RECORDAR
PARA RIR
Recordar-se-ão
os antigos camaradas d’armas, neste nosso convívio cibernético que, vai
trazendo à tona da nossa memória as grandezas e misérias dos períodos em que
vivemos e permanecemos, naquela terra distante que, para além dos horrores da
guerra, tudo era diferente: o ecossistema, as culturas, as práticas, os hábitos
e os costumes, comparativamente à forma de vida a que estávamos habituados.
Nunca é
demais referir que este são convívio, esta confraternização, tem vindo a
permitir o relembrar de factos, subterrados no limbo da nossa mente, teimando
em saltar para fora do abismo em que se encontram, mediantes estímulos dos dias
de hoje.
Recorda-me o
Mestre, de Mértola, um episódio que permitiu rir a bom rir e, decerto hoje,
muitos de vós não deixarão de o fazer ao relembrar. Antes, vamos saber algo da
infame personagem que esteve na origem da “desgraça” numa bonita manhã em Tite.
O Pthirus
púbis, mais conhecido por “chato”, tem por preferência a região pubiana, se bem
que pode, numa fase familiar mais ” adiantada “, ser encontrado nas coxas, no
tórax, axilas, na barba e até no couro cabeludo, alojando-se na base dos pêlos,
onde deposita os seus ovos.
Todos
sabíamos que não era difícil a possibilidade de transportar no corpo tais
parasitas, tendo em conta o propício clima, aliado ao deficiente tratamento da
roupa que se mandava lavar (não era utilizada agua quente, detergente só
sabão), a higiene de quem a lavava também não caprichava, os lençóis das camas
e as fronhas só uma vez por semana eram mudados, as mantas raramente limpas,
uma ou outra “brincadeira” na tabanca, enfim….a coceira não era, nem podia, em
alguns, ser disfarçada . l
Lá para os
lados da oficina, um dos camaradas dirigiu-se ao Mestre, preocupado com o
desassossego no corpo, dizendo-lhe que tais parasitas até nos braços já o
incomodava e, se ele tinha conhecimento de como poderia acabar com tão vis
animais. Irreverente, 21 anos de idade, o Mestre, aconselha o camarada a
esfregar o corpo com um pano embebido em diluente (que abundava na oficina),
jurando que era o método mais eficaz e o mais rápido para o extermínio de tão
incómoda bicharada (vi alguns, mais pró fino, fazerem-no com perfume ou agua de
colónia).
Vai daí, o
nosso camarada não se fez rogado, e despeja pelo corpo nu, uma boa quantidade
de diluente que rapidamente o pôs aos saltos. Qual Justin Gatling (antigo
recordista mundial dos 100 metros rasos), nem com a carga de doping que este
habitualmente costuma transportar para aldrabar as competições, conseguiria
bater em velocidade, o nosso amigo nas 3 voltas que deu no quartel,
presenciadas por uma “assistência” ávida por saber do que se passava.
Ora, foi
remédio “santo” e, tendo em conta o exemplo, recomenda-se vivamente nos dias de
hoje que, os “chatos” ou candidatos a tal, façam exactamente o mesmo e se
deixem de lérias. Uma vez a vivermos numa sociedade democrática, recomenda-se a
lavagem mas com a dispensa de tal dissolvente, sejamos mais tolerantes, estou
em querer que a coceira desaparecerá.
Pica Sinos
in facebook do Pica Sinos
in facebook do Pica Sinos
Não me lembrava desta. Eu também fui vitima destes bichinhos e já iam nas sobrancelhas quando alguém me avisou??!! Levei um tratamento radical, mas nunca mais "fui apanhado".
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