sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Boas Festas, pelo Luis Dias

 BOAS FESTAS! BOM NATAL!

São votos, mai-lo poema...

Que vos auguro, sentidamente, passeis nos já prestes dias festivos, em feliz paz e familiar harmonia!

O soneto escrevi-o passam hoje 2 anos (2019), como adrede natalícia prenda, se dessa arte aceite fôr, camaradas e Amigos!

Abraços de fraterna amizade, do coração dados.

Lêde então o soneto e, dele, dizei de vossa justiça.

(LMD, 17.12.21)

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SOMBRA RALA, QUE ME LEVANTA!

Tonto me sinto, zonzo, deveras combalido,

A voz fraca, tremida, distante, num sumiço.

Faço-me de forte, embora lasso, esmaecido

E , sim, quero dar-me apto, lúcido, decidido!

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O coração urge, bate-se-me descompassado,

Em ritmo ora doído, ora cavalar, estonteado,

Nuns bruscos saltos inadvertidos de corrente

Às vezes furibunda, célere, a passo no restante.

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A escrita sai-me baça, descolora-se-me turva

E passeia-se, andarilha sem dó, na penumbra

Que me escapa, íris azul-amarela densa e curva.

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Que direi de mim, que me perturba e espanta?

Sinto-o, francamente sim, como negra sombra.

Curioso! Directa, rala, não consome, até levanta!

LMD, 17.12.19.

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