Achegas
I
Maiorias,
ou não?
O
Senhor Dom António Ferreira Gomes já, em 1985 (!) - e à vista de infelizes
factos recentes, clarificadores - por antecipação “previa”, e prevenia, que “dar às
maiorias o direito de definir o bem e o mal, o justo e o injusto, seria o dogmatismo
político, o absolutismo do Estado na sua pior expressão.”
Comentando
– o :
é bom não olvidarmos a democracia implicar – como condição “sine
qua non” (i. é, necessária), para a sua total realização – o exercício
quotidiano da humildade, da adequação ao “real ” bem
comum do povo. Sem tal atitude / exercício, o poder vigente torna –se,
amiúde, sobranceiro, arrogante, orgulhoso de si, narcísico,
ditatorial, indialogante, em suma anti-democrático,
particularmente com as para si desnecessárias formações oposicionistas minoritárias,
a quem não concede sequer estatuto de existência … destarte
ferindo um dos pilares básicos do que afirma defender – a mais cara expressão
do homem – ser livre, autónomo, embora responsável
logicamente nos seus limites e limitações, de modo a não ferir terceiros
nem lhes invadir a sua natural esfera de acção!…
Nunca
alguém, com a insuspeita autoridade moral e cívica do falecido
Bispo resignatário do Porto – que tanto sofreu no exterior, por imposição
do Governo de Salazar (é bom não o esquecermos…) – pôs o dedo,
com precisão e anterioridade, na ferida, o mesmo é dizer sobre os
factos que motivam, para bom entendedor, estas achegas.
Por
agora é tudo.
LM
Dias,Set/1987
N.B.:
O texto acima, datado, é no entanto carregado de oportunidade,
face à conjuntura presente, onde cada vez mais se adequam, as
supra afirmações!!! –
.
LMDias.Ago2013
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