente, alguém que nos quisesse intersectar na correria da fuga.

No decorrer da “operação”, a preta, ou adivinhou, ou alguém lhe disse das nossas intenções, pois sem esperarmos, desata numa berraria, de vassoura em riste e com ar ameaçador na nossa direcção, dizendo, …”ah bo fora, ah bo fora”… frustrando de todo o nosso propósito.

De todo, ainda procuramos comprar o galo, mas viemos a saber que o galináceo jamais serviria de manjar a quem quer que fosse, a dona tinha-o como animal de estimação.

Resultado:

Sem galo na travessa, mas no dia de Natal, a mesa estava farta com o pouco, que os familiares e amigos nos fizeram chegar.

Assim foi, naquela terra em guerra, a passagem do Natal de 1967

Tenham um bom e Santo Natal.

Pica Sinos

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Diz o Guedes

Só por curiosidade...

Eu acho que esta simpáctica velhota a que te referes, era a lavadeira do Arrabaça, a Marcelina. Devo ter por aí uma foto dela e quando a encontrar vou publicá-la.

Era uma pessoa extremamente simpáctica, mas gritava por tudo e por nada. Tinha um vozeirão forte, ao estilo dos cantores soul americanos e era muito respeitada pelas restantes Mulheres Grandes.

O seu galo foi alvo da cobiça de muita gente.

O Arrabaça saberá melhor que ninguém o destino do garboso animal, mas eu acho que quem finalmente ficou com aquele autêntico galo capão, foi nem mais nem menos a messe dos oficiais, num qualquer petisco restrito.

Abraços.

Leandro Guedes

sábado, 22 de novembro de 2008

Poesia...

Como nem só de tropa vive o homem, aqui vai uma dica importante para quem gosta do género.
""Livraria Poesia Imcompleta
Fernando Pessoa perto do Finalmente?
E centenas de outros poetas em mais de 20 línguas.
É a primeira livraria portuguesa de poesia.
Livros novos, esgotados e raros, no nº11 da rua Cecílio de Sousa,entre o Príncipe Real e a Praça das Flores, em Lisboa.
Larga escolha de edições importadas de Espanha e do Brasil.
Livros, revistas e spoken word.
A Poesia Incompleta estará aberta de segunda a sábado, das 10 às 19h45.
Mário Guerra""

sábado, 15 de novembro de 2008

O MESTRE LUIS FILIPE EM TITE

Tem sido, sobretudo pelas manhãs, bem cedo, que teimo rememorar episódios ou acontecimentos mais marcantes duma vivência circunscrita a um espaço, localizado a 3.500Km de distancia, que tinha cerca de 10.000m2, com terra batida e de cor vermelha, cercado, então, por paliçadas construídas por folhas de lata de bidões e arame farpado.

É sobretudo pelas manhãs, que o meu pensamento está mais “aceso” para ver, quanto não me apercebi das amplitudes de alguns valores que me rodeavam em Tite. Tal era o cerceamento da mente cegada por condições adversas que procuravam, sem o conseguir, destruir os meus verdes anos e certamente a mais cerca de 150 outros jovens, também imberbes, que me rodeavam.

Um desses valores foi o 1º Cabo Rádio-Montador Luís Filipe Ferreira Batista! O Mestre Luís Filipe!

O Mestre Luís Filipe nasceu em Lisboa a 24 de Agosto de 1945. Desde muito novo mostrou-se um apaixonado pela construção de bonecos, pelas marionetas e pelo teatro.

Este profissional autodidacta, na sua vida, foi inteiramente dedicado aos jovens. Ao longo da sua carreira, as representações de teatro com as marionetas, tiveram como palco as ruas, as escolas, as bibliotecas, os bairros, as praias e os jardins, levando pela mão, os cenários e as suas duas filhas, a Carla e a Filipa, que hoje lhe seguem os passos.

Montou e encenou inúmeras peças de autores diversos, que, entre tantas outras, da sua autoria, destaco o “Pom Pom Musical” e “O Circo das Marionetas”, que milhares de crianças tiveram a oportunidade em assistir.

