34º almoço em 2025 - Figueira da Foz - Quinta da Salmanha.
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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Petição - Lisboa é das pessoas, mais contentores, não!"
Procurando amigos de seu pai...
A cólera na Guiné-Bissau.
domingo, 26 de outubro de 2008
NAS ORIGENS DO JORDÃO
A HISTÓRIA QUE EU NÃO CONTEI
Sábado, 25 de Outubro de 2008, passo pelo Chiado, em Lisboa, vou ao encontro do meu amigo, antigo camarada d’armas e operador de rádio e telefone – o Matos.
Já na Rua do Duque, bem pequena, que teima a ter algumas janelas floridas, vaidosa e reclamada por três freguesias, mesmo na esquina com o Beco da Ricarda, um homem, mais ou menos da minha altura, franzino, de aspecto muito humilde, ligeiramente curvado, com barba curta e branca, os cabelos já grisalhos, passeava um velho cão (Cocker), quando lhe pergunto:...sábado, 25 de outubro de 2008
Falando do Zé Justo... pelo Pica Sinos
Sim era aqui, num dos lanços da Calçada do Duque que colocava o cavalete, o banco, e retratava o que a vista “abraçasse”.
Se eu fosse pintor,
Sim era aqui, pelo o acordar da cidade, que pintava o chapar do sol a “cair” pelos telhados das casas que se avistam, do Rossio até à Encosta do Castelo.
Se eu fosse pintor,
Pintava aquela soberba escadaria que viu o meu amigo brincar. No meu imaginário, ainda pintava, uma varina de canastra à cabeça, perseguida por um desassossegado gato na esperança, depois da escama, de lhe ser “oferecida” alguma guelra de peixe.
Esta calçada, com o cognome de Escadinhas, ”banhada” pelas ruas da Condessa, da Oliveira ao Carmo e do Duque, esta com um “afluente”, o Beco da Ricarda, rica em história, viu o meu amigo crescer e brincar com muitas outras criança da sua idade.
Se eu fosse pintor,
Construía um quadro bem colorido, com o teu Largo do Carmo, a fachada da tua Escola primária nº 73, os pardais que viste bicar na água que jorrava do chafariz, no meu imaginário, ainda pintava, um jogo do “bilas” qualquer, com os “putos” que davam pelo nome de Jordão e Carrola, e de alcunha o Pinga e o Sapo, entre outros.
Mas tu sabes que não sou pintor! Sinto muita pena de não poder oferecer, ao amigo, um destes quadros, que no meu imaginário, figuras como protagonista quando menino e moço.
Sim estou a falar de ti, José Manuel Jordão Justo!
Estou a “falar” do Homem que nasceu a 28 de Setembro de 1945, e comigo partilhou, vinte anos depois, durante dois anos, em terra hostil, parte das suas alegrias, dos seus medos, choros e esperanças.
Sim estou a falar de ti. Estou a falar do Homem que não abraço há muitos anos, e dizer quanto te admiro pelos teus quadros a óleo pela tua arte em exposição permanente.
Meu bom amigo…Aquele abraço
Raul Pica Sinos
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Dos poucos lenitivos que tinhamos, a música era sem dúvida um dos principais.
O primeiro "cantante" da minha vida, e alguns dos primeiros discos enviados pela família e amigos, logo que dei a notícia da aquisição.
O giradiscos que também tinha rádio, fechava com as duas colunas, ficando uma mala.
Foi comprado na cantina do Batalhão.
Zé Justo
Matacanha
Sinônimos
Batata, bicho, bichô, bicho-de-cachorro, bicho-de-porco, bicho-do-pé, bicho-do-porco, bitacaia, chique, chitacaia, dengoso, espinho-de-bananeira, esporão, jatecuba, matacanha (Guiné, Angola e Moçambique), moranga, nígua, olho-branco, olho-de-pinto, piolho-de-faraó, pitxoca/pitxoka, pulga-da-areia, pulga-de-bicho, pulga-do-porco, pulga-penetrante, sico, taçura, taçuru, tatarné, tuçuru, tunga, tunguaçu, vitacaia, xiquexique, xíquia, zunga, zunge, zunja.
Wikipedia
Zé Justo
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco quinta-feira, 23 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
12.000 visitas
O BART 1914 AGRADECE A VOSSA VISITA
QUE MUITOS MIL SEJAMOS A NÃO ESQUECER
Neste dia 20 de Outubro de 2008, analiso o gráfico das visitas ao nosso Blog e constato que se registaram, (d
esde a construção, Janeiro de 2008, pelo ex-Furriel Leandro Guedes), dos mais variados pontos do Mundo, 12.000 visitantes!
Foram em média mais de 1.200 por mês, a mostraram interesse para ficarem mais e melhor informados e esclarecidos do que foram os horrendos anos de guerra colonial.
Os meus antigos camaradas d’armas, ao participarem com temas escritos, fotográficos e ainda só que seja em visitas, nesta modesta iniciativa da comunicação, fizeram-no, estou certo, com o intuito de “avisar” os jovens descendes e não só, as muitas situações de mágoas e das adversidades que lhes foram impostas numa terra com um pouco mais de 36 mil Km2.
