domingo, 18 de agosto de 2013

Pensamentos (III)... por Luis Manuel S.Dias

Achegas I     
Maiorias, ou não?
O Senhor Dom António Ferreira Gomes já, em 1985 (!) - e à vista de infelizes factos recentes, clarificadores - por antecipação  previa”, e  prevenia, que “dar às maiorias o direito de definir o bem e o mal, o justo e o injusto, seria o dogmatismo político, o absolutismo do Estado na sua pior expressão.”
Comentando – o : é bom não olvidarmos a democracia implicar – como condição “sine qua non” (i. é, necessária), para a sua total realização – o exercício quotidiano da humildade, da adequação ao “realbem comum do povo. Sem tal atitude / exercício, o poder vigente torna –se, amiúde, sobranceiro, arrogante, orgulhoso de si, narcísico, ditatorial, indialogante, em suma anti-democrático, particularmente com as para si desnecessárias formações oposicionistas minoritárias, a quem não concede sequer estatuto de existência … destarte ferindo um dos pilares básicos do que afirma defender – a mais cara expressão do homem – ser livre, autónomo, embora responsável logicamente nos seus limites e limitações, de modo a não ferir terceiros nem lhes invadir a sua natural esfera de acção!…
Nunca alguém, com a insuspeita autoridade moral e cívica do falecido Bispo resignatário do Porto – que tanto sofreu no exterior, por imposição do Governo de Salazar (é bom não o esquecermos…) – pôs o dedo, com precisão e anterioridade, na ferida, o mesmo é dizer sobre os factos que motivam, para bom entendedor, estas achegas.
Por agora é tudo.
LM Dias,Set/1987
N.B.: O texto acima, datado, é no entanto carregado de oportunidade, face à conjuntura presente, onde cada vez mais se adequam, as supra afirmações!!! –
. LMDias.Ago2013

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