Que fazes pobre velho aí sentado,
Sentado no mesmo lugar de fronte pendida?
Pensando na tua mocidade e sorris com desdém...conformado.
Trazes as barbas compridas e roupas mal tratadas...
As noites! Essas de angústia ao relento passadas
Como eu lamento e choro por te ver sozinho!
A pensar talvez n'alguém que pudesse dar a mão
Na família, por exemplo, para quem ganhaste o pão...
No teu rosto, uma lágrima teimosa corre devarinho
Porque essa, a família, já não se julga na obrigação!
E tu, assim andas sangrando do coração
És tu, eu e aquele quando se atinge a idade
Gente que passa, indiferente, a esta sociedade,
Olhai, Senhor, e protege o desventurado
Que caminha errante sem lar nem pão
Finando-se no sofrimentosem uma mão...
Mas eu queria, meu Deus! um Mundo mais amado...
Autora: Odete Simões
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Este texto foi transcrito com a devida vénia, do blog LOCAL DE PARTILHA, do meu colega Horácio, da Univ Senior de T.Vedras. Esta aula de blog´s tem sido um autentico nicho de criação de grandes autores de blogs. É mais um blog que aconselhamos a ver.
Que lindo poema este da Odete Santos!!!
ResponderEliminarFaz-nos pensar....e muito....