terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Natal, o pião e a nica - pelo Hipólito, esse malandro...!!!




Prestes a aboletar-me com um desses textos, sobre o Natal, difundidos, com profusão, nos meandros internáuticos, fazendo o usual copy-cola, para “botar” figura, quando, uma conversa circunstancial com um nosso companheiro, a quem incentivava para descrever o seu natal, me fez “puxar a baraça atrás”.
- Sobre o Natal ?!  . . .
Nunca soube o que isso era. Prendas, festa, amor, alegria, carinho, pai natal, menino Jesus ?! . . .
Perdi, muito pequenino, a minha mãe e, o meu pai, logo a seguir.
Fui criado, aos empurrões e de favor,  por uns parentes, cujo único interesse foi apropriarem-se, na íntegra, dos bens deixados pelos meus avós.
Desculpa, para esse tema em nada posso contribuir, já que, infelizmente, nunca tive essa vivência -, concluiu, ele, de voz embargada.
E, embargado, fiquei também, sem alento para prosseguir, como me propusera.
Realidade, nua e crua, que recebi como uma marretada.
Por onde andarias, tão distraídos, pai natal e menino jesus  ?! . . .
E, já agora, porque não, nós também . . .
 .
A propósito da “baraça atrás”, permitam-me introduzir, aqui, um breve parêntesis, como comentário ao belíssimo texto sobre o “nosso Natal  . . . “
Desculpará a impertinente intromissão.
Provavelmente, conotar-me-á de “kuska”  “carvoeiro”  ou “brejeiro”. . .
Com que então, o “menino”, seu maninho, presumo, com tendência precoce  pr’ó pião e pr’á “nica” ?! . . .
Já pairava essa desconfiança, pelo menos, há uns bons 40 anos.
Descodificada fica parte do enigma.
Por essas e por outras,  terá sido recambiado para a mouraria  . . .

Nb: “nica”, era aquele jogo que consistia em malhar, até rachar, com o nosso pião no do parceiro, puxando, com perícia e destreza, a baraça, o mais atrás possível.
Ou, o que é que pensavam que fosse ?! . . .
Hipólito

4 comentários:

  1. Oh ! . . . oh ! . . . Ora bolas ! . . .
    Isso, da foto, é uma piasca! Que, apenas, servia para levar a "nicada" do pião-macho.
    Ou pr'ás meninas jogarem com a baraça por baixo.
    Aquele (pião-macho), tinha bico de aço, afiado e pontiagudo para rachar o do parceiro.
    Alguns, até de bico amarelo, como os ainda há, hoje.

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  2. Como vês Hipólito, não quero que te falte nada.
    Querias um pião macho, ele aqui está, com bico de aço.
    Mas não te esqueças que a baraça era a "faniqueira" e que a nica era a "piasca"...

    Abraços.

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  3. ... com musica e tudo, ao jeito do nosso DJ!

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  4. Ah ! . . . este, sim. É, mesmo, “à home” . . .
    E o que a malta esgalhava, fazendo mira, enquanto alçava a perna, ganhava lanço, e zás !, era malhar até o bico ficar rombudo, ou o pião (ou piasca) adverso escarchar e o seu dono (ou dona) ir a chorar pr’á mãezinha dar outro ou fazer queixinhas ao regedor.
    Mas, sempre, nessa altura, nunca esquecendo de puxar bem a baraça (faniqueira, aí ?) atrás . . ., sobretudo, se a nicada era uma piasca (pelos vistos, nica, aí).

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