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“Se servistes a Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis e ela, o que costuma”


(Do Padre António Vieira, no "Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma", na Capela Real, ano 1669. Lembrado pelo ex-furriel milº Patoleia Mendes, dirigido-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar.).

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"Ó gentes do meu Batalhão, agora é que eu percebi, esta amizade que sinto, foi de vós que a recebi…"

(José Justo)

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“Ninguém desce vivo duma cruz!...”

"Amigo é aquele que na guerra, nos defende duma bala com o seu próprio corpo"

António Lobo Antunes, escritor e ex-combatente

referindo-se aos ex-combatentes da guerra do Ultramar

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Eles,
Fizeram guerra sem saber a quem, morreram nela sem saber por quê..., então, por prémio ao menos se lhes dê, justa memória a projectar no além...

Jaime Umbelino, 2002 – in Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, em Torres Vedras
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“Aos Combatentes que no Entroncamento da vida, encontraram os Caminhos da Pátria”

Frase inscrita no Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar, no Entroncamento.

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Sem fanfarra e sem lenços a acenar, soa a sirene do navio para o regresso à Metrópole. Os que partem não são os mesmos homens de outrora, a guerra tornou-os diferentes…

Pica Sinos, no 30º almoço anual, no Entroncamento, em 2019
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"Tite é uma memória em ruínas, que se vai extinguindo á medida que cada um de nós partir para “outra comissão” e quando isso nos acontecer a todos, seremos, nós e Tite, uma memória que apenas existirá, na melhor das hipóteses, nas páginas da história."

Francisco Silva e Floriano Rodrigues - CCAÇ 2314


Não voltaram todos… com lágrimas que não se veem, com choro que não se ouve… Aqui estamos, em sentido e silenciosos, com Eles, prestando-Lhes a nossa Homenagem.

Ponte de Lima, Monumento aos Heróis da Guerra do Ultramar


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domingo, 31 de outubro de 2010

Belissimas fotos de Portugal.




fotos - simpatia de kepguru.hu

O nosso amigo Cavaleiro enviou-nos um video com belas fotos de Portugal.
São muitas mais mas escolhemos estas, como poderiamos ter escolhido outras.
É uma forma de homenagear todos os nossos companheiros, que do Minho ao Algarve, Açores e Madeira, partiram para terras de Tite, na Guiné-Bissau e que hoje em dia se vão encontrando neste nosso blog ao fim de 40 anos, sempre na procura constante daqueles que ainda não apareceram.
Abraços.
LG.

A noite das bruxas...

pelo nosso artista gráfico de serviço,
José Justo

António Luis Cabrita Correia

Guedes
Ainda do espóleo do Viana.
Já muitos perguntaram pelo "Portimão".
Nesta foto é o segundo a contar da esquerda, de seu nome, António Luís 
Cabrita Correia.
O primeiro é o Viana, o segundo é o Portimão, o terceiro um açoreano 
(ou madeirense?) e o quarto seria um do norte, talvez da zona de 
Amarante (segundo o Viana).
Hip.

Allô Mafra

foto - simpatia do blog canela e hortelã

Bom dia amigos
Por várias vezes temos sido visitados por alguém de Mafra.
Isto leva-me a pensar que talvez seja um nosso companheiro, de seu nome ANTÓNIO JOSÉ FERREIRA DOMINGOS, morador em Mafra-Gare, mas de quem sinceramente não me lembro.
Este nome faz parte da nossa lista geral e eu espero que se for ele, se chegue à frente e nos envie uma foto e quem sabe um texto também.
Se não for ele mas sim outra pessoa, pode igualmente enviar-nos uma foto por email para bart1914@gmail.com, acompanhado dum texto.
Todos são bem-vindos.
Abraços
LG.
Ficamos à espera.

sábado, 30 de outubro de 2010

Mudança da hora

Às duas horas da madrugada do próximo domingo, dia 31, não se esqueçam de atrasar os relógios 60 minutos, entrando assim na HORA DE INVERNO.
LG.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

São Tomé e Principe - pelo Marinho.







São duas belezas impares da natureza, S. Tomé e o Príncipe, tem um povo cordial além de ser muito pobre eu criei com mais um sócio uma firma de importação e exportação que a partir de S.Tomé vendia para Angola, Guiné Cabo Verde, Gabão, Camarões e Costa do Marfim, era o representante do vinho Camilo Alves mas só negociava em sabão Lisboa "o que nós dizemos sabão azul e branco em barra", massas e óleo vegetal e azeite oliva, o resto era pouco rentável, eu tinha casa em S.Tomé e ia diversas vezes e vinha sempre que mandava contentores pois se nós não estivéssemos em cima da mercadoria era um caos.