Faz estágio de expressões artísticas, plásticas e teatrais na Inglaterra e na Irlanda. Foi formador qualificado para professores de ensino básico e de educadores de infância, com estatuto superior devidamente reconhecido pelo Conselho Cientifico-Pedagogico de Formação Continua, da Universidade do Minho. O seu historial curricular é enorme.

Em Tite, tanto quanto dava para perceber, a sua dedicação aos miúdos na educação, na transmissão dos saberes e dos valores que lhes procurava incutir, não foi alheia áqueles que de perto mais o rodeavam.

Por vezes, do seu próprio bolso, eram pagos e distribuídos géneros alimentícios, ou assumidos os custos junto dos “alfaiates”, que à porta da tasca do branco Silva, fabricaram os “fardamentos” para as aulas de ginástica que nos seus momentos das folgas ministrava aos seus “alunos” na tabanca.

Com o Luís tenho uma história que me parece por bem contá-la:

Eu, ele, e mais dois ou três camaradas, fomos convidados, pela família, para assistir ao ronco pela morte, de um jovem soldado que servia as nossas tropas. Passadas as horas do dia, já no lusco-fusco, todos regressamos ao quartel. Momentos mais tarde vimos o Luís sair novamente na direcção da tabanca …onde vai o Luís? Vou passar lá a noite, disse …pedi autorização ao Comandante dizendo que assumia os riscos de lá ficar…

E a sorrir… diz… Ele autorizou.

O Mestre Luís deixou-nos fisicamente em Abril de 2008

Bibliografia e fotos da Carla e Filipa

Pica Sinos

O repouso do pequeno Guerreiro...
Yahoo
Zé Justo

domingo, 9 de novembro de 2008

Sobre o Palma... pelo Pica Sinos

O “PALMA” E A BALA TRACEJANTE Manuel Palma, o “Palma” como nós o tratávamos em Tite, foi 1º Cabo de Abastecimento de Material de Guerra. Era à época o responsável pelo depósito/barracão que aquartelava o material bélico, ligeiro e pesado. Também pela existência, distribuição e reposição do mesmo. O “Palma” era talvez o mais “irrequieto” de todos nós. Em todas as “operações para gástricas ou estomacais” que no perímetro do quartel eram desenvolvidas, e que em sede o Blog do Bart 1914 já relatou algumas, era difícil o “Palma” não ser o mentor ou co-responsável das manobras. O “seu” barracão, era também, o local privilegiado para a montagem dos repastos que lhes seguiam, servindo algumas vezes de “casino”. Mas a minha conversa com o “Palma”, no passado dia 6 de Novembro de 2008, num restaurante em Almada, não começou exactamente com o passado em Tite. Este homem, natural da terra que viu Catarina Eufémia viver e morrer quando lutava por pão e trabalho, Baleizoeiro, veio para Lisboa/Moscavide aos 6 anos de idade, filho de operário da Covina, começando por me confidenciar que nos tempos de menino e moço, com 11/12 anos, foi aprendiz de Ourives. De muito que cavaqueámos, recordámos as aulas à noite na Escola Veiga Beirão, com o Bairro Alto por perto. Falámos da sua família, das suas filhas, com principal destaque da Rita com 14 anitos e ainda da reforma que está por perto. Mas já tínhamos praticamente comido o nosso bacalhau à Brás, e despejada uma garrafa de tinto da região do Alentejo, quando começamos, então, a recordar os tempos na Guiné, havendo um momento que por muitos anos que o “Palma” viva, jamais esquecerá e rememorou: … Foi a 19 de Julho de 1967, já estava deitado na cama montada a um dos cantos no barracão, onde trabalhava, quando pela primeira vez somos flagelados... …Na balbúrdia, de espanto e medo, só tive tempo de me deitar no chão, sem antes ter aberto as portas do armazém para facilitar o “sistema self servi” de quem por ele necessitasse, sendo obrigado a assistir ao “bailado” das balas tracejantes de 12 mm, que teimavam em furar o tecto do “meu” barracão… …Uns centímetros acima da almofada onde costumava deitar a cabeça, e pendurar os meus calções, assim como o cinto que normalmente os seguravam, depois da refrega, verifiquei que uma dessas balas os tinham furado, e decerto a cabeça caso não tivesse optado por me deitar no chão…. Pica Sinos
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Festejando o S. Martinho José Malhoa 1907

