quinta-feira, 30 de junho de 2011

Do Hipólito, acerca dos anos do Pedro...

- Que s'a lixe… lá a poesia! . . .

Já vi !, na ausência de encómios à veia poética, que antevia laudatórios (nem um, pr’ámostra!), não vingou esta minha reciclável vocação serôdia . . .

Deus, nosso senhor, é que sabe ! Escreve, muitas das vezes, direito, por linhas tortas . . .

De futuro hipotecado, nas artes, como nas letras, ligo à terra, isto é, arreio (de largar, de anacar), para minha frustração.

Mas, o caso, o do arreio, é que embarrilo, ao perorar, nestas subtilezas do português.
Até tenho receio de ser mal traduzido, como, parece, o venho sendo.
Reparem: arreio (de burro), arriar (de largar), arriar a bandeira, a giga e, até (uma desfaçatez!), arriar o calhau ! . . .

E até, o meu pai, dizia: “põe-te a pau, não faças indecente e má figura, que ainda te arreio”.
É bem capaz de me ser congénita esta propensão, a dita, indecente e má figura.
E é, está na cara, areia, de mais, pr’á minha camioneta, intrometer-me nestas “charlas linguísticas”.

Por isso, adiante . . .
O que me trouxe à liça, hoje, será informar os “lateiros” que, sábado, vão à do Pedro, a Montes Altos, de que o Mestre, pelos cabelos só de vos aturar, vai preparado com uma “termos” de cházinho, daquelas ervas do seu quintal, de origem japonesa, com um nome pr’ó esquisito, “kahgga-jjá”, creio, e se me não equivoco, de comprovada terapêutica digestiva e retardadora dos, mais que prováveis, vapores etílicos, mas tendo, como contraindicação, efeito acelerador, noutra função orgânica.

Pagaria, de bom gosto, já que não vou, para ver, a “guerrilheiragem”, na viagem de regresso, a cada cinco minutos, correr, ligeirinha, para debaixo dos chaparros.

Mas, não se abespinhem, calma!
Até nem é por despeito, juro, de não poder acompanhar a matula, como suspiraria – Alentejo . . ., alentejo . . ., como, com alma de alentejano genuíno, tão bem canta o nosso Toninho.

Ainda há pouco, me aconteceu do género, a ponto de, com alguma estereofónica frequência, sentir uma leve brisa a desfraldar pelas fraldas da camisa.

A “panhônha”, desmancha prazeres, que me saiu na rifa, alvitra ser do repolho galego. Contraponho, fazendo finca-pé:

- das cerejas de “Resénde” ou da linguiça de Macedo, mal curada, é que é!
E, por ora, arreio (de largar), de tanto arreio (de burro) . . .

Hipólito

1 comentário:

  1. Ora! . . ., ora! . . .
    Que s'a lixe! . . .
    Também já tinha arreado . . .

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