 É um país onde todos os jovens só querem estudar vivem para os livros, mas muito pobre se fosses para a praia terias que te abastecer no hotel Miramar caso contrário morrias à fome e à sede pois não tinhas nenhum local para comeres uma sandes ou uma
garrafa de água.

 Nunca tive problemas em sair à noite sem levar o jipe ou a mota fosse a que horas regressasse, ia para as praias onde estava sozinho e nunca ninguém me fez mal, pois não era suposto haver qualquer tipo de drogas ou assaltos, tirando os pequenos roubos
que sempre que chegavam contentores com bens.

 Hoje já há um grande resort que no meu tempo não existia no Ilhéu das Rolas em Porto Alegre, pois o único resort que existia situava-se no Príncipe e era o ilhéu BOMBOM, que era de um individuo que tinha alugado o ilhéu por 300 contos por ano durante 99
anos ninguém sabia dizer se ele era alemão, sul africano ou belga, mas era um paraíso, ele não danificou nenhuma alvore preservou tudo intacto.

 Conheço bem alguns países mas nunca vi beleza em termos de beleza de arvoredo como S.Tomé e praias qualquer delas lindas as suas águas quentes e limpas mas atenção tem também uns alfaiates "TUBARÕES" para tirar uma medidas para o sobretudo.

 Bom peixe, boa fruta e boa gente, é pena que não tenha sido bem aproveitado como os cabo verdianos souberam dar a volta fazendo crescer o turismo em Cabo Verde temos qualidade mas é para o turismo muito caro as compensa.

 Agora meus companheiros façam o ramalhete conforme o que acharem melhor para as fotos, já agora informo que a moeda local é a DOBRA, mas em termos comerciais o que
impera é o dólar, franco francês e todas as moedas europeias.

 Um grande abraço
 Carlos Marinho

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a respeito de São Tomé, foi-me lembrado pelo meu amigo prof. da nossa Universidade, Dr.Manuel Granada (jornalista), o triste facto de se ter perdido durante o incêndio do Chiado em Agosto de 1988, uma valiosa biblioteca com um espólio impressionante sobre Sâo Tomé e Principe, que existia num dos edificios da zona do Chiado, à guarda do Sr. Padre Ambrósio, que pertencia a uma Ordem de Monges de Carcavelos.
Este Senhor acabou por falecer de desgosto e doente, tal o amor que tinha àquela biblioteca.
Foi uma perda irreparável, pois desapareceu nessa altura um arquivo valiosissimo.
LG.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Contador de visitas

Como já se aperceberam, o nosso contador de visitas avariou.
Tivemos que recorrer a um outro tipo de contador, que esperamos seja mais fiável.
Este género de acessórios valem o que valem, mas dão uma ideia aproximada de quem nos visita.
Abraços
LG.

domingo, 24 de outubro de 2010

prof. Carlos Silva

Bom dia caros amigos

Falei há minutos com o filho do prof. Carlos Silva (da Univ.Senior de T.Vredras) que me disse:
que o pai foi operado à cabeça na sexta feira passada, operação que durou cerca de 7 horas;
que afinal o caso não é tão grave como se esperava, apesar da longa duração da operação;
que se encontra nos cuidados intensivos;
que lá para o meio da semana talvez receba visitas.
Boas noticias
Abraços e bom domingo para todos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Faleceu o nosso amigo Manuel Francisco Almeida Matos

Nenhum de vós companheiros, conheceu o meu (nosso) amigo Matos.
Pessoa de trato afável, muito educado, óptimo conversador, pessoa muito dada a aprender apesar dos seus 75 anos, era como eu, o Carlos Silva (que está enfermo), o Parente,  a Alcinda, A Albertina e tantos outros, alunos da Universidade sénior de T.Vedras.
Tratavamo-nos por "companheiro" e ele dizia que um irmão pode não ser um companheiro mas um companheiro é sempre um irmão...
Mas não teria sentido trazê-lo aqui, porque vós não o conheceis, se não fosse o facto de ele ter também por este nosso blog uma simpatia especial.
Não me lembro se alguma vez o comentou mas costumava dizer aos quatro ventos que achava muito interessante esta matriz especial do nosso blog, que punha em contacto um grupo de homens que durante dois anos estiveram confinados a uma cerca de arame farpado, e daí partiram para uma amizade que a todos impressiona.
E que o impressionava também a ele pelos reencontros que este mesmo blog  proporcionava após quarenta anos de separação.
Na passada segunda feira, ele, eu e o Parente, combinamos ir um dia destes, beber um café ao parque da várzea aqui em Torres, onde ele quase diariamente preparava os seus trabalhos de inglês.
E este café fica eternamente adiado...
Ontem, por volta do meio dia, o nosso amigo Matos descia no seu carro a Av.da Liberdade, sentiu-se mal frente ao Tivoli, parou o carro, encostou a cabeça no volante e tal qual um passarinho, da natureza que ele tanto amava, partiu...
Que estejas em paz companheiro...
LG.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

