"19 de Julho de 1967 - o primeiro ataque do IN, desta vez pela caneta do
Hipólito:
Este “pinchavelho”, que me enfiaram para, deslocado, aceder à internet,
põe-me à beira de um ataque de caspa, dando-me ganas de o atirar pela sanita
abaixo.
Liga, umas vezes, outras não, e desliga, amiúde, com o trabalho a meio,
lembrando-me aquela vez, quando bombeiro militante, de, ao toque a feios da
sirene do quartel, ter de interromper, no melhor da refrega, uma função
conjugal que, por sinal, estava mesmo nas horinhas do senhor.
Ossos do ofício, impecilhos, porém, de um maior rendimento artístico cá
pr’ó blog, já que, quanto a refregas, propriamente ditas, estamos conversados.
Àquele, menor rendimento, por prescrição médica, perante os sintomas
evidentes de “caquetice crónica”, foi aconselhada terapêutica adequada para
evitar solilóquios, sobretudo quanto aos estropícios do bart 1914, que nem
troco dão. E começaram com pedalada de corredores de fundo! . . . mas, sol de
pouca dura . . .
As recordações são como as cerejas ou as baratas.
Ainda de pensamento imberbe, não sublimei, na altura da nossa
tragicomédia guineense, indícios que, ora, vou checando.
Naquele primeiro ataque, de que fomos alvo a 19 de Julho, salvo o erro
[sim, esse mesmo que o poeta Costinha historiou, versejando, “fui dar com o
cabo SPM abrigado debaixo da cama”], soube-o agora, o Contige e o cabito, aquele,
matulão, este, franganote, mas reguilóide quanto baste, estavam de sentinela
num dos postos avançados.
Mal as bojardas se fizeram sentir, já, ambos, acagaçados, estavam na
horizontal, de “fuça” no chão, com a agravante de o cabito ficar deitado entre e
no meio das pernas do Contige.
Bonita posição, sim senhor, e que bem protegida estava a matula no
quartel ! . . .
Não sei, para ser franco, se essa posição, pouca ortodoxa, era já
reveladora de qualquer tendência menos curial. O que sei é que, agora, na praia
do Meco, o mesmo Contige e o Zé Manel, coabitam em “datchas” muito
aconchegadinhas, entre si, não podendo, ora, precisar a posição exacta, se de
lado, se por cima ou se por baixo.
E que as respectivas consortes (de ambos) lhes lançam uns piropos brejeiros,
disso sou testemunha ocular de vista. E que pediram, encarecidamente, para que
a minha consorte não soubesse, também é verdade.
Escrevi acima “acagaçados”, do que peço perdão. Por causa das cócegas,
deveria, antes, ter escrito “defecados”.
Um xi do
Hipólito"
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