Mais uma equipa de futebol em Tite:
De pé -parece ser o Ramos furriel, o Contige, Oliveiros Pinto, Chapas, e o Sangalhos.
Em baixo: o
Jorge, Armando Águas. Quem souber o nome dos restantes, agradeço a ajuda.
34º almoço em 2025 - Figueira da Foz - Quinta da Salmanha.
“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”
(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).
-
"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"
(José Justo)
-
“Ninguém desce vivo duma cruz!...”
"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"
António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente
referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar
-
“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”
Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.
---
"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."
Não
voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui
estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.
Ponte de Lima, Monumento aos Heróis
da Guerra do Ultramar
Mais uma equipa de futebol em Tite:
De pé -parece ser o Ramos furriel, o Contige, Oliveiros Pinto, Chapas, e o Sangalhos.
Em baixo: o
Jorge, Armando Águas. Quem souber o nome dos restantes, agradeço a ajuda.
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
(Poema de António Gedeão)
Um pequeno grupo do BART 1914, participou no almoço da MagníficaTabanca da Linha, que teve lugar em Algés no restaurante Caravela Dourada.
Estiveram presentes:
Cap Paraiso Pinto
Af Fernando Alves
Manuel Palma
Estes almoços são efetuados com alguma periodicidade e o
nosso Chefe é presença assídua.
O almoço-convívio é da Magnífica Tabanca da Linha.
A Tabanca Grande é apenas.... mãe de todas as tabancas, de Norte a Sul, ilhas atlânticas da Madeira e Açores e ainda... da Diáspora Lusófona.
Tenho pena de ter falhado esse convívio por razões de agenda... Já pedi desculpa ao régulo, Manuel Resende.
Luis Graça".
" Parabéns aos fundadores do Bart Tite - Guiné onde se celebra e fortalece a amizade entre aqueles a quem foi roubada parte da sua juventude e a quantos custou a vida na fratricida guerra ultramarina . Aos camaradas presentes um grande ,muito grande abraço. Aos que já partiram descansem em paz .
Carlos Azevedo."
Bart Tite - Guiné
Obrigado Carlos Azevedo.
Acabamos de ultrapassar um milhão de visitas no blog,
fundado em janeiro de 2008.
Agradecemos reconhecidos a todos os amigos, companheiros, familiares e visitantes a simpatia dos seus comentários, dos seus "gostos", das suas visitas.
PARABÉNS PARA TODOS OS AINDA VIVOS, E A NOSSA HOMENAGEM AOS
JÁ FALECIDOS.,
Um forte abraço.
Leandro Guedes
Já foi há dez anos que partiu o nosso saudoso amigo José
Arrabaça - Nunca esquecido!
Ao Gonçalo e sua Mãe D. Milu, o nosso abraço solidário.
A tua Paz companheiro!
Bart Tite - Guiné
Um pequeno grupo de amigos, reuniu-se hoje para uma
sardinhada em Peniche, terra do Joaquim Henriques. do Jacinto Borges e do Tito
Caetano.
Estiveram presentes Cap Paraiso Pinto e Esposa, Joaquim
Henriques, Tito Caetano, Jacinto Borges e Leandro Guedes. Muito obrigado aos
anfitriões "amigos de Peniche".
Leandro Guedes
Espero que o António Cavaleiro não leve a mal, mas não resisto a publicar um desenho que o saudoso Moniz Ribeiro lhe ofereceu, ainda em Tite, do qual tenho esta cópia.
Abraço amigo.
Leandro Guedes
Texto de Nunes Forte, sobre o MONIZ Moniz Ribeiro, FALECIDO DI 8 DE OUTUBRO.. Obrigado pela partilha. "·
·
"Faleceu
MONIZ RIBEIRO
8 de outubro de 2025
Faleceu hoje Moniz Ribeiro nascido em 28 de abril de 1944,
cenógrafo e artista plástico cuja obra atravessou décadas de criação teatral e
televisiva.
Estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa,
formação que lhe deu as bases técnicas e sensíveis para uma carreira de
profundo rigor estético. Frequentou também a Escola de Artes Decorativas
António Arroio, onde deu os primeiros passos no universo artístico que viria a
marcar profundamente.
Figura discreta, mas incontornável dos bastidores, Moniz
Ribeiro tornou-se uma referência para quem, no teatro, reconhece o valor da
cenografia como parte essencial da linguagem cénica.