COMO NINGUEM GANHOU O PRÉMIO.....


O mistério do nosso homem de barbas brancas finalmente desvendado!



Ele chama-se Nelson V. Alves, o “Gasolinas”, como era conhecido em Tite.


O Nelson tinha a responsabilidade da conservação e manutenção dos 2 existentes enormes geradores de electricidade movidos a gasóleo daí o pessoal chamar-lhe o “Gasolinas”.


Desenvolvia um trabalho de grande responsabilidade. Trabalho que obrigava a constante vigilância, sobretudo à noite quando alternadamente trabalhavam na sua máxima potência.


Era sobretudo ele que tinha a função de desligar os motores, logo cortar a luz, quando o aquartelamento era alvo da flagelação por parte do PAIGC e não foram poucas as vezes.


O Nelson é um homem do norte, não me lembro o nome da sua terra natal, mas sei que veio para a Marinha Grande ainda bastante jovem, creio que já por cá tinha família.


Eu comecei a ter amizade com ele aos 18 ou 19 anos de idade e acabámos por nos encontrar em Tite. Mais tarde fomos companheiros na mesma empresa durante 20 e poucos anos.


Hoje este nosso amigo e ex-camaradas de armas está reformado. Continua a viver na Marinha Grande. É casado, tem 2 filhos e pelo que sei uma neta.


Quem quiser contactar com ele o telefone é 244569484


Vitor Barros

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A volta da Guiné

Um pouco de história sobre a Guiné Bissau, pela mão do Pica Sinos
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OLIVENÇA,NO PORTUGUÊS "ALENTEJO PROFUNDO"

A HISTÓRIA O ESCRIVÃO DE BORDO QUE ‘DESCOBRIU’ A “VOLTA DA GUINÉ”

Aires Tinoco, natural da então e ainda portuguesa e alentejana comarca de Olivença, partiu na caravela de Nuno Tristão, como escrivão de bordo, para explorar a costa da Guiné em 1446. Tendo o comandante e quase toda a tripulação sido dizimados pelos indígenas, Tinoco fez-se ao mar e conseguiu atingir a costa portuguesa ao fim de dois meses no mar, sem avistar terra, pela rota que passou a designar-se "Volta da Guiné"
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Foram muitos os alentejanos que contribuíram para a História dos Descobrimentos Marítimos e que ficaram no anonimato. Aires Tinoco seria um deles, se não tivesse realizado um feito excepcional.

Natural da então e ainda portuguesa e alentejana comarca de Olivença, Tinoco partiu na caravela de Nuno Tristão, como simples escrivão de bordo, com o fim de explorar a costa da Guiné em 1446. Não era a primeira vêz que Nuno Tristão realizava aquele trabalho, era a quarta viagem do grande navegador que, a mando do Infante D. Henrique, desbravava a faixa costeira entre o Cabo Branco, que ele próprio descobrira em 1441, e o Rio Gâmbia.

Capitaneando uma caravela com 30 homens a bordo, Nuno Tristão passou ao largo do Cabo Verde que Dinis Dias tinha descoberto em 1444 e, navegando para o Sul, deu com a embocadura de um rio que se pensa ser o Gâmbia, posto que há discordância entre vários historiadores.

Fundearam a caravela e, em dois pequenos batéis, avançaram pelo rio acima. O batel de Nuno Tristão foi logo seriamente atacado pelos indígenas que, com setas envenenadas, dizimaram completamente a tripulação, incluindo o comandante. Os outros tentaram atingir o navio, salvando-se apenas cinco homens "um grumete, assaz pouco avisado na arte de marear e um moço da câmara do Infante que se chamava Aires Tinoco, que ia por escrivão, e um moço guinéu que fora filhado com primeiros que filharam em aquela terra, e outros dous moços assaz pequenos que viviam com alguns daqueles escudeiros que ali faleceram , segundo o cronista Gomes Eanes de Azurara. Sem escolta, decidiu-se Aires Tinoco, com os seus parcos conhecimentos de navegação que, certamente, não iam para além da observação, fazer-se ao mar e tentar atingir a costa portuguesa, o que conseguiu ao fim de dois meses no mar, sem avistar terra.

