Assinalaram-se hoje os 80 anos da libertação de
Assinalaram-se hoje os 80 anos da libertação de Auschwitz. Os sobreviventes do
campo de concentração nazi disseram que é preciso estar vigilante contra o
ódio.
33⁰ Almoço anual do BART 1914, em 15 de junho de 2024, no restaurante Vianinha Catering, em Santa Marta de Portuzelo. Organizador Daniel Pinto e seu filho Rui Pinto.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
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![.](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrN-kr3AGea9LS2VVQod5p-LTx1Eufmzf7eXMro87zS4HCuZj4bG-7k4nXt4qCvTHp1PEperVTNq-J9bC036mhUpPPaL3bXwcb_1S7vHU1nOise5nG7ncMbMrGt8lfmQidjAUtUTMvuoA/s1600/cabe%25C3%25A7alho+definitivo.png)
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
A libertaçao do campo de concentração de Auschwitz- faz hoje 80 anos
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
O PRIMEIRO TIRO EM TITE 23 JANEIRO DE 1963
Inicio da guerra colonial em Tite, enviado pelo amigo e
companheiro José Costa., há quatro anos atrás, a quem muito agradecemos.
Apesar de parte ser narrado em crioulo, dá para perceber que
há coisas que não condizem com um relato inicial que temos publicado no blog do
bart1914, e que fazem parte dum trabalho do Jornal Expresso. Se ouvirem com
atenção verificam que uma boa parte das legendas em português não estão bem
traduzidas do crioulo. Por outro lado quando no inicio do video se fala do
primeiro ataque a Tite, mostram como fundo uma grande operação militar. Ora
sabe-se por relatos da época que os atacantes tinham uma espingardada por cada
dez elementos e os restantes tinham apenas catanas e varapaus.
Publicamos aqui esse trabalho agradecendo novamente ao
Jornal Expresso e seus Jornalistas e Foto-Jornalistas.
O nosso muito obrigado.
Leandro Guedes.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
23 de Janeiro de 1963, Inicio da guerra Colonial em Tite.
Bart Tite – Guiné
23 DE JANEIRO DE 1963, QUARTEL DE TITE
INICIO DA GUERRA COLONIAL NA GUINE-BISSAU.
É difícil explicar a geografia da Guiné a quem nunca lá
foi. Afinal “aquilo tem o tamanho do Alentejo”. Mas é um engano. Todo o
litoral é uma planície pantanosa que se abre à foz de vários rios. O que
quer dizer que para descer o equivalente a 30 quilómetros em linha reta,
teremos que utilizar um barco ou dar voltas por terra horas sem fim a contornar
a boca de várias entradas de rios. E há o terreno de lama. A vegetação. O
clima tropical. As chuvas. Os mosquitos. No início dos anos 60, a Guiné não
era como as jóias da Coroa: Angola e Moçambique. Para o meio milhão de
autóctones de dezenas de etnias, havia uns meros dois mil portugueses da
Metrópole. Alguns deles militares, espalhados por quartéis nos principais
pontos do país. A zona sul, que faz fronteira com Conacri, terrível em termos
de geografia, e que seria comandada por Nino Vieira, iria ser o ponto de
partida da guerra na Guiné. Tite, um quartel da tropa portuguesa, foi
escolhido para a primeira investida noturna do PAIGC. É conhecido por ser o
local do primeiro tiro. E ainda se comemora como tal. É uma data.
O quartel português de Tite ainda lá está. Mas em
escombros. Restam as paredes e como sempre o mato vem reclamar o que lhe
pertence. Ainda foi ocupado pela tropa guineense, mas abandonado em 1994. A
poucos metros, impassível, está um poilão, uma magnífica árvore sagrada
com dezenas de metros de altura. À sua sombra, os velhos. E, com eles, a
memória. Logo ali dois que lutaram no exército português. Pedro Ussumani, 66
anos; e Brema Jasse, 73. Foram tropa feijão-verde. Brema, aliás, passou de soldado
‘tuga’ a coordenador do PAIGC, e fala desses tempos com cumplicidades e
risadas. “Querem um terrorista? Vamos a casa do grande bazuqueiro”, e lá
caminhamos umas dezenas de metros até à casa de Braine Sane, 63 anos, o tal
artista da bazuca. Tudo amigo. “Fomos soldados, não há rancores”, diz.
Ussumani vai adiantando “que depois das descolonizações
há sempre uns exageros”. Mas a questão não era entre guineenses, era da
política de Salazar. Gostava de acabar nesta frase. Não posso. Da mesma
maneira que entre os jovens não há grande ligação com o poder colonial, há
um saudosismo verbalizado sem medo na geração mais velha. Até em combatentes
da libertação. Um cansaço da instabilidade. Da destruição. Da pobreza.
Mais do que do resto. O que confunde. E ouve-se isto. “Se era para ficar assim,
sem nada, com este braço sem força devido aos estilhaços, não tinha ido
combater”, diz o bazuqueiro do PAIGC.