Trabalhou com, entre outros, Mário Alberto e Pinto de
Campos.
Com talento imaginativo e domínio técnico excecional, marcou
presença em inúmeras produções, sobretudo no Teatro Maria Vitória, onde o seu
nome se tornou sinónimo de rigor, criatividade e poesia visual.
Foi nesse palco histórico da revista à portuguesa que mais
se destacou, assinando maquetas, cenários e direções de montagem que encantaram
públicos e inspiraram colegas.
A sua ligação à casa foi tal que lhe foi atribuída por
Helder Freire Costa a distinção “Máscaras de Ouro”, e no interior do teatro
permanece, até hoje, uma poltrona com o seu nome, homenagem simbólica à sua
dedicação e legado.
Nos anos 1980 e 1990, Moniz Ribeiro esteve envolvido em
algumas das mais memoráveis revistas musicais portuguesas, integrando equipas
criativas de espetáculos como Isto é Maria Vitória! e Não Batam Mais no
Zezinho!.
Mais tarde, em 2000, o seu nome figurou entre os cenógrafos
da produção Tem a Palavra a Revista, ao lado de outros grandes nomes do meio
artístico nacional.
Embora não procurasse protagonismo, era amplamente
respeitado pelos profissionais com quem trabalhou, um verdadeiro “construtor de
mundos” que aliava técnica, sensibilidade estética e paixão pelo espetáculo.
A arte de Moniz Ribeiro ultrapassava os limites da
cenografia tradicional. Era uma extensão da narrativa, uma forma de pintar
emoções e atmosferas com telas, luzes e estruturas que davam corpo ao espírito
satírico, popular e lúdico da revista portuguesa.
Nos bastidores, era conhecido pelo perfeccionismo, pela
generosidade criativa e por uma imaginação que parecia inesgotável.
Na televisão, aplicou o mesmo rigor e visão, adaptando o seu
olhar artístico às exigências técnicas do ecrã. Trabalhou em vários formatos
onde o engenho visual era essencial, sempre fiel ao seu princípio de que a
cenografia deve servir a história sem nunca se sobrepor.
O falecimento de Moniz Ribeiro, ocorrido hoje de forma
inesperada, deixou um vazio no coração da comunidade artística.
Em nota de pesar, o Teatro Maria Vitória evocou a sua
“enorme imaginação” e o “talento artístico e profissional” que colocava ao
serviço das artes com generosidade e paixão.
A herança de Moniz Ribeiro vive na memória dos que com ele
partilharam os recantos dos teatros e estúdios onde trabalhou.
Vive nas cores que pintou, nas estruturas que ergueu, nos
risos e aplausos que ainda ecoam entre as cortinas.
A sua obra é a prova de que a verdadeira arte, feita com
devoção, nunca desaparece.
Que descanse em paz.
Nunes Forte"
Companheiros.
Ligou-me há
pouco o Raul Soares a informar que faleceu o nosso amigo Moniz Ribeiro , que
foi furriel da CART 1743, em Tite.
É com
profundo pesar que vos damos esta noticia triste.
O Moniz
assentou praça comigo nas Caldas da Rainha, na mesma Companhia, juntamente com
o Serafim, o Carlos Miguel e o Daniel de Sousa.
Não sabemos
pormenores, os quais divulgaremos logo que tenhamos conhecimento.
À família
enlutada e a todos os companheiros da CART 1743, expressamos as nossas mais
sentidas condolências.
Que a tua
Alma descanse em Paz companheiro.
Não é nosso habito darmos noticias sobre Herois ex-Combatentes, que nao sejam da Guiné, mais propriamente de Tite e respetivo Sector de Quinara.
Mas este assunto, o do abandono de Herois mortos em combate, é
algo que nos revolta a todos e que não pode ficar em claro.
Registamos aqui uma noticia publicada por Pedro Tinoco DE
Faria a quem muito agradecemos.
Resulta duma situação vivida por este Senhor, numa viagem feita
a Angola.
Muito obrigado.
Leandro Guedes:
---
"Herois lá ao
longe. Angola.
Ninguem os vê, ninguem sabe quem são desconhecidos por
cuidarem.dos esquecidos, esquecidos
porque serão eternos
desconhecidos....o calor massacrante , o suor colado aos seus corpos, o
som.cadenciado da picareta na ansia de chegar ao soldado que horizontalmente
jaz, já terra, já nada, foii em tempo tudo para alguem, hoje
poʻ, terra, vertigem , azul...horizonte.