Diz Gomes Eanes de Azurara, na "Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné": "Ó grande e supremo socro de todos os desamparados (...), onde bem mostraste que ouvias suas preces quando em tão breve lhe enviaste tua celestial ajuda, dando esforço e engenho a um tão pequeno moço, nado e criado em Olivença, que é uma vila do sertão mui afastada do mar, o qual, avisado por graça divinal, encaminhou o navio, mandando ao grumete que directamente seguisse o norte (...), por que ali entendia ele que jazia o Reino de Portugal (...). (...) Este moço que disse era aquele Aires Tinoco (...), no qual Deus pôs tanta graça que por dois meses continuados encaminhou a viagem daquele navio(...); ao fim dos quais cobraram vistas de uma fusta (...) sobreveio em eles uma nova ledice, e muito mais quando lhes foi dito que estavam na costa de Portugal, através de um lugar do mestrado de Santiago, que se chama Sines. E assim chegaram a Lagos, donde se foram ao contar-lhe o forte acontecimento da sua viagem, apresentando-lhe a multidão de flechas com que seus parceiros morreram(...)..."

Para além dos documentos que permitem conservar as descrições da viagem de Nuno Tristão, conseguiu-se comprovar a possibilidade de retornar da Guiné por mar alto, sem terra à vista, na rota que passou a designar-se "Volta da Guiné". Efectivamente a corrente das Canárias e os alísios do Nordeste não permitiam que, na viagem de regresso a Portugal, as caravelas seguissem ao longo da costa precisando sempre de navegar à bolina, contra o vento.

A volta da Guiné ou da Mina, afastando-se da costa, penetrando ao largo do Oceano Atlântico, começou a ser comum, levando os navegadores a escalar os Açores, que se tornaram o maior ponto de apoio.

Pelo seu feito, Aires Tinoco foi agraciado com terras em Elvas, na sua Olivença natal, onde lhe for atribuído o Monte do Barroco (Velho) junto à aldeia de São Jorge de Alôr, e ainda em Estremoz, onde, além do almoxarifado, recebeu casas e terras. Foi ainda escrivão do Infante D. Henrique. Em 1475, vivia ainda, ao que parece em Estremoz. É referido em vários documentos como pessoa estimada e merecedora do adjectivo de heróica, pelo seu feito.

Olivença foi ocupada pelos castelhanos em 1801, quando foi tomada pelos espanhóis numa invasão fronteiriça que ficou conhecida como a Guerra das Laranjas. Incitados por Napoleão que queria acabar com a aliança anglo-portuguesa, os espanhóis penetraram n Alentejo, ocupando, sem resistência, e em apenas 18 dias, Olivença, Juromenha, Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena, e Ouguela. D. Manuel Godoy, chefe do Governo espanhol e comandante das forças invasoras, do rei Carlos IV, (pai de D. Carlota Joaquina, portanto sogro do então Príncipe Regente de Portugal D. João, futuro D. João VI), mandou um belo ramo de laranjeira portuguesa à rainha Maria Luísa com quem mantinha uma relação escandalosa, de conhecimento público, com a mensagem - Eu careço de tudo, mas sem nada irei para Lisboa.

O Congresso de Viena, em 1815, depois da queda de Napoleão, tentando repor a ordem na Europa, aceitou como justa a reclamação do enviado de Portugal, o Conde de Palmela e condenou a Espanha a devolver Olivença, mas a a Espanha nunca cumpriu.

Aires Tinoco era narural da então portuguesa e alentejana comarca de Olivença, que só foi roubada aos portugueses em 1801 quando foi tomada pelos espanhóis numa invasão fronteiriça que ficou conhecida como a Guerra das Laranjas") 1434 /Gil Eanes dobra o Cabo Bojador: -1441/Viagem ao Cabo Branco em que Gonçalo Afonso acompanha Nuno Tristão; -1442/Dinis Dias descobre o Cabo Verde e a ilha de Palma; -1445/Álvaro Fernandes ultrapassa o Cabo Verde; -1446/Realizam-se três expedições à Guiné. Sendo uma delas aquela em que Nuno Tristão morre e o seu escrivão de bordo, Aires Tinoco, vê-se obrigado a fazer-se ao mar para tentar regressar a Portugal. O que consegue dois meses depois, navegando à bolina por mar alto, sem terra à vista, na rota que passou a designar-se "Volta da Guiné"")

