sábado, 25 de outubro de 2014

RECORDAR PARA RIR - pelo Pica Sinos


RECORDAR PARA RIR
Ao ver a fotografia do Pedro (o nosso “cozinheiro”), veio-me à memória uma cena que só não deu prisão porque os autores e mirones ao acto (poucos o sabiam) souberam guardar segredo.
Penso que se lembram da existência de um major que dava pelo nome de Ponces que para além de ter outras histórias (giras), resolveu um dia fazer uma horta, ao fundo do quartel, com dimensão considerável.
Essa horta era vedada com uma paliçada, bem como vedada estava a visitantes.
Era o nosso Pedro e o Chaparro (já falecido) que faziam a rega e a guarda da mesma e quando saíam nunca se esqueciam de fechar a cancela com o cadeado.
Este vosso amigo, quando em descanso nas voltas ao quartel, várias vezes viu o mencionado major a dar instruções na plantação e dos cuidados a terem: com as couves (que eram grandes, bonitas), nabos, cenouras, cebolas, feijão e, com as canas que o seguravam, etc.
A plantação da bananeira, segundo me informaram, foi ele próprio que assumiu. Não era fruto da Guiné, não sei como foi exportada. Mas que era linda e grande, lá isso era. Era a menina dos seus olhos (e de outros que ele não sabia)
O cacho das bananas de tão cuidado que era, foi crescendo, crescendo e amadurecendo, e com ele a água na boca ao major e alguns energúmenos, onde eu me incluía.
Eu me confesso
Chegou o dia da verdade, o cacho com cerca de 20 quilos foi roubado (cortado) só sei que um dos sítios em que o cacho passou escondido foi no tecto falso do Centro de Cripto.
A verdade é que as cascas das bananas grandes e lindas eram descobertas no chão e nos caixotes do lixo pelo major que não deixava de gritar eu prendo os autores, eu prendo os autores.
Mas o Vítor, o Palma e mais um ou outro saberão contar a história bem melhor.

Raul Pica Sinos

1 comentário:

  1. Gostei. Eu sei que já uma foto, não sei de quem sobre este episódio!!

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