Venho remoendo, com os meus botões, se teria atingido, já, a blogopausa, privando-vos, se afirmativo, de vez e para vosso sossego, desta panca de fazer a festa, atirar foguetes e apanhar as canas, panca de que, francamente, nem sei a proveniência.
Não, senhor. O n/blog é e será, para mim, trampalazana bairrista incorrigível, sempre o melhor. De tão bairrista que até a acharangada banda de música da minha parvónia é, e sempre será, a melhor, nem que só com o bombo a tocar ! . . .
Há justificação plausível para a minha abstinência.
Entre outras e arejando as meninges . . .
Embirrei, solenemente, com aquele curso de inglês. Nem lá fui, nem fiz minga.
A cremalheira postiça impedia-me de pronunciar os vocábulos “britishs” complicados e para o que é preciso firmar a língua nos dentes, perdigotando professor e compinchas.
Desisti e ponto final.
Vai daí, filei-me, agora, nessa das novas oportunidades, que, vivamente, recomendo, também. Isto porque, informando-me, é vantajoso e acessível.
E livre à peanha, como nas nossas primeiras letras, de apanharmos do professor, com pena agravada, também em casa [se o rubor nas mãos ou o olho à belenenses não fosse atribuído ao estropeção no gamanço da fruta do vizinho], da mãezinha ou paizinho, ou até de ambos, aquelas pulinheiras ou cargas de lenha de três em pipa, que nos punham finos como coriscos.
Vejam as equivalências:
Sabendo escrever o nome, =6º ano; nome e data, =9º ano; um SMS, mesmo que se escreva bué, k , xego, impek, etc., =12º ano.
Se um texto, mais ou menos escorreito, embora com pontos e vírgulas, “ó calha”, como é o meu caso, matrícula segura num desses cursos abolonhados, no final dos quais e cumpridas umas sessões de amena cavaqueira com outros frustrados, temos direito a cheques, com o dr. a preceder o nome e a usar gravata na missinha e outras “socieligthices” da ordem, para amenizar a frustração que vai corroendo o ego.
“Facélimo”, não acham? Ou, literalmente, siderados, como, a princípio, fiquei?
Já estou, como diz o nosso santo antoninho do Fialho [que, entre dentes, me invectivou com a ameaça velada de que ainda me há-de ver com duas pulseirinhas, por que providenciou até, uma no braço, outra na perna]:
“Vergonha, vergonha, é urinar na cama e dizer à mulher que é suado”.
Hipólito
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Grande e Amigo Guedes
Tendo em conta o que o escrito me despertou e sobretudo a alteração gramatical ao titulo do texto publicado no blog – Vergonha, Vergonha é mijar na cama e dizer à mulher que é suado –venho à estampa para colocar o seguinte:
Segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (antes do acordo outorgrafico)
Mijar, quer dizer: lançar, expelir urina da uretra; Mijação, quer dizer: acção de mijar. Mijada, quer dizer: mijar toda a urina produzida de uma vez pela micção. Mijadela, quer dizer: mancha feita na roupa pela urina. Mijado, quer dizer: que ou se mijou, urinado, sujo com urina. Mijadouro, quer dizer: lugar onde se urina, urinol, mictório. Mijão, quer dizer: que se urina na cama ou por si abaixo. Mijinha, quer dizer: mija pequena. Mijona, quer dizer: forma feminina de mijão.
Nem pareces ser natural do Porto..carago!
Pica Sinos
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Esta engraçada chamada de atenção do Pica vem a propósito de eu ter mudado a palavra inicial do Hipólito - mijar - pela palavra urinar.
Peço desculpa ao autor, ao revisor e aos leitores, mas já me fartei de rir à conta de tudo isto.
Abraços.
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2 comentários:
Há quinze dias que não havia co-editor que deitasse as garras de fora. E vai daí, aparece o nosso amigo Hipólito não sei se de Baltar ou se da Fuzeta, com mais uma das suas belas crónicas. Já tinhamos saudades dos teus escritos.
Abraços companheiro.
Esta das equivalências para o acesso a essa tal "coisa" denominada NOVAS OPORTUNIDADES, fez-me rir a bandeiras despregadas.....está o máximo !!!!
Não restam quaisquer dúvidas que se enveredou, de uma tal maneira, pelo facilitismo, que já não deve haver quem consiga parar esta corrida desenfreada para a mediocridade....,não obstante, pontualmente e em casos isolados, aparecer alguém com bom senso, que se manifesta contra algumas das aberrações deste género, como foi o caso recente do Bastonário da Ordem dos Advogados que, salvo o erro nos últimos exames para acesso à referida Ordem, chumbou todos os licenciados em direito que se apresentaram com os tais cursos "abolonhados" de apenas 4 anos, tendo publicamente assumido, com toda a frontalidade, essa sua atitude.
Sim, porque isto agora de tirar uma licenciatura em 4 anos e nalguns casos até, em apenas 3, é de bradar aos céus...
Mas os nossos governantes é que sabem para ondem querem orientar a cultura e o sistema educativo do nosso País....
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