Este navegador português do século XV, foi o primeiro europeu que se sabe ter atingido o território da actual Guiné Bissau, iniciando entre os portugueses e os povos daquela região um relacionamento comercial e colonial que se prolongaria até 1974.") " Não há hoje dúvidas de que, por algum momento entre 1435 e 1440, os navegadores portugueses se viram confrontados com as limitações da arte de navegar mediterrânica para a resolução dos problemas que lhes colocava a navegação oceânica. Esta técnica, cimentada nos séculos XIII e XIV, resolvia os problemas de quem navegava junto à costa, num mar fechado e, sobretudo no sentido longitudinal. O recurso à agulha de marear e às cartas-portulano servia perfeitamente, porque, estando as segundas desenhadas de acordo com os rumos magnéticos indicados pela agulha, não se verificavam distorções de monta em rumos que tinham uma pequena extensão no sentido Sul-Norte. Por outro lado ainda, e como expressão do conhecimento dos navegadores mediterrânicos, as cartas mostravam as áreas de navegação que os navios e marinheiros conheciam para além do Mediterrâneo: não só a costa ocidental da Europa ,mas também a costa africana atlântica, conhecida e navegada com regularidade até às Canárias desde, no mínimo, os inícios do século XIV.

Aos navegadores portugueses puseram-se depois dois problemas distintos. O primeiro consistiu na navegação em mar alto. A progressão ao longo da costa africana fazia-se sem dificuldades a partir da costa portuguesa, beneficiando de ventos e correntes favoráveis. Quanto mais se progredia para o Sul, porém, maior era a dificuldade de retorno, que se fazia contra as condições físicas de navegação. Para os pequenos navios, como a barca e a caravela, que se empregaram a início, o retorno a Portugal junto à costa tornava-se cada vez mais penoso. A partir de um momento que se pode hoje situar nas datas indicadas, os navegadores portugueses viram-se obrigados a fazer a chamada "volta pelo largo", ou seja, a internarem-se no mar alto para contornar os ventos que sopravam constantemente no sentido aproximado Norte-Sul junto à costa africana. Essa manobra só podia ser feita recorrendo ao cálculo de pelo menos uma coordenada, a latitude, para o que se impunha a observação comparada das alturas dos astros. A novidade não consistiu nesta observação, conhecida e praticada havia muito, mas no facto de ter sido feita a bordo e dela se obter a posição do navio no alto mar, deixando o cálculo da longitude à perícia dos pilotos, já que só a puderam determinar com rigor quando o quarto protótipo do cronómetro de John Harrison provou a sua suficiência, no decurso do terceiro quartel do século XVIII."

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DÃO-SE ALVISSARAS A QUEM ADIVINHAR

Só um "cheirinho" para ajudar:
Nasceu no norte deste país à beira mar plantado;
Mora actualmente na Marinha Grande
Em Tite o trabalho dele era fundamental para haver luz!
Quem é Quem é?
Dão-se alvissaras.
Barros

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

prof. Carlos Silva

Companheiros
O nosso amigo Carlos Silva, que foi meu prof de Blogs na Universidade Senior de T.Vedras (meu e da Alcinda Leal) e  grande impulsionador na criação deste nosso blog, encontra-se gravemente doente no Hospital dos Capuchos.
Ao nosso amigo, que tantas vezes tem participado com comentários incentivadores neste blog acompanhando-o com um certo carinho, desejamos rápidas melhoras e que a intervenção cirurgica a que vai ser submetido, seja um sucesso, para que ràpidamente volte ao nossos convivio.
Um abraço.
LG.

domingo, 17 de outubro de 2010

O ALMOÇO COM O GENTIL EM VILA VERDE DE FRANCOS



Finalmente a 16 de Outubro de 2010, chegou o grande dia para confraternização com o nosso companheiro Gentil, no objectivo de comemorar a vitória deste, sobre a recente doença que o queria vencer.

O nosso 1º Cabo em Tite, na Guiné-Bissau, era um dos responsáveis pela manutenção oficinal. Hoje já reformado, casado e com 2 filhos (uma jornalista e outro especializado em logística) tem um minimercado na rua principal na Vila Verde dos Francos terra onde reside.