E o tal primeiro tiro, como foi? O homem que o deu morreu
há poucos meses. E eis que chega à sombra do poilão Pape Dabo, 89 anos, um
homem pequenino. Não sabe de ouvir dizer. Esteve presente no ataque de 23 de
janeiro de 1963 e participou nas reuniões que decidiram a operação no
quartel de Tite. Tiro? Não foi tiro. “Só tínhamos dez armas e a sentinela
estava a dormir e, quando avançámos pela porta do quartel, matámos o homem
com um canhaco.” Canhaco? É uma lança que se põe num arco. Mas foi com a
mão. Perfurou-lhe o pescoço.
Ussumani vai adiantando “que depois das descolonizações
há sempre uns exageros”. Mas a questão não era entre guineenses, era da
política de Salazar. Gostava de acabar nesta frase. Não posso. Da mesma
maneira que entre os jovens não há grande ligação com o poder colonial, há
um saudosismo verbalizado sem medo na geração mais velha. Até em combatentes
da libertação. Um cansaço da instabilidade. Da destruição. Da pobreza.
Mais do que do resto. O que confunde. E ouve-se isto. “Se era para ficar assim,
sem nada, com este braço sem força devido aos estilhaços, não tinha ido
combater”, diz o bazuqueiro do PAIGC.
Mas voltemos um pouco atrás. Pape Dabo conta a história do
ataque como já a terá repetido centenas de vezes. Não permite
interrupções. Ele é o narrador e o dono da versão. Começa com ele e o
irmão no quartel, a trabalharem como padeiros dos portugueses, e termina
depois do ataque com ele a voltar a ser reconhecido pelos militares portugueses
como um “dos bons” e, assim, a poder espiar. Pelo meio, o ataque: divididos em
quatro grupos, só o primeiro entra no quartel; os portugueses acordam; os tiros;
as mortes do lado dos ‘tugas’ terroristas (“terroristas eram vocês do PAIGC”,
diz Pedro); depois, teve que voltar no outro dia, foi obrigado a ver os
cadáver dos companheiros mortos e ter de fingir que não os conhecia. E
recorda ainda quando o comandante alinhou a população na praça em frente ao
quartel e disse:
“A guerra começou.”
A guerra colonial na Guiné, começou em Tite há sessenta e dois anosanos.
Nesta foto tirada há
poucos anos, estão alguns guerrilheiros que fizeram parte do primeiro ataque a
Tite e que marca o inicio da Guerra colonial na Guiné - 23 de Janeiro de 1963.
"N o dia 23 de Janeiro de 1963, teve início a luta
armada na Guiné. Neste dia o PAIGC - Partido Africano para a Independência da
Guiné e Cabo Verde, fundado por Amílcar Cabral, através de um grupo de
combatentes sob o comando de Arafam Mané (N'Djamba), atacou o quartel de Tite.
A Guerra do Ultramar, começava na Guiné.
As várias equipas preparadas para atacar o quartel partiram
de uma aldeia próxima de Nova Sintra. Reuniram-se numa mata próxima de Tite
muito cedo, de manhã, à espera da hora para atacar. Havia apenas uma arma por
cada dez homens, estando os outros combatentes armados com catanas e paus. O
ataque iniciou-se apenas à uma hora da madrugada.
No rescaldo do ataque os combatentes do PAIGC tiveram dois
mortos e dois feridos.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Parabéns António Vilão
O nosso amigo António Vilão, completou hoje dia 16 de Janeiro, mais um aniversário.
Desejo que estejas bem companheiro.
Que contes muitos mais anos companheiro, com saúde, junto
dos teus familiares e amigos.
MUITOS PARABÉNS
Abraço.
Leandro Guedes.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
Parabéns Joaquim Agostinho Fernandes
O nosso companheiro Joaquim Agostinho Fernandes , do pelotão de Morteiros, completa hoje mais um aniversário.
Muitos parabéns amigo, que contes muitos com saúde e bem
estar junto dos teus familiares e amigos.
Um forte abraço.
Leandro Guedes.
O Natal - de João Caldeira Heitor
De João Caldeira Heitor:
“O Natal é um período em que algum dos valores mais nobres
da essência humana são recordados e relançados para o íntimo de cada pessoa.
O convívio das famílias (livres de dogmas e repletas de
imperfeições terrenas) consubstancia a relação mais pura e próxima que, ano
após ano, mesmo entre distâncias e proximidades geográficas, se valorizam os
momentos que a vida lhes proporciona.
Vivemos um período em que a guerra na Ucrânia ou no Médio
Oriente leva a que milhões chorem a dor da perda e do sofrimento. Ao mesmo
tempo que outros (que têm a sorte de viver num país com paz, segurança) trocam
prendas e participam em festas.
O tempo de valorizar o melhor que temos e podemos dar,
sempre foi, é e continuará a ser uma atitude inteligente só ao alcance de
homens e mulheres livres, de bons costumes.
Que a luz e a clarividência nos permitam ver sempre mais
além, no tempo e no espaço, em cada ação que tomanos em mãos
A acompanhar esta reflexão deixo uma fotografia de um amor
perfeito: que tem tanto de perfeito, como de imperfeito e mesmo assim não deixa
de ser uma flor tão sensível... tal como o Homem...”
De João Caldeira Heitor.
Parabéns Joaquim Henriques (Jaké)
O nosso amigo de Peniche, o Joaquim Henriques, completa hoje mais um aniversário.
Muitos Parabéns amigo, que contes muitos com saúde, junto
dos teus familiares.
Um grande abraço.
Leandro Guedes.