domingo, 3 de dezembro de 2023

Um poema do Luís Manuel Dias

 Hoje há, Amigos meus, de novo Poesia em modo Soneto. 

Lembro-vos que, embora o Natal perto, somos nada, pouca coisa, deveras ''À Revelia...'', seja dalgum Ente Sumo, seja de nós mesmos, já que assim se exprime, se amostra, a humana condição.

Votos sinceros de Bom Natal, auspiciando ao menos saúde e paz, a quantos me lêem e meus amigos são.

A todos, fraternal, solidário abraço.

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Agora, toca lá a lerem os versos...

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À REVELIA?

‘Oh, quem sou eu, mortal,

Que se lembrem de mim!’

Por quantas Luas e tanto Sol

Me acho renascido, sem fim?

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Sou o termo de série natural,

De corpos definidos, restos mil,

Contra quem ares de vendaval

Irados bateram, existente fútil!

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Pudera! Demora sofresse, nesta areia,

Sede e fome me finariam, de morte feia.

Nada em mim, por inútil, sobraria.

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Assim, me vejo energia, quiçá ideia,

Que este vão corpo anima, à revelia

Dalgum Ente Sumo, em vera demasia!

LMD, 01.12.23

Luís Manuel Dias

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