"A única coisa que me mantém acordado durante a noite é a
ideia de uma epidemia”, disse-nos Bill Gates, o segundo homem mais rico do
mundo, numa entrevista em fevereiro do ano passado. “Já passaram cem anos desde
que tivemos uma enorme epidemia de gripe. Hoje as pessoas viajam mais, portanto
a velocidade de propagação seria maior. Se tivéssemos uma doença respiratória
transmissível, os números seriam horrendos.”
Não os raptos, o terrorismo ou perder a sua riqueza, mas um
vírus. Agora, Gates tem a delicadeza de não afirmar ‘eu disse-vos’, mas admite:
“O meu pior pesadelo tornou-se realidade.”
O homem dos 75 mil milhões que criou a Microsoft é também um
especialista em vacinas, testes e tratamentos, tendo indicado o caminho,
juntamente com a sua mulher, para tentar “erradicar doenças” — primeiro a
poliomielite, depois a malária e o VIH — com a sua Fundação Bill e Melinda
Gates.
É obcecado em salvar milhões de vidas e tem estado sempre
altamente consciente do risco de outra doença vir a aterrorizar o mundo.
Em alturas normais, circula pelo mundo, deslocando-se com
frequência a África, à China e à Índia num único mês, tentando salvar vidas
humanas da doença.
TEXTO ALICE THOMSON E RACHEL SYLVESTER/ EXPRESSO
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