terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vergonha, vergonha, é urinar na cama e dizer à mulher que é suado!

Venho remoendo, com os meus botões, se teria atingido, já, a blogopausa, privando-vos, se afirmativo, de vez e para vosso sossego, desta panca de fazer a festa, atirar foguetes e apanhar as canas, panca de que, francamente, nem sei a proveniência.

Não, senhor. O n/blog é e será, para mim, trampalazana bairrista incorrigível, sempre o melhor. De tão bairrista que até a acharangada banda de música da minha parvónia é, e sempre será, a melhor, nem que só com o bombo a tocar ! . . .

Há justificação plausível para a minha abstinência.

Entre outras e arejando as meninges . . .

Embirrei, solenemente, com aquele curso de inglês. Nem lá fui, nem fiz minga.

A cremalheira postiça impedia-me de pronunciar os vocábulos “britishs” complicados e para o que é preciso firmar a língua nos dentes, perdigotando professor e compinchas.

Desisti e ponto final.

Vai daí, filei-me, agora, nessa das novas oportunidades, que, vivamente, recomendo, também. Isto porque, informando-me, é vantajoso e acessível.

E livre à peanha, como nas nossas primeiras letras, de apanharmos do professor, com pena agravada, também em casa [se o rubor nas mãos ou o olho à belenenses não fosse atribuído ao estropeção no gamanço da fruta do vizinho], da mãezinha ou paizinho, ou até de ambos, aquelas pulinheiras ou cargas de lenha de três em pipa, que nos punham finos como coriscos.

Vejam as equivalências:

Sabendo escrever o nome, =6º ano; nome e data, =9º ano; um SMS, mesmo que se escreva bué, k , xego, impek, etc., =12º ano.

Se um texto, mais ou menos escorreito, embora com pontos e vírgulas, “ó calha”, como é o meu caso, matrícula segura num desses cursos abolonhados, no final dos quais e cumpridas umas sessões de amena cavaqueira com outros frustrados, temos direito a cheques, com o dr. a preceder o nome e a usar gravata na missinha e outras “socieligthices” da ordem, para amenizar a frustração que vai corroendo o ego.

“Facélimo”, não acham? Ou, literalmente, siderados, como, a princípio, fiquei?

Já estou, como diz o nosso santo antoninho do Fialho [que, entre dentes, me invectivou com a ameaça velada de que ainda me há-de ver com duas pulseirinhas, por que providenciou até, uma no braço, outra na perna]:

“Vergonha, vergonha, é urinar na cama e dizer à mulher que é suado”.

Hipólito
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Grande e Amigo Guedes
Tendo em conta o que o escrito me despertou e sobretudo a alteração gramatical ao titulo do texto publicado no blog – Vergonha, Vergonha é mijar na cama e dizer à mulher que é suado –venho à estampa para colocar o seguinte:
Segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (antes do acordo outorgrafico)
Mijar, quer dizer: lançar, expelir urina da uretra; Mijação, quer dizer: acção de mijar. Mijada, quer dizer: mijar toda a urina produzida de uma vez pela micção. Mijadela, quer dizer: mancha feita na roupa pela urina. Mijado, quer dizer: que ou se mijou, urinado, sujo com urina. Mijadouro, quer dizer: lugar onde se urina, urinol, mictório. Mijão, quer dizer: que se urina na cama ou por si abaixo. Mijinha, quer dizer: mija pequena. Mijona, quer dizer: forma feminina de mijão.
Nem pareces ser natural do Porto..carago!
Pica Sinos
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Esta engraçada chamada de atenção do Pica vem a propósito de eu ter mudado a palavra inicial do Hipólito - mijar - pela palavra urinar.
Peço desculpa ao autor, ao revisor e aos leitores, mas já me fartei de rir à conta de tudo isto.
Abraços.
.

2 comentários:

  1. Há quinze dias que não havia co-editor que deitasse as garras de fora. E vai daí, aparece o nosso amigo Hipólito não sei se de Baltar ou se da Fuzeta, com mais uma das suas belas crónicas. Já tinhamos saudades dos teus escritos.
    Abraços companheiro.

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  2. Esta das equivalências para o acesso a essa tal "coisa" denominada NOVAS OPORTUNIDADES, fez-me rir a bandeiras despregadas.....está o máximo !!!!
    Não restam quaisquer dúvidas que se enveredou, de uma tal maneira, pelo facilitismo, que já não deve haver quem consiga parar esta corrida desenfreada para a mediocridade....,não obstante, pontualmente e em casos isolados, aparecer alguém com bom senso, que se manifesta contra algumas das aberrações deste género, como foi o caso recente do Bastonário da Ordem dos Advogados que, salvo o erro nos últimos exames para acesso à referida Ordem, chumbou todos os licenciados em direito que se apresentaram com os tais cursos "abolonhados" de apenas 4 anos, tendo publicamente assumido, com toda a frontalidade, essa sua atitude.
    Sim, porque isto agora de tirar uma licenciatura em 4 anos e nalguns casos até, em apenas 3, é de bradar aos céus...
    Mas os nossos governantes é que sabem para ondem querem orientar a cultura e o sistema educativo do nosso País....

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