sábado, 21 de agosto de 2010

As peregrinações do Hipólito...

Posso considerar-me um “mijão” de sorte.
Vocábulo (mijão), está bom de ver, impropriamente usado em sentido figurado, que não no sentido mictório, como parece decorrer da etimologia do mesmo e defende um ou outro “mijinhas” cá da nossa praça bloguística.
Peregrinava, um destes dias, no eixo norte-sul, a caminho da mauritânea, quando fui desembocar numa, para mim desconhecida rotunda, que indicava, entre outros destinos, Lourel.
Apeado, para tomar rumo e confirmar o azimute, sou interpelado por uma cara conhecida que, logo, fez questão, contra minha vontade, claro, de me encaminhar para a sua bem tratada e aprazível tabanca, sita na serra de Sintra.
Nem mais, nem menos, o Carlos Leite (Reguila) que, surpreso por me encontrar por aquelas bandas, tratou, juntamente com a esposa, de nos [cá ao rapaz, minha esposa e neto] obsequiar com um aprimorado, principesco e lauto almoço, até parecendo que estaria já à espera da visita, de tão hospitaleira e fidalga recepção.
Ao convívio, juntaram-se ainda o Correia (das transmissões) e sua esposa, seus vizinhos próximos, tendo paleado um bom par de horas, também sobre Tite e a Guiné, em geral.
Há sempre, porém, um mas . . .
Ao café e respectivo digestivo, sou confrontado com a seguinte afirmação do Carlos, logo corroborada pelo Correia e que até me causou diarreia por largos dias:
- Oh pá, já tenho conversado, não só com o Correia, mas também com outros nossos comparsas e é voz corrente de que tu, Hipólito, em Tite, ou eras da Pide, ou tinhas apanhado grande porrada e foste lá cair, por castigo.
Que belo digestivo! Ninguém está livre de uma penhora. Como ser padre numa freguesia destas!
Que tinha cara de morcão, aspecto esfíngico de ovo escalfado do tempo da “uva mijona”, isso já sabia. Mas um curriculum tão brilhante, não.
Valha-me, ao menos, que será tudo
A bem da nação
Hipólito
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