Encontro os dois nas
minhas viagens para luanda, o Coronel Carlos Batalha da Silva e o Sargento Mor
Rui Gomes, ja exumaram cerca 500 corpos
de Soldados Portugueses em Angola, nos mais reconditos abandonos de terras
distantes, de um Portugal antigo que por lá deixou os que deram.de si o
impossivel de oferecer por futeis razoes e imorais causas....a vida das guerras
justas.
Os restos mortais são registados e enviados para cemitérios com
talhoes militares portugueses.
Tenho uma grande estima por herois lá ao longe, não
precisam de pandeiretas e chás dançantes e vãos salamaleques....servem os vivos e os mortos,
acordam a historia , fazem me sentir admiração
e respeito pela dignidade da discrição e a nobreza da humildade e o
silêncio da memória
Obrigado meu Coronel
Batalha da Silva e Sarg. Mor Rui Gomes por defenderem a memoria
colectiva e tudo farei para tornar a vossa nobre Missão da Liga dos Combatentes mais visivel e
reconhecida.
Nem todos têm a virtude de serem herois lá ao longe."
O nosso companheiro Alberto Camelo, completa hoje mais um aniversario.
Fazemos votos para que contes muitos mais, com saúde e bem
estar, junto dos teus familiares e amigos.
Que tenhas um excelente dia de aniversário.
Muitos Parabéns amigo.
Um grande abraço.
Leandro Guedes.
Museu Guerra Colonial
𝐄𝐱𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫á𝐫𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐌𝐆𝐂
𝐏𝐮𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚çõ𝐞𝐬
𝐋𝐢𝐭𝐞𝐫á𝐫𝐢𝐚𝐬
𝐝𝐨𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐛𝐚𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬
𝐧𝐚 𝐆𝐮𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐂𝐨𝐥𝐨𝐧𝐢𝐚𝐥
A
permanência prolongada na guerra, na juventude, fora da sua terra, num outro
ambiente e ainda por cima de guerra leva a que os intervenientes, entre outras
formas de manifestação escrita, façam registos autobiográficos. Normalmente,
este tipo de literatura, demora muitos anos para que ela seja assumida de forma
pública. Se um diário é publicado durante a vida do autor, é sempre uma ocasião
de revelação e a publicação de um diário da guerra colonial é-o ainda mais
devido ao carácter encoberto que sempre tem envolvido a vida pública
portuguesa. Como foi anteriormente referido, foram publicados vários romances
sobre esta guerra, mas quase sempre foi desmotivada a publicação. Este tipo de
registos proporcionariam a discussão das várias abordagens da guerra colonial
em si, bem como, percecionavam as experiências, as vivências diárias, os
sentimentos, o medo, a saudade, a solidariedade, a morte, a fome, a sede, o
desejo, a revolta, a coragem, o sacrifício e o registo real das ocorrências
diárias da permanência na guerra de milhares de jovens portugueses que nela
participaram, quer ainda das repercussões dessas experiências, muitas delas
traumáticas, para a sociedade portuguesa.
Todas as publicações, romance, ficção, poesia ou outra têm como teia
literária os registos autobiográficos e nunca foi dissimulado. Rui de Azevedo
Teixeira, nas suas publicações e nos seus estudos sobre a Guerra Colonial,
afirma que as obras publicadas pelos vários autores, contêm evidentes registos
autobiográficos e vivenciados pelos autores (A tentação autobiográfica, p.p
301–304), afirmando que “se distancia de assumir a experiência de guerra como
condição para a escrita sobre a guerra.”.
Estes diários da guerra mostram a operacionalidade da guerra, embora
apresentados de maneira muito pessoal com alguns aspetos de ficção. No entanto,
são diários próprios e autobiográficos, de guerra, pessoais, de memórias com
círculos completos de datas ou incompletos, apresentando, por tal, a
reconstrução mais ou menos cronológica de acontecimentos vividos.
O
Museu da Guerra Colonial contém no seu espólio vários diários de guerra,
cedidos por antigos combatentes que se distinguem na organização, na
metodologia, no conteúdo, notando-se alguns laivos de ficção, levando a que
classificássemos estes escritos autobiográficos em quatro grupos distintos: Os
Diários de Companhia, Os Diários pessoais, Os de Capelães e os Diários atípicos
(revolta contra o pré-determinado pelas estruturas).