"No
monumento aos combatentes do ultramar junto à Torre de Belém foram homenageados
em 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, os
que serviram o país em tempos de combate. Uma cerimónia a que a Câmara
Municipal de Lisboa se associou e contou com o vereador Carlos Manuel Castro,
que em representação da autarquia depositou uma coroa de flores junto ao
monumento.
Da sessão deste ano destaque para uma homenagem especial às enfermeiras paraquedistas, que desempenharam um papel fundamental nos palcos de guerra da Guiné, Angola e Moçambique, além da Índia e Timor.
Da sessão deste ano destaque para uma homenagem especial às enfermeiras paraquedistas, que desempenharam um papel fundamental nos palcos de guerra da Guiné, Angola e Moçambique, além da Índia e Timor.
Pioneiras no seu tempo e antecipando em 30 anos o ingresso das
mulheres portuguesas nas forças armadas, foram 46 as enfermeiras que, a partir
de 1961 e até ao final da guerra do ultramar, voluntariamente trataram e
acompanharam os militares feridos em locais onde “até Deus parecia estar
ausente”, como frisou o Coronel José Aparício na sua intervenção.
No final da cerimónia, abrilhantada pela Banda Filarmónica da Guarda Nacional Republicana, um helicóptero Alouette IIIsobrevoou o local, seguindo-se o Hino Nacional cantado por crianças da Casa Pia de Lisboa, acompanhado por 19 salvas de tiro.
No final da cerimónia, abrilhantada pela Banda Filarmónica da Guarda Nacional Republicana, um helicóptero Alouette IIIsobrevoou o local, seguindo-se o Hino Nacional cantado por crianças da Casa Pia de Lisboa, acompanhado por 19 salvas de tiro.
Entre
os vários convidados que participaram na cerimónia, marcou presença o
presidente da Junta de Freguesia de Belém, Fernando Ribeiro Rosa.
Anjos descidos do Céu
A ideia de formar o corpo de enfermeiras paraquedistas português, criado em 1961, partiu de Isabel Rilvas, primeira paraquedista portuguesa. Antes de partirem para as zonas de combate as candidatas recebiam dois meses de instrução em Tancos onde praticavam saltos, recebiam treino militar e aprendiam a usar armas.
Fazia
parte das suas funções assistir feridos nos locais de combate
e estavam debaixo de fogo com muita frequência. Efetuaram centenas de
evacuações aéreas entre as ex-províncias ultramarinas e a metrópole, dentro do
próprio território africano para os hospitais e também de Goa e de Timor,
acompanhando os feridos de guerra, doentes, familiares e crianças. A sua ação
era prestada aos três ramos das Forças Armadas, bem como aos civis.
in texto Camara M.Lisboa
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