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A Lenda de São Martinho

"Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante e gelada. S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor.
Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a bênção dum sol quente e miraculoso.
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Será bom lembrar que no dia de São Martinho, 11 de Novembro, faz anos o nosso amigo Arrabaça.Para ele os nossos parabens, votos de muita saude com um grande abraço.
E para todos nós um bom S.Martinho, com broas de mel, castanhas e vinho...
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Provérbios alusivos ao S.Martinho
- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho. - Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro. - Dia de S. Martinho fura o teu pipinho. - Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal. - Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho. - Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho. - Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho. - Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho. - Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano. - Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho. - Pelo S. Martinho semeia favas e vinho. - Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho. - Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.
- A cada Bacorinho, vem seu S. Martinho.
- Não há bacorinho sem seu S. Martinho.
- Pelo S. Martinho todo o mosto é bom vinho.
- Pelo S. Martinho, deixa a água pró moinho.
- Quem bebe no S. Martinho, faz de velho e de menino.
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Estatística dos nossos vídeos... pelo Pica Sinos

Estatística dos nossos vídeos Até 04/11/2008 No Youtube para colocar os vídeos que produzimos, é necessário a respectiva inscrição. Não é possível colocar vídeos, no Youtube, sem denunciar a nossa morada electrónica e concordar com os termos contratuais. Feito isso, podemos aceder a vários dados estatísticos do pessoal que visita, é disso que vos quero dar nota. Desde o principio da colocação dos vídeos: Em 08/10/2008 Costa e Mª da Graça 1ª versão (reduzida) Em 19/10/2008 Costa e Mª da Graça 2ª versão (completa) Em 20/10/2008 A Caldeirada de Peniche Podemos concluir que nos visitaram “cibernautas” dos seguintes países: Portugal, Cabo Verde, Suiça, França, Brasil, Reino Unido e Canadá. O total de exibições foi em número de 499: 324 Versão I do Costa e Mª da Graça 107 Versão II do Costa e Mª da Graça 68 Caldeirada em Peniche Em termos de faixa etária: 13-17 Anos…….12% 18-24 Anos…….5% 25-34 Anos…….9% 35-44 Anos…….10% 45-55 Anos…….0% 55-64 Anos…….59% Mais 65 Anos….5% Correspondendo ao pessoal masculino 97% e apenas 3% ao feminino. A classificação em estrelas: 3 Estrelas na primeira versão do Costa e da Mª da Graça 1 Estrela na segunda versão do Costa de da Mª da Graça E a Caldeirada ainda sem estrelas, mas que estava divinal ninguém tenha dúvidas. Pica Sinos ------------------------------------ Olá Pica Como é que tu conseguiste tanta informação? A tua carola não pára. Sinal da nossa velhice é o facto de constatares que apenas 3% femininas nos visitaram - é o sinal da crise, mas da crise da idade... Se fosse naquele tempo, os valores estariam invertidos, não achas?... Abraços e continua, amigo. Leandro Guedes ----------------------------------------------------------------------------------------------- Amigos Mais uma vez de boca aberta !! Como é que raio sabem as faixas etárias e tudo...olha que esta leva-me a pensar !! Gostava de saber a explicação para isto, será que alguém me "ispílica" ? Quanto a mulheres pouco ligarem, eu acho absolutamente natural...quantos Blogs ou sites femininos é que nós visitamos ??!! Há exceções, e a minha mulher é uma delas, quando há algo na televisão sobre a Guerra do Ultramar, ela própria me chama e interessa-se em ver e comentar comigo. Continua Raulão, e tu amigo Guedes, onde é que meteste a menina ao volante ? ;) :) Brações A propósito do "ispílica" o Badaró lá se finou, coitado. Além do que o vitímou também sofria de Alzheimer. Devido ás várias doenças, num atitude louvável, decidiu doar o corpo à ciência médica. Grande gesto. Zé Justo -------------------------------------------------------------- Raul Pica Sinos disse... Pois é Guedes Não tanto pela idade certamente, mas as mulheres da nossa idade e não só, têm pouca apetência para estas coisas. Estes acontecimentos, ligados à história da guerra colonial, passam-lhe ao lado. Têm outras apetências. Não tenho dúvidas que algumas até nos censuram de passar algum tempo a olhar para as imagens e textos que a Internet nos faculta sobre este e outros assuntos. Mas não ligues, com o tempo vão lá! Em contrapartida compensa a percentagem de jovens que dedicaram até hoje um pouco do seu tempo nos vídeos do Blog Bart1914. Creio que não te passou despercebido que se somarmos as faixas etárias que vão dos 13 anos aos 34 anos são 26%, o que é muito bom e a tendência é para subir.Este sim é que nos devem importar, sobretudo é para estes que são dirigidas as nossas mensagens. Também é importante referir a participação do pessoal a partir dos 55 anos e até aos 64 anos e mais. O montante de 64% é obra! E ainda dizem que os “ginjas” não se adaptaram às novas tecnologias, esta é a prova provada do contrário. Toma lá!!!! Raul Pica Sinos

