Aqui vai a minha modesta colaboração para o 25 Abril no Blog.
Claro que a publicação ou não ficará ao vosso critério.
Tudo de bom
Justo
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Amigos
Tentei juntar umas letras alusivas a mais um dia 25 de Abril, mas a tristeza e desilusão é tanta, que mesmo com esforço não consegui transpor ao papel o que me vai na alma.
Relembrando o que foi este dia há trinta e oito anos, e no que melhor ainda sei fazer, “escrevo” nesta imagem o que sinto hoje.
Esperança para todos, e se possível acreditem em melhores dias...
Justo
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Ó trevas, que enlutais a Natureza,
Longos ciprestes desta selva anosa,
Mochos de voz sinistra e lamentosa,
Que dissolveis dos fados a incerteza;
Longos ciprestes desta selva anosa,
Mochos de voz sinistra e lamentosa,
Que dissolveis dos fados a incerteza;
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Manes, surgidos da morada acesa
Onde de horror sem fim Plutão se goza,
Não aterreis esta alma dolorosa,
Que é mais triste que voz minha tristeza.
Onde de horror sem fim Plutão se goza,
Não aterreis esta alma dolorosa,
Que é mais triste que voz minha tristeza.
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Perdi o galardão da fé mais pura,
Esperanças frustrei do amor mais terno,
A posse de celeste formosura.
Esperanças frustrei do amor mais terno,
A posse de celeste formosura.
Volvei, pois, sombras vãs, ao fogo eterno;
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E, lamentando a minha desventura,
Movereis à piedade o mesmo Inferno.
E, lamentando a minha desventura,
Movereis à piedade o mesmo Inferno.
Manuel Maria Barbosa du Bocage
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Foto - montagem com edição de imagens Google e frases adaptadas de canção de Zeca Afonso e poema de Vinicius de Moraes
Foto - montagem com edição de imagens Google e frases adaptadas de canção de Zeca Afonso e poema de Vinicius de Moraes
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