sexta-feira, 9 de abril de 2010

A inocência do Hipólito.

O Guedes pediu. Respondi “desta vez, passo”. Reconsiderando, embora com atraso, aí vai. Fui sempre, admito, um crente, pio, talvez a puxar um nadinha pr'ó tónho, bom-serás, e comido, de cebolada, por lorpa, até pela mais singela patranha ou garruço que me tentem enfiar. Tanto assim é que, quando miúdo, e até tarde, sempre estive convicto de que, os padres, eram capados (castrados, para os mais púdicos). Alicerçava essa convicção no visível facto de que as sotainas, então usadas pelos clérigos, não tinham “carcela”, por desnecessária, já que, os ditos, não fariam xi-xi (e outras actividades lúdicas), por desprovidos do indispensável artefacto evacuatório (ou, ejaculatório, se concordarem). O que, como todos hoje, à saciedade, sabemos, não corresponde, minimamente, à realidade. Como também não corresponderá o que, até ler os circunspectos comentários, por gente abalizada e arreigadamente bairrista, de ponte acima, cais de Alcântara abaixo, tinha como dogma. Como adquirido, pelos vistos erradamente, assumira o meu disco rígido, de que havíamos embarcado e desembarcado no . . . ais do . . aralho abaixo (não sei se próximo de Conde d'Óbidos, se de Alcântara ou de Alcabideche). E, também, de que teríamos passado, no tal paquete, de primeira, dourada para alguns, de segunda violinizada para outros, e de cagagésima classe, para a matula-carne para canhão, por debaixo duma pontezeca, pouco melhor que a ponte das barcas, baptizada e rebaptizada, mas que, era essa a minha convicção, teria sido demolida e substituída por uma outra, um tudo nada melhorzita e crismada (já eram batisos a mais) com outro nome. E, ainda, mesmo sem vikipédia, já, na altura do regresso, me parecer que não regressámos a Lisboa ou à metrópole, mas, antes, a Portugal (se bem que, antes, como agora, muito mal frequentado e a pedir uma “barrela” das antigas). Estou mesmo, daqui, a visionar a carinha do Guedes, ao ler este arrazoado e a pensar: - Publico?! . . . não publico?! . . . Este crôco matarroano está-me a dar cabo dos quilhos . . . e a sair melhor que a encomenda . . .

Sem comentários:

Enviar um comentário

-