Uma carta do filho de ANTÓNIO ANDRADE JUNIOR

ANTÓNIO ANDRADE JUNIOR (falecido)

(carta enviada ao nosso amigo José Costa.)

Caros Amigos (espero não me ter esquecido de ninguém), O sentimento de gratidão é imenso perante tanta vontade em ajudar e espiríto de companheirismo. Ver a divulgação nos blogues foi o pico! Tenho recebido fotografias, mapas, informações e tudo em pouco mais de 1 semana! A persistência compensa e os meus amigos apontaram TODOS na direcção certa, nomeadamente os Srs José Martins e António José Costa (perdoem-me não pôr as patentes militares) através da informação da companhia, mapas e fotografias, dado que, após intensa procura, apareceu ontem a caderneta militar (e que anexo). Efectivamente, o meu pai, António Andrade Juniór, esteve na Guiné entre 08 Abril de 1967 (data de embarque) e 03-03-1969 (data de embarque em Bissau). Serviu na CART 1692 e no BART 1914 (Sem Temor!!) - RAL 1. O seu N. Mecanográfico foi 19 01758066 Classe 1966/3.ºt. Nas fotos vi referências a um Nunes Engenharia e a um Espadinha e o Sr António José Costa, também já me identificou alguns dos locais das fotos e, confirma-se assim que serviu com o meu pai. Dado este importante primeiro passo, tomo a liberdade de pedir que me continuem a fazer chegar informação, nomeadamente fotos, filmes, história e episódios da BART 1914 e tudo quanto relaccione o meu pai, nomeadamente dos camaradas que com ele privaram. Em busca das memórias perdidas... dado que, uma árvore de grande porte, sem raízer firmes, torna-se frágil. Sei também que, para mim são memórias não contadas e que pretendo recuperar e que, para os meus amigos, poderão ser aquelas que pretendem manter no "baú". Pelo facto peço desculpa. Por fim, caso este BART ou Companhia, organizem confraternizações, gostaria eventualmente de poder participar em representação do meu pai. Gostaria de conhecer os seus camaradas. Seria uma honra, por representação, pertencer a esta família. Anexo a caderneta do meu pai, penso que ajude. Nutro por todos vós, caros amigos, um sentimento de grande respeito, admiração e amizade. Grato por tudo quanto já me fizeram chegar e que ajuda a conhecer o pai que tão cedo perdi e uma parte muito importante da sua vida. Um grande bem haja. Tudo quanto precisarem da minha parte pessoal ou profissionalmente, fico ao vosso dispor. Atentamente gonçalo andrade