sábado, 9 de março de 2024

Faleceu o major piloto aviador ANTONIO LOBATO

 Faleceu o major piloto aviador ANTONIO LOBATO. Esteve preso em conakry, juntamente com o saudoso alferes Antonio Rosa, com o Capitulo e o Contino., todos da Cart 1743.

Publicamos com a devida venia este artigo publicado no facebook dos antigos combatentes.

Condolências à família do valoroso Major Piloto Aviador. 

Descanse em Paz! 

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Faleceu o Major António Lobato!

Um pouco de história.

Major Piloto Aviador António Lourenço de Sousa Lobato, nascido em terras do Minho, mais precisamente na Aldeia de Sante, freguesia de Paderne, concelho de Melgaço, a 11 de Março de 1938.

Alistou-se na Força Aérea em 1957 e fez parte do Curso de Pilotagem P3/57. Recebeu as suas asas em Junho de 1959, e tinha o posto de Segundo-Sargento.

Partiu em missão para a então Província da Guiné, em Julho de 1961, ainda a guerrilha não tinha tido início.

No dia 22 de Maio de 1963, após uma das muitas missões em que já participara, no regresso à base, suspeitando que podia ter sido atingido por fogo inimigo, pediu ao seu asa que passasse por baixo do seu T-6 para ver se detectava algo de errado. O asa cometeu um erro na manobra, tendo chocado com o seu avião o que forçou António Lobato a ter de efectuar uma aterragem forçada.

Foi detido após a aterragem por um grupo de populares afectos ao PAIGC, que o entregou a uma força de guerrilheiros chefiados por Nino Vieira, o qual viria, mais tarde, a ser Presidente da Guiné-Bissau, qualidade em que receberia António Lobato em audiência.

António Lobato sofreu maus tratos por parte dos indígenas, mas foi bem tratado pela guerrilha, que viu nele um valioso troféu de guerra e o levou para a Ex-Guiné Francesa.

Mudou três vezes de prisão, conheceu a “solitária”, fugiu e foi recapturado, três vezes, mas, manteve-se firme na sua qualidade de militar e combatente da Força Aérea Portuguesa, nunca traiu o seu juramento para com a Pátria, cumpriu sempre o seu dever como verdadeiro português e militar, e, tentado várias vezes a trocar a prisão, pela “liberdade”, num país de leste, sempre recusou.

Começou ali um longo e doloroso cativeiro, que duraria sete anos e meio, tendo sido resgatado na célebre operação Mar Verde, em 22/11/1970, juntamente com mais 25 portugueses, presos em Conacri.

Descanse em Paz.





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