Creio que foi cerca das 11 horas que o pessoal começou, aos poucos, por chegar. Precedidos do Pica Sinos (Corroios), Amador e o Botas (Barreiro), o Palma e mulher (Algés). Seguiram-se o Contige (Stª Iria d’Azoia) e o Zé Manuel (Cacém) acompanhados das respectivas mulheres. O Carlos Leite e a mulher (Lourel, Sintra); o Hipólito e a mulher (Baltar); o Viana e a mulher (Porto) chegaram, pelas 12 horas. O Costa chega de Ovar. O Barros e a mulher (Marinha Grande). Logo a seguir o Arrabaça da Nazaré e, o Guedes de Torres Vedras. Também o Carlos Marinho de Oeiras. Ainda houve uma réstia de esperança que o Cavaleiro mais a mulher (Viana do Castelo) se fizessem ao caminho, mas desta vez não lhes foi possível. Igualmente se passou com o Henrique (Peniche), o Régua (Amadora) e o Correia (Lourel, Sintra) que já depois dos “bilhetes comprados”, por afazeres familiares e profissionais tiveram que “perder espectáculo”.

Depois dos beijinhos e abraços, o anfitrião fez as honras da casa na Colectividade onde a festança foi feita. Começamos por conhecer os simpáticos filhos do Gentil, a sua amável mulher e demais família. Também tivemos a oportunidade de conhecer outros agradáveis amigos que vieram ajudar a montar todo o aparato que serviu o almoço. E enquanto a caldeirada apurava, visitamos as instalações da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Vila Verde dos Francos, fundada em 1980, onde o Gentil foi o cicerone e dá a sua colaboração activa como Director.

Conforme ilustram as fotografias a festa foi rija e participada. Todos estavam muito felizes, em especial o Gentil e a família. No final para marcar a já citada vitória, oferecemos ao nosso amigo uma placa em vidro, acompanhada de um postal com muitas assinaturas de camaradas e amigos do Gentil. Outros, tendo em conta as distancias, não puderam estar fisicamente presentes, como foi o caso do Mestre (Monte Fialho, Beja), o Justo (Carnaxide) e o Ex-Cap. Paraíso Pinto (Algés) mas não deixaram de enviarem mensagens de felicitações.

Até sempre Gentil

RPS

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Além da Mãe, faleceu também a Sogra do Domingos Monteiro

Caros amigos
Tivemos conhecimento que também a Sogra do Domingos Monteiro faleceu, no dia seguinte ao do falecimento de sua Mãe, que aqui tinhamos comunicado.
Nesta hora de dura prova para o Monteiro e sua Esposa, enviamos a ambos as nossas sentidas condolências e a nossa solidariedade.
LG.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pobre Povo...

Companheiros
Nesta altura em que se decidem coisas muito sérias na vida e na politica nacional, vale a pena transcrever estes três excertos com a devida vénia à revista Sábado da semana passada.
É sempre bom termos elites que nos ajudam a perceber "quem mais sofre" com as asneiras por eles produzidas.
O que vale é que ao mesmo tempo nos apontam o caminho para serem responsabilizados...





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ele escreveu mas quis contrapartidas...

