quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Nos discorrentes dias...

 Por efeito, decerto, da auto-imposta reclusão, ou necessidade de cobro se dar à dispersão do que nos afecta e desanima, eis uns versitos a propósito - creio bem - para lerdes, Amigos e Camaradas, por quem tenho subida estima e amizade clara.

Ficai bem. Abraço fraternal.

Então, à leitura:

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NOS DISCORRENTES DIAS

DAS TRISTES HORAS HEBDÓMADAS!

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Nos discorrentes, fátuos dias,

Espasmodicamente conturbados,

De anelados amplexos invisíveis,

Todo o acto é virtual,

Distante, quiçá virtuoso.

Não vá, diz-se, o maléfico viroso

Proveito haver do que se aproxima!

Assim, sobe e desce a estima,

No ar dança, oh graça peregrina,

A intrínseca e bela virtude,

A par com a anosa senectude

E a jovial, álacre vida menina!

Onde paira a normalidade?

No anormal devir sem estigma,

Ou na assomada mente assassina

De um vírus, que se não topa

Sequer em canto ou esquina?

Aqui estou e alinho palavras,

Sem delas obter breve sentido

E sem lograr menor proveito.

É, só, para que acabe o perfeito

Dia-a-dia inacabado, sem jeito,

Das tristes horas hebdómadas!

LMD, 02.02.21

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