É certo que também sorriamos, que partilhávamos brincadeiras, que fazíamos em ocasiões, com o que podíamos e com os que nos chegava da família, as nossas refeições melhoradas, mas a maior parte das horas, dos dias, dos meses, eram de choro e de dor ao relembrar, naquela terra que nos era a todos estranha, da família, das mães, dos pais, dos irmãos, das esposas, dos filhos e dos amigos de quem abruptamente e estupidamente fomos, nos verdes anos, separados.
Sobretudo repetir aos jovens, que a existência do Blog 1914, visou e visa especialmente um “grito” de alerta …NÃO À GUERRA!…
Nunca é tarde para lembrar que durante 13 anos de combates, nas chamadas colónias ultramarinas, só para a Guiné-Bissau foram mobilizados 32.000 mil jovens dos quais foram “ceifadas” cerca de 2.070 vidas, e não sei quantos mil estropiados físico e mentalmente.
Não nos esqueçamos nunca, dos 8.282 jovens europeus e, de outros tantos milhares de africanos que morreram em todas as frentes das batalhas.
domingo, 19 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Todos os que estivemos na Guiné, e passamos o que passamos, sempre recordaremos os que por maior infelicidade ainda, foram mais sacrificados que nós.
Recordo os terríficos nomes de Guilége, Madina do Boé, Gadamael, ilha do Como e muitos outros que com pena, já não recordo.
Tite não fugia á regra, e sempre que havia ataque ao nosso quartel, em Bissau, vinham para junto do porto ver e ouvir os clarões e estrondos dos rebentamento
s das granadas de morteiro e canhão sem recuo.
Eu próprio assisti a esse macabro ritual quando estive a estagiar no QG de Bissau, e tenho que admitir que, mau grado as nefastas e dolorosas consequências, era "espectacular", principalmente quando o vento estava a favor.
É muito difícil arranjar uma bitola para o sofrimento.
Cada um tem os seus próprios sentimentos, sensibilidades e maneira própria de sentir a dor, mas na realidade em toda a Guiné estes nomes e as tropas que neles tinham servido, eram merecedoras do muito respeito de todos.
Zé Justo
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(...) A queda de Guilege a 22/05/1973, na sequência da operação "Amilcar Cabral" é um acontecimento importante, porque Guilege não era um quartel qualquer, era ai que estava instalado o comando operacional da zona, o COP5, era um quartel bem fortificado, e estava preparado para responder ao fogo de artilharia pesada do inimigo.
Estes aquartelamentos junto à fronteira, tinham como objectivo ser a primeira linha de contenção das infiltrações do inimigo, e serviam de apoio ao lançamento de operações, muitas vezes realizadas por tropas especiais.
O crescente poderio do PAIGC nas zonas de fronteira, acabou por fazer com que algumas guarnições limitassem as suas acções ficando praticamente confinadas aos aquartelamentos, e fossem alvos de
frequentes flagelações
O facto de ter sido abatido um avião Fiat G-91 em 25/03/1973 com um míssil Strella, criou grandes limitações no que se refere ao apoio aéreo, pois para além de não se poder contar com os Fiats nos momentos críticos, o mais grave era não se poder contar com os hélis para fazerem as evacuações, isto significava ver um camarada ferido morrer, sem se poder fazer nada para o salvar, o que era altamente desmoralizador. (...)
Texto de Carlos Fortunato
http://destaques.com.sapo.pt/GuineGuilege.html
Google
JJ edição fotos
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Resultado, o comandante deu ordem para formatura geral, e lá tivemos que aguentar um tempão até receber as “tão desejadas ofertas”.
O meu mini album, até teve serventia...tínhamos comprado a bordo do Uige a um tripulante-fotógrafo-negociante, uma colecção de fotos “atrevidas” e lá as arquivei no albunzinho que corria de mão em mão pelo quartel de Tite.
Zemba, Angola, 1974
Visita da Presidente do Movimento Macional Feminino
Drª. Cecília Supico Pinto
O Movimento Nacional Feminino (MNF) foi criado no dia 28 de Abril de 1961pela Drª Cecília Supico Pinto, mais conhecida nos meios militares por "Cilinha".
Tratava-se de um movimento patriótico de mulheres, que se dedicaram ao apoio moral e, tanto quanto possível, material dos militares que prestavam serviço no Ultramar. Para além de outras iniciativas, foi este Movimento que criou os célebres e populares aerogramas. Baratos e por vezes grátis, sem precisarem de selo nem de sobrescrito, tiveram uma larga aderência de militares e famílias como forma prática e rápida de trocarem correspondência postal. Nesta foto pode ver-se o autor deste Blogue a falar com a Cilinha e que aproveitou o ensejo para fazer uma reclamação. É que a bola que ela lhe oferecera em Moçambique em 1966 tinha rebentado ao encher... Verdade! gentileza in Blog Fernando Vouga
