Achei-lhe um piadão ! Palavra d’honra.
Àquela que, via SMS, recebi, há dias, difundi pelos diletos amigos e rezava:
Estou velho. Ainda sou do tempo em que fumar era “chic” e ser gay era uma vergonha tremenda.
Isto, a propósito de alguns espirros que recebi sobre a atoarda que, de escantilhão, gizei sobre a república, versus monarquia.
Que não seria bem assim, a democracia, não sei quê, etc. e tal . . .
De política, só sei que nada sei, mas tenho, para mim, como dogma, estar, já, cheio de manter burros à argola.
Posto o preâmbulo, convenhamos, de muito bom tom, e,
Conquanto, reduzido à mínima insignificância, de rabo “antre” as pernas”, ouso ir, comedidamente, como é meu timbre, ao verbo, já que, como disse, há que tempos, o Cavaleiro, é descolhoante (aqui, “inxima”, diremos desquilhoante) visitar o blog e . . . “rien de rien”.
A que não será alheio, nem despiciendo menosprezar, o espírito samaritano de que, ad secula seculorum (mais ou menos, como escreveu o Justo), estarei imbuído e de que vou dando prova, de longe a longe, de rajada e consoante a panca, tentando que, ao blog, não seja colocado o epitáfio “Aqui jaz”, porventura, para gáudio de alguns “destroyers” da nossa praça.
Este nosso “passarão refinado” (o Guedes), como diria a minha mãe, dá-me cabo do . . . colesterol, com os considerandos e cortes cirúrgicos, teleguiados, que emite, de quando em vez, e que aprecio, o que, aliado à falência de engenho e arte, me faz perder, até, a propensão, nata, de lhe chegar “ao bico” ! . . .
Meramente casuístico, garanto, e não reivindicta da malograda caldeirada de Peniche.
Já cá canta uma e estaria outra em perspectiva (a do Gentil, não conta), não fosse o confeccionante, da especialidade “em águas de bacalhau”, mesmo acossado, ter encostado às boxes. De feeling ingénuo, como fui prendado, já esfregava as mãos e continuarei para, disfarçando, aquecer os dedos.
O último (considerando), vejam bem: “essa história não está bem contada . . . desembucha lá como se passa de básico a comandante”, opinou ele, a propósito do texto que, de peito feito, subscrevi sobre o bombeiral.
No caso em apreço (meu), adianto que se tratou de um milagre, ainda maior que o de Fátima.
Impensável, de facto, no nosso tempo, de tamancos, máquina de calcular digital (pelos dedos) e de reminiscências de algum estrabismo atávico (ou será atavismo estrábico?), que pensei já superado, transitar de básico a comandante.
Há que arrepiar caminho, baixando a alça, para que me não acusem, como o Zé Manel e outros, há tempos, de rabiscar um português intragável e arrevesado.
Como ia dizendo, o meu ingresso nos bombeiros, fez-me recordar aquele episódio em que um comandante de um regimento, durante a guerra, frente a uma parada de mil soldados, incitava, ma melhor veia castrense, para que se voluntariasse um herói, com o objectivo de uma missão arriscada junto do inimigo e, quase certo, sem regresso.
Instou . . . instou, insistindo várias vezes e nada . . .
Já decepcionado, quase a desistir da arenga-lenga, eis que, às tantas, lá aparece um mancebo à frente da formatura.
- Finalmente ! . . . Um herói, um patriota, disposto a dar a vida pela pátria !, exclama o comandante eufórico.
- O que o levou a ter esse acto de coragem e a dar o passo em frente ? . . .
- Nada disso, meu comandante, só queria era saber quem foi o grande f. da p. que me empurrou . . .
Perco-me em divagações inócuas ! E temo desalinhar da filosofia editorial do blog, como ainda, há pouco, no flash interview último, em que, debalde, tentei, sem segunda interpretação, pôr um clérigo a dar uns tiritos aos (3) pratos, o que, em boa verdade, não trará mal nenhum ao mundo e até será um desporto saudável, amigo dos animais e consensual no meio (clerical).
Paciência. Já vou longo. Peço perdão, como o padre António Vieira, por não ter tido tempo de escrever um texto mais pequeno. Numa próxima oportunidade e para evitar que adormeçam, concluirei a sacha que me trouxe à liça, prometo.
Talvez. Mesmo na retrait e não tenha, ainda, decidido se vou, ou não, aderir à greve geral.
Hipólito

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Há dias o Hipólito foi instado a escrever um texto sobre a Republica:
- Sim senhor, eu escrevo, desde que publiques esta anedota, que marca a minha saudade de outros tempos... De contrário nada escrevo. (pensou ele no momento em que a escreveu/enviou.
E por isso aqui vai a tal anedota, porque nada fica sem ser publicado...:
"Por falar em pontaria e para alegrar este nobre povo  . . . “alembrei-me” desta:
Um bispo, numa paróquia, em visita pastoral.
Ao almoço, na casa do padre, apareceu, a servir, um pedaço de mulher  . . .
O bispo, ao ver aquele monumento, lançou, ao padre, um olhar, inquisitivo e, à empregada, contemplativo.
O padre, atrapalhado e ruborizado, logo atalhou:
- Saiba, vossa excelência reverendíssima, que nunca lhe toquei, nem num pêlo.
- Boa  pontaria  !   . . .  boa pontaria, meu filho ! . . .  rematou o bispo.
Hipólito"

