quinta-feira, 8 de abril de 2010

8 de Abril de 1967 - pelo Zé Justo

Do Zé Justo (M.Alegre)
PEDRO SOLDADO. Já lá vai Pedro Soldado Num barco da nossa armada E leva o nome bordado Num saco cheio de nada. Triste vai Pedro Soldado. Branda rola não faz ninho Nas agulhas do pinheiro Não é Pedro marinheiro Nem no mar é seu caminho. Nem anda a branca gaivota Pescando peixes em terra Nem é de Pedro essa rota Dos barcos que vão à guerra. Nem anda Pedro pescando Nem ao mar ditou a rede No mar não anda lavrando Soldado a mão se despede Do campo que se faz verde Onde não anda ceifando Pedro no mar navegando. Onde não anda ceifando Já o campo de faz verde E em cada hora se perde cada hora que demora Pedro no mar navegando. E já Setembro é chegado Já o Verão vai passando. Não é Pedro pescador Nem no mar vindimador Nem soldado vindimando Verde vinha vindimada. Triste vai Pedro Soldado. E leva o nome bordado Num saco cheio de nada. Soldado número tal Só a morte é que foi dele. Jaz morto. Ponto final O nome morreu com ele. Deixou um saco bordado E era Pedro Soldado.

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