quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Formigas voadoras (africanas)

"Apenas para recordar.
No primeiro dia de outubro do corrente ano. Eu e a Maria Emília, minha mulher, por ocasião do jantar, carne de vaca (pois claro) guisada, com batatas, cenoura e outros acompanhamentos. Surge inesperadamente no meu prato, um “ovni”, que bem observado, depois de “pescado” é identificado como uma mosca.
Reparei, a sorrir, no espanto da Maria Emília, quando, com o garfo a recolhi para o guardanapo.
Então, num passado já longinco era com o dedo, disse a gargalhar!
Com o dedo? Observou incrédula.
Sinto-me na obrigação de explicar referindo as cenas com que estávamos sujeitos com as formigas de asa em Tite.
Atenta pela explicação, sorriu, ao conhecer da “ginástica” que fazíamos com uma espécie de himenópteros, no refeitório em Tite, por ocasião das refeições, no período das chuvas.
Quem não se lembra das fogueiras que se faziam nos arruamentos laterais ao refeitório, para atrair e queimar, os milhares das formigas de asas, que de súbito surgiam em redor do amplo refeitório aberto por todos os lados.
Quem não se lembra, do barulho do esvoaçar e do cheiro a “carne” queimada que pelo ambiente ficava.
Quem não se lembra, do zé soldado, a abanar os pratos de zinco, já
amolgados pelo tempo do uso, para que estes “objectos voadores”, (pelo menos do tamanho de três moscas), não caíssem no “menu” que nos era servido.
Qual nojo. Ali não funcionava o garfo. Pois não haviam. Ter colher já não era mau.
Quem não se lembra? Certamente só quem não o frequentava.
Tenham um bom dia e cuidado com as moscas.
Raul Pica Sinos"

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