sábado, 9 de outubro de 2010

PARA REGULAR OS "GPS", AINDA O ALMOÇO DO GENTIL


Companheiros

    Já demos notícia que quando o Gentil, recentemente, se deslocou à casa do Mestre, em Monte Fialho, no Alentejo, informou-nos que já tinham acabado os tratamentos inerentes à doença que o assolou. Doença, inclusive, o levou ao internamento no Hospital Stª Maria em Lisboa.
    Agora são rotinas hospitalares para ver se o “inimigo” está de vez “enterrado”. Situação, aliás, que todos nós devíamos fazer com regularidade. Estou a falar de análises. Porque aquela coisa dizer que “eu estou bom, comigo nada entra”, é treta!  As coisas não acontecem só aos nossos vizinhos.
    Na mesma ocasião, o Gentil, no intuito de comemorar tão importante vitória, alvitrou aos presentes um almoço na sua terra natal, logo aproveitada pelos mastigantes presentes. Até houve inclusive, já por força de “néctar vinícola”, quem batesse palmas e outros fizessem “iiiiiaááápu”.
    Dito e feito, esse comemorável almoço está marcado para o dia 16 de Outubro de 2010, em Vila Verde dos Francos – Alenquer. E segundo sabemos os “guerreiros” e respectivas caras metades e outros familiares já são em número de 40.
    A festança vai ser num clube local onde o Gentil é Director, e quem vai cozinhar o dito cujo (caldeiradas) são os filhos, claro com a “supervisão” do nosso amigo. Bem hajas Gentil.

RPS

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Faleceu a Mãe do nosso amigo Domingos Monteiro

Companheiros
É com pesar que a todos vós comunicamos, o falecimento da Mãe do nosso amigo Domingos Monteiro (ex-furriel Sapador) cujo funeral se realiza hoje da parte da tarde, em Maceira Liz, Leiria.
Nesta hora dificil, enviamos um abraço solidário ao nosso companheiro Domingos Monteiro.
LG.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Comemorando a República!

Produzir uma excrescência literária, como esta, para ser postada, ombreando  com um Fernando Pessoa ou, até,  um vip da SIC, confesso, é ciclópico.
A dita (excrescência) deve ser dita, ou se dita, deverá ser dita por não dita ? Nem sei, bem.
Instou-me o Guedes, nas suas habituais “sortidas de saca-rolhas”, por um texto sobre a república ou a monarquia, assinalando o centenário da implantação daquela.
Especado frente ao teclado não sai mesmo nada, a não ser “ora, vai-te catar ou capar grilos, que, para isso, tens tu jeito”.
Bloqueado, talvez, pela confusão que, no meu intelecto, se foi, no decorrer do tempo,  alojando,  sobre as repúblicas, democracias, monarquias, ditaduras e demais sistemas políticos.
Parecendo-me, até, mas reconhecendo paternidade no equívoco,  que  todos, sem excepção, se vão inventando para proveito dos que, no seu exclusivo  interesse, se lhe colam, ao menor vislumbre de mudança, sem a preocupação do interesse comum que tanto apregoam.
Tenho mesmo dificuldade, e não é por ser daltónico, em distinguir entre monarquia e república.
Viajava, creio que fará hoje, precisamente, um ano, numa auto-estrada, no meu ram-ram, quando,  pelo retrovisor, ao longe, vislumbro uma caterva de “pirilampos”, usuais nas motos e viaturas da polícia, ocupando, literalmente, as três faixas de rodagem.
Quase cilindrado,  abalroado e assustado de tanta pompa e rompante,  pouco faltou para enfiar o meu “chadeiro  e os chifres”  na ribeira da Perna Seca.
Só deu para ver motos e veículos da polícia, logo seguidos de grandes carrões, dos usados pelos dignitários da república, às resmas, num autêntico séquito, que só imaginara na realeza.
Afinal, vim a saber, depois, tratar-se dum  séquito, seguindo  o rei da lapónia, cuja existência, francamente, não imaginava sequer e se dirigia a uma qualquer comemoração, assunto, não duvido, do maior relevo e importância.
E , se tivesse enfiado na tal ribeira da Perna  Seca, duma altura daquelas,  era, na certa,  mais lapão, menos lapão  a estorvar sua excelência e demais séquito.
Desta, o Guedes não teve pontaria ao provocar-me para este assunto.
Hipólito

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O apêlo do Costa

Ohhhh rapaziada!!

Anda p’raí alguém a tentar que o “nosso” amigo Justo apareça num almoço mas…. ao que penso, ele nem faz falta pra comer!!!!!!!
 Pra isso já tem gente que chegue eheheheheh… o que penso é que a rapaziada gostava mesmo era da presença dele e fazer sentir a este “secret” quanto gostamos dele. Tanto assim é,  que não há momento nenhum nas confraternizações já havidas que não nos lembremos dele.
Vem a propósito este papelinho,  também assinado pelo Justo em 31/12/1968 e que seria muito bonito que ao menos estes comensais aparecessem nesse dia.

Um abraço
Costa

sábado, 2 de outubro de 2010

Justo não dizes nada...???

Justo não dizes nada mas o desafio está lançado.
Se a caldeirada não for um êxito a culpa é tua...
A bola está do teu lado.
Abraços.
LG.